quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Uma história fantástica, você precisa ler!



Terminei hoje a leitura do volume 1 da Histórias da Gente Brasileira, escrito pela historiadora Mary del Priore. Historiadora consagrada, já com mais de 40 livros publicados, dos quais já me deliciei com “História do amor no Brasil”, “História do corpo no Brasil”, O Castelo de Papel”, “História dos homens no Brasil”, “O livro de ouro da História do Brasil”, “História das mulheres no Brasil” e “História das crianças no Brasil”.
Creio que todos eles fundamentaram a proposta iniciada agora, de escrever a história da gente brasileira, que deverá ter 4 volumes.



Nunca vi um prefácio tão verdadeiro, sensacional mesmo, porque demonstra com exatidão o que leitores e leitoras irão encontrar nas 409 páginas do texto:

“Você gosta de história? Então, está com o livro certo nas mãos. Porque nele você há de conhecer uma história do Brasil diferente. Não aquela dos grandes feitos, nomes e datas que marcaram o nosso passado; tampouco aquela dos fenômenos extraordinários que provocaram rupturas na nação, mas as histórias do dia a dia, ou melhor, de todos os dias da semana. Histórias feitas por personagens anônimos do passado, que raramente nos são apresentados, pois se confundem com o tecido social em construção. Uma história da gente brasileira no labor cotidiano, inventando, produzindo e ganhando o ‘pão de cada dia’! Sim, no gerúndio mesmo, pois a vida real se passa nessa forma de verbo.”

Já li muitos livros cujo prefácio apontava para algo que os autores não conseguiram realizar nas páginas subsequentes. Neste não. Em nenhuma página, em nenhum parágrafo, Mary del Priore foge ao que se propôs a fazer, nos dando um panorama inédito de como viveram nossos antepassados no período colonial. Como viviam, como se alimentavam, como se divertiam, como se relacionavam, como nasciam e como morriam. Como adoeciam e como se curavam. Como trabalhavam, como sofriam, seus medos e seus momentos de coragem.

Tudo isso apresentado numa narrativa que mais lembra os romances do que aqueles maçantes livros escritos por acadêmicos e que só os “pares iluminados” conseguem ler e entender. Não, ela escreve para que todos, jovens e adultos, homens e mulheres possam ler e se deliciar.
Transcrevo a sinopse, colocada na quarta capa:

“A história do Brasil jamais foi contada como nas páginas desta coleção. Lançando mão de uma pesquisa de fôlego e de pontos de vista inéditos, Mary del Priore – uma das historiadoras mais importantes da atualidade – transporta o leitor de volta ao passado brasileiro, encontrando na simplicidade da vida cotidiana a resposta para como nos tornamos quem somos hoje. Iniciando pela colônia uma jornada por nossos mais de quinhentos anos, ela joga luz sobre os anônimos que deram forma ao país. Aqui, a vida das ruas interessa mais do que datas marcantes: o dia a dia no trabalho da gente simples chama mais atenção do que nomes famosos; e os hábitos e costumes revelam mais do que a história tradicional costuma contar. É se aproximando tanto quanto possível dos nossos antepassados, até o ponto em que suas vidas parecem se descortinar bem diante dos nossos olhos, que este livro abre caminho para uma nova leitura da nossa história – mais empolgante, verdadeira e humana.”

Obra: Histórias da gente brasileira. Volume 1 – Colônia
Editora: Leya
Ano de publicação: 2016.
Onde encontrar: nas boas livrarias!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A Literatura hoje em dia

Pesquisando pela internet, descobri, com atraso, um blog chamado Café Velho, escrito por Drixz. Nada mais se descobria sobre a autora. Mas li alguns textos e gostei deste aqui, que ela publicou em 2010. Continua atual!

A Literatura hoje em dia

escrito por Drixz

O que é a Literatura hoje em dia? Todos podemos perceber que as novas mídias vem mudando a cara da informação e consequentemente da Literatura como esta era conhecida. Já possuimos livros eletrônicos, aparelhos para lê-los, copilações em pdf e é claro, blogs. Os escritores hoje podem ter sua própria página na internet e publicar sua coluna ou seus textos on line. É uma revolução? Certamente que sim. Ocorre uma mudança de linguagem por causa desse novo meio, mas não chegamos a popularizar a literatura.

Muitos vão dizer que é devido ao fato de nem todos terem acesso à internet e/ou um computador em casa. Mas eu acho que é apenas um dos problemas. Mesmo aqueles que possuem acesso à internet de casa não investem muito do próprio tempo em atividades de leitura. Eu tiro minhas afirmações de observações pessoais. Meus alunos, a maior parte de letras, relações internacionais e outras disciplinas das humanas sofrem para ler qualquer texto literário que eu leve para aula. Fico impressionada com a falta de familiaridade deles com o literário. Tudo bem que eu me impressiono também com a falta de senso crítico de muitos até mesmo na hora de ler um texto jornalístico. Mas a diferença é muito grande. Os alunos não são capazes de abstrair, se prendem ao dicionário e querem precisão entre palavras e significados sem perceberem que é a frase que dá o sentido. Quando os focos narrativos se misturam é pane na certa. Outros tantos são incapazes de aceitarem o absurdo ou o sarcástico apresentado pelo autor e todos consideram as descrições dispensáveis. Aquilo que era para ser fácil passa a ser difícil e no lugar de explicar os sentidos que a língua dá ao texto por meio de suas estruturas eu acabo tendo que explicar o texto.

Porque os alunos não vão além do que está escrito? Será que a difusão maciça de informação fez com que as pessoas esperassem por alguém que mastigasse o sentido para elas? Todos sabemos das deficiências no ensino brasileiro (mesmo o privado), mas porque será que isso persiste na universidade? E o que mais me questiono: será que os alunos não entendem mesmo ou são preguiçosos?

Não posso dizer que isso é uma exclusividade de quem está em "processo de aprendizagem" (estamos sempre) ou estudando. Acho que essa é uma característica que se estende para outros ramos. Quando trabalhava no Senado via que fora da minha sessão as pessoas não liam e passavam o dia todo na internet. Era muita falta de assunto. Não que a literatura "salve". Longe de mim dizer isso. Mas acho que é um exercício para o intelecto, um pouco mais rico que palavras cruzadas. Para mim uma das maiores contribuições que podemos tirar da literatura é um aguçamento da percepção que tanto pode enriquecer o senso crítico quanto à imaginação. Grande parte das reclamações provenientes da leitura de textos muito descritivos está na incapacidade de se imaginar aquilo que o autor descreve.

Mas nem tudo está perdido. A Literatura se renova. O cinema tem sido cada vez mais um forte aliado. Não posso dizer bem a razão, mas adaptações de livros para o cinema tem sido cada vez mais frequentes. Será que foi uma greve dos roteristas? Ou uma tremenda falta de criatividade que assolou o mercado e fez com que eles reparassem que os filmes estavam todos iguais? Bom, se contarmos com a diversidade de tramas, a Literatura pode abastecer o cinema por muitos anos. Minha questão é: o que mais, além do cotidiano, da imaginação e dos sentimentos pode abastecer a literatura? Até quando o público leitor será um incentivo? Esse público limitado será suficiente ou a Literatura se renderá ao gosto popular? (Será isso um problema?)

(fonte: http://cafevelho.blogspot.com.br/2010/06/literatura-hoje-em-dia.html)

sábado, 26 de novembro de 2016

Apresentando novos(as) escritores(as) brasileiros(as)



Tenho o prazer de apresentar hoje a escritora Luciana Hidalgo.

Luciana Hidalgo é jornalista, escritora e doutora em Literatura Comparada (Uerj). Antes do romance O passeador, publicou Arthur Bispo do Rosario – O senhor do labirinto (ed. Rocco, 1996, 2011) e Literatura da urgência – Lima Barreto no domínio da loucura (ed. Annablume), pelos quais ganhou dois prêmios Jabuti. Trabalhou nas principais redações de jornais cariocas, em cadernos culturais e literários, como o Prosa & Verso do jornal O Globo. É também doutora em Literatura Comparada (Uerj), com pós-doutorado na Université de la Sorbonne Nouvelle (Paris 3), na França, onde morou durante vários anos.

Vejamos algo a respeito de seus livros:


O passeador


Em seu primeiro livro de ficção, O passeador, a autora segue a linha dos autores que viram o Rio de Janeiro como um grande espaço para o passeio e a observação da sociedade, tendo como protagonista ninguém menos que Lima Barreto, o autor do clássico da literatura brasileira Triste fim de Policarpo Quaresma.
Inspirada por obras como A alma encantadora das ruas, de João do Rio, e Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, do próprio Lima Barreto, a autora conduz o leitor por um passeio pelo Rio de Janeiro do “bota abaixo”, como ficou conhecida a reforma urbana empreendida pelo prefeito Pereira Passos no início do século XX, revisitando um período importante da história da cidade a partir do ponto de vista de um de seus maiores observadores, e por meio de um enredo ficcional costurado à perfeição.
No livro, escrito com o apoio da Bolsa Funarte de Criação Literária, Afonso (primeiro nome de Lima Barreto) desfila seu senso crítico sobre a completa transformação da sua cidade, que atropela as moradias dos pobres para erguer uma “Paris das Américas”, asséptica, aos moldes da reforma Haussmann na capital francesa. “Quanto mais percorre essa cidade em fendas, devassada em seus avessos, mais amaldiçoa a reforma urbana”, escreve a autora sobre um desalentado Afonso, a arrastar os pés pela terra seca de onde vai se erguer a Avenida Central, no centro do Rio de Janeiro, a futura Avenida Rio Branco, que abre e fecha o livro.
Na trama, que Luciana desenvolve em meio a uma minuciosa pesquisa sobre a época em que o Rio de Janeiro ganhava os contornos que seriam a sua marca no século XX, ela inclui um sebo na Rua Gonçalves Dias, frequentado avidamente pelo tímido Afonso, mantido por Tiago, um português rabugento, e Sofia, a discreta funcionária apaixonada por livros e curiosa em relação ao comportamento de Afonso. Ela o segue pela cidade em metamorfose, é uma sombra, uma personagem que aos poucos se concretiza, passeando com ele na Rua do Ouvidor, no Passeio Público, ou em meio às demolições.
 O passeador também mostra, com riqueza de detalhes, a transição da iluminação feita à base de lampião para a iluminação a gás, mais um elemento da modernidade atropelando os escombros de uma cidade que ia perdendo seus ares provincianos. O passeador Afonso percebe com tristeza essa mudança brusca e se sente deslocado, “desterrado em si mesmo”. Luciana faz seu protagonista caminhar por ruas extintas, imagens que se perderam, personagens que se tornaram folclóricos, como o acendedor de lampião, conhecido como “profeta”.
 Afonso é pequeno funcionário público, mulato num país que recentemente abolira a escravidão, mora no distante subúrbio e tem um pai que começa a sofrer da loucura. Acima de tudo e todos os problemas, no entanto, está a paixão pela literatura, que supera o preconceito, a discriminação, a falta de dinheiro e, com o tempo, a relação íntima com a bebida. Um “flâneur engolido pelas ruas”, assim ele se sente.
A ficção permite à autora reconstituir um dos períodos culturais mais efervescentes da história carioca, suas modas, costumes, salões literários, pelos olhos do jovem Afonso. Em busca de sua literatura, o protagonista não só se mistura aos tipos da cidade, mas inventa, ele próprio, personagens e histórias, biografias de pessoas invisíveis.
Ao conjugar dados reais e ficcionais, Luciana Hidalgo esquadrinha, para além do cenário do Rio antigo, os dilemas do escritor no fazer literário, a solidão, o convívio com personagens impalpáveis, os circuitos secretos da criação à beira da vertigem. Numa prosa poética, delicada, fluida, a autora passeia com seu personagem em suas idas e vindas, entre a cidade concreta e a imaginária, entre ficção e História.

Arthur Bispo do Rosario - O senhor do labirinto

  

Trancado num quarto-forte da então Colônia Juliano Moreira, hospício carioca, Arthur Bispo do Rosario criou, ao longo de 50 anos, um mundo novo. Miniaturas, mantos, estandartes brotaram de suas mãos, ganharam cor, deram um novo sentido, uma outra estética à sucata do  asilo psiquiátrico. Para Bispo, tratava-se de uma obra ditada por anjos, para ser apresentada a Deus no Juízo Final. Para vários críticos, no entanto, era pura arte.
Em 1989, o paciente – diagnosticado pela psiquiatria como esquizofrênico-paranoico –  morreu e deu passagem a um artista plástico consagrado, devidamente inserido no circuito da arte contemporânea. Em 1995, seus bordados, assemblages e estandartes representaram o Brasil na Bienal de Veneza e até hoje são expostos nos mais prestigiosos museus internacionais.
Em Arthur Bispo do Rosario – O senhor do labirinto, que ganha nova edição, revista e ampliada, Luciana Hidalgo se equilibra entre o delírio e a realidade para desvendar uma das personalidades mais impressionantes do país. Premiado com o Jabuti na categoria reportagem em 1997, o livro tornou-se referência ao abordar a delicada questão do tratamento de usuários de serviços de saúde mental e a relação íntima entre loucura e criação artística, a partir da vida e obra de Bispo do Rosario.
Com uma narrativa fluente, herdada da carreira jornalística da autora, e um enriquecedor encarte de fotografias do artista e de suas obras, O senhor do labirinto foi a primeira biografia de Bispo do Rosario e mantém-se como uma das principais fontes de pesquisa sobre esse sergipano descendente de escravos. O livro foi adaptado para o cinema e deu origem ao filme homônimo de Geraldo Motta (codireção de Gisela de Mello), com roteiro da autora e do diretor. Vencedor do prêmio de melhor filme pelo voto popular no Festival do Rio em 2010, o longa-metragem tem lançamento previsto para 2012.

Rio – Paris – Rio


Maria e Arthur se encontram em Paris no início de 1968. Ela estuda filosofia na Sorbonne, ele é poeta e artista de rua. Juntos vivem os excessos daqueles anos de revoluções e utopias e fogem da ditadura no Brasil, divididos entre o deslumbramento pelo que o Velho Mundo lhes oferece e a permanente sensação de que são intrusos na grande festa que é Paris. Em seu segundo romance, a autora narra uma história de amor, sonhos e desilusões, tendo como pano de fundo um período conturbado da história, tanto na Europa quanto no Brasil, com uma prosa poética e potente.
Maria passa o dia lendo Descartes e tenta seguir à risca as orientações do professor de filosofia sobre métodos de simetria e perfeição na condução de sua vida. Arthur é um libertário, idealista e sonhador, inimigo da rotina e artista nato. A realidade do Brasil, imerso numa ditadura violenta, é a sombra que permeia a relação dos dois, e também o apartamento ao lado, onde outro brasileiro, conhecido como “Marechal”, reúne estrangeiros que passam pelo mesmo problema em seus países e articulam um modo de resistir ao poder brutal das armas.
Embora o livro se passe em 1968, ano de transformações culturais e comportamentais no mundo todo, em especial na França, seu tema soa bem atual, não apenas pelo avanço de pensamentos reacionários por toda a parte, mas também devido à importante questão dos refugiados que entram na Europa todos os dias e já provocam reações pouco amistosas de boa parte da população e dos políticos. Maria, ao refletir sobre o afrancesamento de nomes próprios estrangeiros, uma forma de torná-los mais familiares e menos ameaçadores, entende bem a sua situação e se angustia com isso. “O próprio termo francês étranger, usado para o estrangeiro, significa também estranho, aquele que destoa do meio. Quando ela entendeu isso, entendeu tudo. Todo estrangeiro é um intruso, ela sabe.”
Os personagens do romance flanam por uma Paris que Luciana conhece muito bem. Eles sabem, pelo menos Maria tem plena consciência disso, que naquela cidade, naquele país, eles não são anfitriões e sim convidados, e à medida que vão ouvindo relatos de torturas e mortes no seu país natal, à medida que Maria sente o seu passado assombrá-la em pesadelos, a sensação de não identificação vai se intensificando, como o “estrangeiro” de Camus. Em meio a isso, ela experimenta LSD, entra, sem querer, na manifestação dos estudantes parisienses nos bulevares (que ficou conhecida como Maio de 68), e se lembra de seu próprio país. Arthur está longe, em mais uma de suas peregrinações por qualquer canto onde se sinta bem, e ela, desamparada, aguarda o seu regresso enquanto sua lembrança se faz presença inevitável, por exemplo, nas conversas com Luc, herdeiro de um esnobismo de aristocratas do passado que faz Maria perceber, exatamente, como esse Velho Mundo está proibido para ela.
Luciana Hidalgo reforça, neste livro, outra característica sua, bem presente nas obras anteriores: a identificação com aqueles que vivem à margem, os que se opõem ao sistema e não se permitem levar a vida certinha que lhes oferecem, os que lutam contra injustiças e pagam com a própria vida, os chamados loucos, com suas realidades essencialmente próprias, personagens sempre capazes de proporcionar uma rica literatura. 
Nas digressões filosóficas que Luciana vai destilando através de sua protagonista, encontramos reflexões de uma geração aturdida com acontecimentos políticos que fogem ao seu controle e deságuam em “guerrilhas, cardinales, caras de presidentes”, como na música Alegria, Alegria, de Caetano Veloso (que Maria adora ouvir na vitrola de seu quartinho), ou nas barricadas erguidas pelos estudantes de Paris. Em meio a tanta turbulência, resta a utopia de Arthur, que se senta na rua com a máquina de escrever e produz poemas pré-concebidos para qualquer assunto. Ao lado, a placa diz: “o artista está na rua.”

 Gostaram? Eu achei maravilhoso... e já estou encomendando o Rio-Paris-Rio, sabem a razão, não sabem? A história tem a ver com a do meu romance... 
Mas os outros também despertaram meu interesse e serão adquiridos posteriormente.

Onde encontrar? Nos sites das livrarias Cultura e Travessa, com certeza.
Bom proveito!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Apresentando novos(as) autores(as) brasileiros (as) [2]

Apresento hoje a autora Ironi Jaeger. Não é apenas uma autora, tem um trabalho fantástico na organização do Festival de Literatura e Artes Literárias, que promove entrevistas e bate-papos com autores e autoras nacionais.

Nasceu em Santa Cruz do Sul, é dona de casa, de gosto eclético na música e na Literatura. Escreve contos, poemas e romances.
É coautora de "O jogo das pulseiras" e o livro 1 - Os cromados - já foi lançado.
Administra o grupo Autores e Leitores Nacionais Reunidos.
É colunista do Almanaque Literário, assinando as colunas: Eternizando e Curiosidades Literárias. É, ainda, colunista da Revista Divulga Escritor, com a coluna Curiosidades Literária.
E faz questão de declarar seu amor pela Literatura Nacional, acreditando no trabalho de nossos escritores.

Autora de "Ofanins entre o céu e a terra"


Acreditas que fazes parte dos planos de Deus? que há sempre dois anjos lutando por tua alma? e que conforme nossas atitudes, damos, ora a um, ora ao outro, a vantagem na batalha? Acreditas que os anjos das trevas tem ciúmes dos seres humanos. a quem consideram rivais? E por isso devem ser combatidos? Enquanto houver um ser humano vivo. haverá guerra espiritual por sua alma. Acreditas que és livre para escolher teu próprio destino?  

Essas são as intrigantes perguntas que "Ofanins" pode te ajudar a desvendar!
 
 

Quem se interessar pelo livro pode adquiri-lo por meio de contato no Facebook:

 



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O futuro do livro numa sociedade digital


UM AUTOR ENTRE O PASSADO E O FUTURO

Um dos maiores especialistas em História do Livro, Robert Darnton veio a Porto Alegre para conferência no Fronteiras do pensamento.  O tema foi: o que o universo digital representa para a biblioteca do amanhã.

O historiador americano Robert Darnton esteve em Porto Alegre para um conferência do Fronteiras do Pensamento em 2007.  Voltou em agosto, convidado de última hora devido a uma alteração de agendas na programação do evento.  Entre as duas visitas, passou-se quase uma década, tempo suficiente para que Darnton, um dos maiores especialistas na história e nos processos do livro no século 18, se tornasse um homem cujas inquietações se dividem entre o passado e o futuro.  Por um lado, seu interesse pelo primeiro não diminuiu, como prova seu livro mais recente, CENSORES EM AÇÃO, uma comparação entre estruturas de censura oficial em três cenários e tempos diversos.  Por outro lado, anda cada vez mais interessado em que será feito do livro (e do conhecimento nele contido) na era da revolução digital – tema de sua nova conferência.
- Muita coisa aconteceu nesses anos.  Não acho que seja exagero afirmar que a revolução digital é ainda mais revolucionária do que foi o da imprensa, com Gutenberg.  Por isso, o assunto de minha conferência serão alguns dos problemas mais básicos que enfrentamos enquanto nos dirigimos para o futuro digital.  Um deles é o risco de comercialização, o perigo de que os negócios tomem a internet e os monopolizem – diz, em entrevista por telefone.

É um tema que Darnton, 77 anos, já abordou em A QUESTÃO DOS LIVROS, em que discute o futuro do livro e, principalmente, das bibliotecas, alertando para os problemas que o gigantismo de uma empresa como o Google, com seu projeto de digitalizar e absorver todos os livros já impressos, vem provocando na gestão e no compartilhamento do conhecimento produzido dentro das universidades americanas.  Para ele, o Google, embora a empresa não goste do termo, é “um novo tipo de monopólio, não de ferrovias ou aço, mas de acesso à informação”.
- Quero falar em geral sobre questões de copyright, mercantilização, defesa do acesso aberto á informação, os problemas pela inflação galopante no preço dos periódicos científicos, uma série de problemas que estão interconectados e que precisamos resolver se queremos que o futuro digital seja realmente democrático – antecipa.

Mas, na visão de Darnton, não são apenas as iniciativas empresariais que ameaçam a livre circulação de opiniões e de conhecimento na rede, as também as tentativas cada vez mais frequentes dos Estados de ampliar seus mecanismos de controle e rastreamento sobre a internet.
- Acho que ao redor do mundo as informações sobre indivíduos na rede vêm se acumulando em um ritmo apavorante.  Pelo que entendo, os agentes de segurança do governo americano estão retirando diretamente do Google, da Amazon e de outras organizações comerciais registros de todas as transações feitas na internet.  É uma ideia assustadora.  Como cidadão, fico preocupado com o caráter Big Brother dessa vigilância estatal nesta era em que terrorismo parece uma desculpa para tudo.

Para ele, contudo, escândalos como a revelação do grau de vigilância exercido pela NSA Americana sobre cidadãos e até mesmo líderes políticos não são os únicos exemplos do descontrole com que a questão está sendo tratada por Estados e governos sob a desculpa da segurança interna.
- Todos temos que lidar com a ameaça terrorista, é óbvio, mas penso       que a reação nos EUA depois do 11 de setembro foi excessiva, e temo que a reação na França após os últimos ataques também venha a ser.  E veja o que está acontecendo na Turquia, que está se transformando em uma ditadura de ato com um uso muito sofisticado da tecnologia.

Ao mesmo tempo em que se preocupa com o futuro das liberdades civis na esteira de um mundo cada vez mais interconectado, Darnton não deixa de pesquisar o século em que muitos conceitos ligados a essas liberdades surgiram.  Ao longo de sua carreira como historiador, ele foi retornando, sempre com muito rigor e precisão, a novos ângulos de temas recorrentes.  Ele analisou os requisitos necessários para a formação de um impressor na Paris do século 18 (em O GRANDE MASSACRE DE GATOS, no livro de mesmo nome); o sistema de trabalho de Joseph D’Hemery, inspetor de polícia responsável pela repressão aos livros e panfletos clandestinos (em UM INSPETOR DE POLÍCIA ORGANIZA SEUS ARQUIVOS, ensaio do mesmo O GRANDE MASSACRE DE GATOS); a natureza e o conteúdo de muitos desses libelos clandestinos (em parte de O DIABO NA ÁGUA BENTA) e quais eram os livros alvo da censura oficial da monarquia (em OS BEST-SELLERS PROIBIDOS NA FRANÇA PRÉ-REVOLUCIONÁRIA).  Ele até analisou a Enciclopédia como um empreendimento comercial extremamente bem-sucedido (em O ILUMINISMO COMO NEGÓCIO).  Construiu, assim, um amplo “panorama literário”  da França nos períodos imediatamente anteriores e posteriores à Revolução de 1789.

CENSORES EM AÇÃO, seu livro mais recente lançado no Brasil, volta, em parte, a esse terreno, ao estudar os mecanismos da censura e seus efeitos na produção literária da França do século 18.  Mas amplia a mirada fazendo uma comparação com outros dois momentos no tempo e no espaço: o domínio britânico na Índia e a Alemanha Oriental nos estertores do comunismo europeu.  Ao fazer esse contraponto, Darnton vê no período em que a Grã-Bretanha dominou o Raj indiano um dos momentos mais contraditórios da história.  Com uma ampla estrutura burocrática de censores responsáveis por analisar a literatura indiana do período, tanto em inglês como em dialeto, o governo inglês movido por valores liberais na matriz montou na colônia uma estrutura jurídica e burocrática que, em última análise, estava à serviço da manutenção do domínio pela força.  É um tópico que, para ele, ainda ressoa nos dias de hoje:
- Há, de fato, uma tensão entre o que você poderia chamar de “valores liberais” das democracias do Ocidente, como liberdade de expressão, direito à privacidade e proteção contra prisões arbitrárias, e a necessidade que o Estado pensa ter de ignorar esses valores para melhor proteger seus cidadãos em tempos de crise.  Quando comecei a pesquisa sobre a Índia britânica, o que oi há muito tempo, não havia essa ressonância tão forte.  Hoje, com certeza é possível ver esse paralelo.  A Índia alegava razões de segurança também para seu controle, para se defender de terroristas nacionalistas indianos.  Hoje, podemos ver um paralelo desse dilema em uma escala muito mais ampla.

A censura do estado sobre a literatura e a liberdade de opinião, centro do livro, é um tema que, de acordo com Darnton, precisará de novas abordagens na sociedade digital – com exemplos recorrentes de tentativas mais ou menos agudas de intervenção de Estados e governos sobre a circulação de informações e opiniões na rede:
- O ambiente digital é muito volátil.  Como pesquisar a respeito das ferramentas de censura do universo digital, ou mesmo nos informarmos a respeito?  A resposta não é clara.  Mas alguns cientistas de computação, trabalhando com o que eles chamam de “big data”, traçaram padrões de censura na internet exercida pela China, e eles chegaram a conclusões muito interessantes.  Uma delas é que o governo chinês, acredite se quiser, não parece muito preocupado com opiniões críticas ao governo.  O que eles de fato querem reprimir são a criação de grupos de oposição, ou rastrear mensagens que possam levar a reuniões de indivíduos, que sirvam para a mobilização das pessoas.  Eles não querem uma nova Praça Tiannamen (a PRAÇA DA PAZ CELESTIAL).

OS LIVROS MAIS RECENTES

Obras de Robert Darnton lançadas no Brasil depois de sua primeira palestra no Fronteiras do Pensamento, em março de 2007:

A QUESTÃO DOS LIVROS (2010)
Obras que dialoga com a palestra que Darnton ministrou em Porto Alegre.  O acadêmico discute aqui a possibilidade de permanência do livro no mundo digital e os riscos de monopólio representados por gigantes online como Amazon e Google. (Tradução de Daniel Pellizzari/Companhia das Letras/232 páginas)

O DIABO NA ÁGUA BENTA (2012)
Um panorama da batalha entre as forças repressivas do Estado francês no século 18 e os autores de libelos anônimos com ataques sarcásticos aos governantes.  Darnton rastreia os artifícios usados pelos autores, como publicar a partir do Exterior, e os esforços da polícia para desbaratar a rede. (Tradução de Carlos Alfonso Malferrari/Companhia das Letras/632 páginas).

POESIA E POLÍCIA (2014)
Por meio de um episódio real, no qual uma operação policial foi lançada contra franceses acusados de organizar recitais sem autorização, Darnton acompanha a trajetória dos poemas populares que criticavam os poderosos com humor e musicalidade. (Tradução de Rubens Figueiredo/Companhia das Letras/232 páginas).

CENSORES EM AÇÃO (2016)
Darnton Compara as estruturas de censura e de controle da literatura em três cenários: na França pré-revolucionária do século 18; na Índia dominada pelos britânicos no século 19 e na Alemanha Oriental pouco antes da queda do Muro de Berlim. (Tradução de Rubens Figueiredo/Companhia das Letras/376 páginas).

(fonte: http://www.almanaqueliterario.com/biblioteca-do-amanha-e-o-universo-digital)

Convite para lançamento de livro

A autora foi contemporânea minha quando trabalhava na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Profissional extremamente competente no ramo do Direito. Acredito que este livro promete!!!


domingo, 20 de novembro de 2016

Entrevista para o blog Conchego das Letras

Os novos autores brasileiros, grupo no qual me incluo, encontram, em alguns blogues, pessoas que, além de fazerem resenhas, também nos entrevistam, o que ajuda na consolidação de nossa imagem como escritores. Conheci, via Facebook, Daya Maciel, do blog Conchego das Letras, que me apresentou algumas questões que estão abaixo, com as respostas que formulei. Conheci Daya pessoalmente na Bienal de Brasilia, pessoa encantadora e da qual posso dizer que sou amigo.



Conchego: Quando você percebeu que os mundos criados por você não cabiam mais dentro da sua imaginação e precisavam ter “vida própria”?

R. Como você sabe, eu era professor de História, já aposentei, mas até 2004 eu estava em sala de aula. E a ideia de passar para o papel, ou dar “vida própria” para não o mundo que eu criara, mas o mundo em que eu vivia, concretamente, surgiu ao observar que as pessoas não estavam muito interessadas em conhecer o passado recente. Parecia que, de tanta informação que surgia, as pessoas se cansavam e já não davam o valor que precisava ser dado a um tempo recente, em que elas eram crianças, não viveram o período e agora não pareciam interessadas em conhecer. Isso aconteceu no século passado, na década de 1990 e foi daí que surgiu a ideia do romance. E tive muito cuidado para deixar isso claro, escolhendo como epígrafe um texto do Eduardo Galeano, que termina assim: “São as histórias que permitem transformar o passado em presente, e também permitem transformar o distante em próximo. O que está distante em algo próximo, possível e visível”. E completei com a dedicatória: Este romance é dedicado à juventude brasileira que não viveu o tempo da ditadura, mas que precisa conhecê-lo para não desejar a volta de tempos tão sombrios. Para “transformar o distante em algo próximo, possível e visível”.

Conchego: Dentro da cultura, algumas manifestações são mais bem vistas que outras, assim como alguns gêneros. Você já sofreu algum tipo de preconceito por conta do gênero que escreve? 

R. Eu concordo com a afirmativa inicial. Acredito, até, que isso se pode ver com mais clareza no que se refere à música, pois determinados gêneros provocam repulsa em muitas pessoas.
No tocante à literatura, eu não diria que já senti preconceito de alguém por qualquer gênero. Há quem não goste de poesia, mas isso não significa que há um pré-conceito. Dentro da poesia há quem não goste, por exemplo, do rigor de um Olavo Bilac, mas aprecia o estilo mais leve de um Vinicius, de um Drummond. Não se trata de preconceito.
Eu, particularmente, não sofri qualquer tipo de preconceito – ainda, se é que sentirei algum dia – pelo gênero do romance histórico que foi a minha opção inicial. É meu primeiro livro, tenho um segundo no mesmo gênero...

Conchego: Quando nasce o título? E mais importante, como ele surge? Pesquisa, de dentro do livro, sugestão de alguém que está lendo? 

R. Duas respostas diferentes para essa questão. No caso do meu primeiro romance, o título veio primeiro. Tão logo me surgiu a ideia de escrevê-lo, o título já veio pronto. Pensei que poderia ser criticado por ser um título parecido com o famoso “O amor nos tempos do cólera”. Tanto é que não li a obra do Marques, para não ter nada mais parecido!
Já o segundo, está pronto, e o título ainda não foi dado. Pensei em um, que faria a ligação com este já pronto, mas já me criticaram que ele não ficou muito “comercial”. Confesso que isso não me atrapalharia em nada, mas como as editoras precisam vender o que publicam, talvez eu venha a substituir por um outro.
Acredito que, se não tivesse feito a opção pelo título desde o início, talvez ele surgisse na medida em que eu estivesse escrevendo. Mas não posso garantir!

Conchego: De todas as personagens que já escreveu, qual seu favorito e qual gostaria de matar? 

R. Com sinceridade, eu adoro todas as personagens que criei, mas eu tinha pensado num final em que um determinado senhor seria morto pelo “herói” do livro. Acabei desistindo de matá-lo. Ele bem que merecia, mas precisava ficar vivo para resolver uns problemas do segundo volume...


Conchego: Todo mundo tem uma rotina, mesmo que seja não ter uma, nos conte um pouco sobre a sua. Que horas é melhor para você escrever? Gosta de música ou prefere o silêncio? 

R. Eu escrevo o dia inteiro, não tenho preferência de horário. Mas, é claro que existem certas condições ambientais que favorecem a elaboração e o desenvolvimento do texto. Gosto de trabalhar com música, mas nem sempre trabalho. E prefiro música leve, orquestrada ou com foco em um instrumento. Flauta de pan executada por Zamfir; piano de Richard Cleyderman; orquestras variadas como as de Ray Connif (que, aliás, tem um LP citado e ouvido no romance), André Rieu e outras. As vezes colocava um CD dos Três Tenores... ajudam, mas, como eu disse, não eram presença constante.
A música é a única autorizada a quebrar o silêncio que também é necessário. Por isso, às vezes, o horário noturno se mostra bem adequado. O perigo é atravessar a noite inteira escrevendo.

Conchego: Na hora da criação é “papel e caneta”, software de criação ou que tiver mais acessível?

R. Se aparece alguma ideia e não estou no computador, preciso encontrar uma forma qualquer de registrá-la para poder desenvolvê-la. Não aconteceu muito na elaboração de “O amor nos tempos do AI-5”, porque, como já sou aposentado, ficava o tempo quase todo no escritório, escrevendo.


Conchego: Seus livros nascem únicos ou séries? O que prefere, um livro único, mesmo que grande, mas que conte toda a história de uma vez ou série?

R. Sinceramente, eu não tinha pensado em criar uma série, uma trilogia ou algo assim. Pensei em esgotar o assunto em apenas um volume, que, aliás, ficou volumoso. No entanto, depois de concluir, reler, mandar para uma revisora, corrigir o que ela sugeriu, tornar a ler... e encerrar o expediente, senti que ficou faltando alguma coisa. O que aconteceria com as personagens, depois da cena final, que é bem trágica? Não deu outra: comecei o segundo volume a partir daquela cena e desenvolvi até as duas crianças se tornarem adultas, ou seja, o volume 2 aborda a vida daquelas personagens de 1972 a 1982, também correlacionando a história com a História.
Já um outro livro que escrevi, está pronto e revisado, aguardando apenas o interesse de uma editora, dependendo do possível sucesso, ele pode virar uma série, com mais uns 5 ou 6 volumes. É um livro para o público infanto-juvenil, inspirado em Monteiro Lobato e em um historiador francês, e busca narrar episódios da História de uma forma mais lúdica do que aquela encontrada nos livros didáticos. A ver...


Conchego: Qual foi, até hoje, o momento de maior emoção, tanto positiva quanto negativa, que a literatura já te trouxe?
R. Falando do meu livro, a maior emoção foi recebê-lo, prontinho e bonito. Apesar de não ser o primeiro livro que publiquei, pelo contrário, já tinha publicado dezenas de outros, foi emocionante pegar, folhear... muito bacana mesmo. Ainda com relação a ele, há uma emoção negativa, mas eu não gostaria de abordar esse assunto por ora. Talvez um dia...
Já no que se refere ao meu contato com a literatura, uma das coisas mais emocionantes foi ver a versão cinematográfica do livro do Umberto Eco, “o nome da rosa”. Apesar de o diretor do filme ter focado mais a questão “policial” do enredo, fiquei fascinado, parecia que eu me transportava para as páginas do livro, acompanhando cada uma das personagens.

Conchego: Com a proximidade proporcionada pelas redes sociais e plataformas de compartilhamento, como é a convivência com os fãs? Eles influenciam a confecção de uma obra? 
R. Ainda não pude perceber, talvez porque o livro só está disponível há três meses. Não obtive comentários que pudessem vir a me influenciar em mudanças no já publicado ou inovações nos futuros. Também não recebi críticas negativas que, tenho certeza, irão surgir na medida em que mais volumes forem adquiridos e lidos.

Conchego: Todo escritor gosta de ler, quais seus gêneros e autores prediletos?
R. Vale dizer que tenho um gosto eclético? Pois tenho. Literatura policial eu gosto muito: Sherlock Holmes, Hercule Poirot e Miss Marple são meus personagens favoritos.
Poesia. Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Emilio Moura são os que mais aprecio. Neruda, claro...
Clássicos da Literatura Brasileira: Machado de Assis, Jorge Amado, José de Alencar (mas só o Iracema, os outros não curti muito não). Fernando Sabino, Antônio Callado e muitos outros.
Clássicos internacionais: Dostoieviski (Crime e Castigo, Os irmãos Karamazovi), Umberto Eco, Eric Marie Remarque, Primo Levi, Albert Camus...
Nossa... essa questão é impossível de ser respondida! São muitos autores, muitas obras que já li, gostei e que poderia relacionar, mas ficaria uma resposta tão grande que vou parar por aqui...
E tem muito livro e muito autor que ainda não tive tempo de ler e pretendo, faço questão de conhecer. Livros que até já comprei e, na medida do possível, irei degustando...