sábado, 29 de abril de 2017

Romances históricos - novo selo da Editora Contexto

Conheça a Marco Polo

 
 
novo selo da Editora Contexto dedicado à publicação de romances históricos
Todos sabem que somos experts em História. Unimos uma área na qual somos fera a um novo universo nas publicações da casa: os romances históricos.
Marco Polo, o novo selo da Editora Contexto, nasce para trazer grandes publicações com qualidade ímpar. A escolha dos lançamentos é feita cuidadosamente com foco em momentos históricos marcantes e que influenciaram, de alguma forma, o mundo contemporâneo. Narrativas fascinantes e envolventes levarão os leitores a uma incrível viagem no tempo.

 
 
Portões de fogo: um romance épico sobre Leônidas e os 300 de Esparta
 
 
A narrativa empolgante de Steven Pressfield recria a épica Batalha de Termópilas, unindo, com habilidade, História e ficção.
 
ISBN: 978-85-7244-992-2
Formato: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura
Páginas: 432
Preço: R$ 49,90
 
 
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o inquisidor - ROMANCE HISTÓRICO
 
 
Amor, crime, traição, fanatismo: uma trama surpreendente em um livro arrebatador sobre um dos períodos mais instigantes da História.

ISBN: 978-85-7244-998-4
Formato: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura
Páginas: 400
Preço: R$ 49,90
 
 
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DISPONÍVEL NAS MELHORES LIVRARIAS
 
 
 
       Marco Polo é um selo
       da Editora Contexto
(11) 3832-5838
contato@editoracontexto.com.br
www.editoracontexto.com.br






sexta-feira, 28 de abril de 2017

Entrevista com o escritor Fernando Cardoso

Escritor e pedagogo, Fernando Cardoso nasceu no norte de Portugal, mais concretamente na cidade do Porto, mas aos quatro anos de idade foi viver para Lisboa, onde começou a trabalhar aos doze anos. Actualmente é professor universitário de Direito e de Literatura Infantil e Juvenil. É autor de trinta e quatro obras e um dos melhores escritores para crianças e jovens, tendo alguns dos seus livros atingido o maior número de edições em Portugal, como “Flores para Crianças” na 34ª edição. É, ainda, autor de livros de Poesia, Teatro e de Direito. Cardoso procedeu à única recolha, em nível nacional, da poesia popular (Colectânea de Poetas Populares, em quatro volumes). Atendendo ao conjunto da sua obra, foi distinguido com a “Palma de Ouro” pela Accademia Internazionale di Pontzen.

“Desses professores, constantemente recebo, inclusive por meio do Facebook, palavras elogiosas e testemunhos de utilizarem, com êxito, nas sua aulas, as minhas obras, o que, naturalmente, muito me sensibiliza.”

Boa Leitura!

Escritor Fernando Cardoso, muito nos honra com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?
Fernando Cardoso - Desde muito cedo, senti um enorme fascínio pelo livro, compreendi que, por meio de um livro se obtêm respostas a muitas interrogações que pairam no espírito de qualquer criança; que o livro se revela uma excelente companhia e que, inclusive, nos permite viajar, conhecer o mundo. E sempre que os meus pais não podiam comprar-me livros, eu próprio construía histórias com que me deleitava e, assim, descobri que tinha fértil imaginação e que dentro de mim coexistia um ávido leitor e um pequeno autor. O passo seguinte foi fácil: procurar transmitir aos jovens e, sobremaneira, às crianças o prazer da leitura que sempre experimentei.

Desde o início o gosto pela escrita era diversificado? Como surgiram o gosto e a inspiração para a escrita em diferentes segmentos e estilos literários?
Fernando Cardoso - A escrita para crianças surgiu, fruto daquele enorme desejo de transmitir aos homens-do-amanhã o enorme prazer que os livros sempre me proporcionaram; a poesia surgiu do desejo de transmitir aos outros homens (não aos botões do poeta, como alertava o grande vate português Sebastião da Gama) o que flui dos diferentes estados de alma, o teatro por contribuir para a formação da personalidade, para o conhecimento apurado da linguagem e para a educação estética da criança, os livros de Direito têm que ver com a minha formação jurídica.

Escritor Fernando Cardoso, você hoje tem vários livros publicados. Conte-nos qual o livro que obteve mais sucesso?
Fernando Cardoso - Dos trinta e quatro livros publicados, Flores para Crianças foi, sem dúvida, o que alcançou maior sucesso. Atingiu trinta e quatro edições, o que, em Portugal, é inédito. E neste momento encontra-se traduzido em inglês, Flowers for Children; em francês; Fleurs pour Enfants; e em espanhol, Flores para Niños.

Como se explica que o livro “Flores para Crianças” tenha alcançado tantas edições e cativado várias gerações?
Fernando Cardoso - As crianças e os jovens, por mais que se afirme o contrário, não são, no que concerne aos livros, muito diferentes das crianças e jovens das gerações anteriores. Também gostam de adivinhas, curiosidades, anedotas, enigmas, jogos, contos, magia, fábulas, lendas, provérbios, poesia e teatro, ou seja, do conteúdo do livro em apreço.
Sucede é que dispõem de muitos outros atractivos desde o Game Boy, Playstation, jogos de computador, televisão e internet. Mas a generalidade das crianças e jovens de hoje, apesar destes fortes “concorrentes” dos livros, não os dispensam. E aqui é que reside o actual mérito, porque são muitos e diferenciados os “amores”… Qual é a criança que não gosta de escutar a educadora de infância a ler um conto ou, ao deitar, ouvir a voz de um dos progenitores ou de um dos avós a ler-lhe uma história, outra e outra até adormecer?!...


Leia mais:

http://portalliterario.com/entrevistas/entrevistas-portugal/279-com-trinta-e-quatro-obras-publicadas-o-autor-fernando-cardoso-se-torna-referencia-internacional-para-adultos-e-criancas

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Revista Divulga Escritor 26



Convidamos você a conhecer a 26ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia.

Para baixa-la gratuitamente clique no link abaixo:
https://issuu.com/smc5/docs/26_divulga_escritor_revista_liter__


Em PDF
Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5965299

Portal Literário

Boa Leitura!

domingo, 2 de abril de 2017

As mortes de João Gilberto Noll, por Fabrício Carpinejar


Emocionado depoimento de Fabrício Carpinejar sobre o escritor João Gilberto Noll, que morreu terça, dia 29 de março, em Porto Alegre.

"João Gilberto Noll foi assassinado"


João Gilberto Noll não morreu de causa natural, foi assassinado pela sociedade. Foi assassinado pela indigência cultural do Estado. Foi assassinado pelo total desprezo de nossas instituições pelos grandes artistas e narradores. Foi assassinado por ausência de incentivo e de apoio. Foi assassinado pelo orçamento imaginário da Secretaria Estadual de Cultura. Foi assassinado pela inanição do Instituto Estadual do Livro.

Em seu enterro na noite de quarta passada, na capela 9 do Cemitério João XXIII, havia menos de 50 pessoas para se despedir de um dos maiores escritores gaúchos de todos os tempos. Não apareceu prefeito ou governador, não apareceu ministro ou deputado federal, não apareceu presidente da Assembleia ou da Câmara Municipal. Os políticos não leem mais? É isto? É artigo de regimento interno?

Não se decretou luto no Estado. Não existiu nenhuma mobilização popular. Não teve cobertura da imprensa no velório.

Ele sequer aparece nos livros de nossas escolas como autor fundamental. Ele não é listado como autor obrigatório em nossos vestibulares. Ele não recebeu nenhuma honra nos últimos cinco anos — a mais recente foi como autor homenageado do Festipoa, em 2011. As novas gerações já não o conhecem, pois simplesmente não o estudam.

Noll ficou mergulhado no ocaso, logo ele que se mantinha integralmente da literatura e dependia de convites para palestras, recitais e conferências. Sua única fonte vinha a ser uma oficina de escrita criativa esporádica.

Não me insulte alegando que ele morreu de velho. Ninguém é mais velho aos 70 anos. Morreu de solidão nesta cidade abandonada às bestas, onde os livros são uma seita para pouquíssimos e corajosos.

Rio Grande do Sul virou uma Sibéria para os criadores, um exílio forçado. Ama-se esta terra platonicamente.

Não parecia que perdíamos um de nossos mitos da literatura, da estatura de um Mario Quintana, de um Caio Fernando Abreu e de um Moacyr Scliar.

Foi um enterro simples, caseiro, envolvido pelos familiares e amigos mais próximos, com apenas três coroas de flores enviadas para ornar a cabeceira do caixão. Não teve fila para se aproximar do corpo e abençoar a sua partida. Então, não me diga que ele morreu de morte natural. Foi assassinado pela indiferença. Pelo desprezo. Pela desinformação. Pela tristeza e pelo desgosto.

Como o nosso maior ganhador de Prêmio Jabuti, o mais prestigiado do país, vencedor de cinco edições (1981, 1994, 1997, 2004 e 2005), vivia na total clandestinidade em Porto Alegre? Como permitimos a sua desaparição pública?

Ele não ganhou nenhuma alta condecoração em vida das autoridades no RS (a exceção foi o Fato Literário em 2009, iniciativa da RBS). Não foi patrono da Feira do Livro. Não é nome de biblioteca, dificilmente servirá para batizar alguma Casa de Cultura. Estamos vendendo o nosso patrimônio e, pelo jeito, não sobrará entidade nenhuma para ser nomeada. Como abandonamos à míngua os nossos mestres?


Não venha com o atenuante de que a sua escrita era difícil, é tão difícil quanto o fluxo de consciência de Clarice Lispector que não para de crescer em vendas e ser saudada no Exterior (The Complete Stories entrou na lista dos cem melhores livros de 2015 feita pelo jornal americano The New York Times). Sua obra — dezoito livros — continua sendo publicada pela Record. Tampouco é por carência de circulação.

Como deixamos de lado um de nossos romancistas mais adaptados ao cinema, com versões conhecidas nas telas de Harmada, Hotel Atlântico e do conto Alguma Coisa Urgentemente?

Como as mais prestigiadas universidades estrangeiras, de Iowa e King's College, lhe pagavam para vê-lo produzindo como escritor-residente, e jamais oferecemos condições para ele desenvolver a sua ficção na capital gaúcha, logo ele que residia inteiramente aqui e retratava Porto Alegre em seus livros?

Como ele era convidado a dar aula em Berkeley, nos EUA, na cátedra de Literatura e Cultura Brasileira, e nunca fora convidado para lecionar nas universidades gaúchas, logo ele formado em Letras pela UFRGS?

Como não desfrutava de espaço fixo no rádio e na TV, ele que já foi influente colunista da Folha de S. Paulo de 1998 a 2001?

Como menosprezamos alguém que renovou a escrita e enfrentou a supremacia do regionalismo, que fundou uma escrita urbana, feita da procura nômade da felicidade e de andarilhos que apenas encontravam pátria em seu corpo?

O descaso não pode ser resultado da falta de atualidade da obra de Noll, porque ele era absolutamente pós-moderno e abordava temáticas do momento como homoerotismo, inadequação social e tolerância às minorias.

Como não zelamos por uma carreira vitoriosa de 37 anos, acostumada a projetar o Rio Grande do Sul no cenário internacional?

Ele deveria ter sido lembrado, festejado, paparicado, cuidado, mimado, protegido, acalentado, amado. Assim como Pernambuco fez com Ariano Suassuna antes e depois de sua morte. Mas não aconteceu nada.

João Gilberto Noll morreu do nosso completo nada. Quem será a próxima vítima? Quem? [Fonte: Zero Hora]

(fonte: http://blogdomello.blogspot.com.br/2017/04/as-mortes-de-joao-gilberto-noll-por-fabricio-carpinejar.html)