quinta-feira, 27 de julho de 2017

28ª Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia


Criada em setembro de 2013, pela jornalista e coordenadora do projeto Divulga Escritor a Jornalista Shirley M. Cavalcante, a Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia tem se destacado por sua qualidade e profissionalismo, sendo constante referência para criação de novos projetos literários voltados para o mercado editorial.
Convidamos você a conhecer a 28ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia.
https://issuu.com/…/docs/28_divulga_escritor_revista_literar



Sejam bem-vindos(as)!
Entre em contato com o nosso editorial e conheça proposta de participação:
smccomunicacao@hotmail.com

Todos podem participar divulgando: textos, entrevistas, livros, editoras, empresas...
O espaço é aberto a todos.

Abaixo link pra acesso gratuito a todas edições da Revista
http://portalliterario.com/revista-divulga-escritor
Aguardamos você!

Vida & Vita - Antologia bilingue.

Abertas as inscrições para VIDA & VITA, a 6° Antologia bilíngue (Português & Italiano) da A.C.I.MA. - Itália.

O tradicional projeto Antológico literário anual (bilíngue) da A.C.I.MA. denominado: VIDA & VITA é dedicado à promoção, difusão e valorização da literatura brasileira e lusófona na Itália, e no Exterior. A A.C.I.M.A. - Associazione Culturale Internazionale Mandala, sediada na Itália, lança oficialmente a Antologia “VIDA & VITA” 2017, a 6° tradicional coleção de trabalhos literários selecionados e reunidos (em regime de cotas) em (volume bilíngue) realizada anualmente pela A.C.I.MA., uma coletânea que permite e celebra o intercâmbio cultural internacional entre o Brasil & Itália e países lusófonos o encontro entre autores que escrevem em idioma italiano e português.

A importância da realização do projeto internacional A.C.I.MA. comprovou-se com o sucesso das precedentes edições de: 2012 "VOZES & VOCI" - PENSIERI IN PAROLE 2013 - NAVEGANTES 2014 - MADRE TERRA 2015 e AMOR & AMORE 2016, com lançamentos realizados no Brasil e na Itália em importantes espaços culturais, universidades e bibliotecas históricas que proporcionaram a arte do encontro através da literatura entre autores de diferentes culturas unidos pelo amor às letras, permitindo aos leitores (dos dois idiomas) o contato direto com uma seleção refinada de textos que abordam os mais variados temas.

– Podem participar pessoas de qualquer nacionalidade, desde que sejam maiores de 18 anos, ou menores com permissão assinada dos pais ou responsável. Os textos serão aceitos (prévia avaliação do Conselho Diretivo A.C.I.MA.) - em língua portuguesa. Os trabalhos não precisam ser inéditos e a temática e o gênero são livres: contos, crônicas, poesias, reflexões, cartas, mini contos, etc…O texto deve ser inspirado no título: VIDA & VITA, dando assim ampla liberdade para os autores compartilharem reflexões e pontos de vista sobre as mais variadas questões: amor, amizade, sentimentos, saudades, sociedade, diversidade, enfim, um olhar realmente bilateral sobre a VIDA, nossa humanidade e espiritualidade, em todas as suas matizes...

 – Os textos não deverão ter ilustrações ou gráficos e devem seguir as seguintes normas: Formato WORD/ A4 - Fonte Times 12, espaço 1/5. Não serão aceitos textos que ofendam a liberdade de crença e religiões, ou textos de teor racista ou discriminatórios.

Clique no link abaixo para acessar o regulamento completo e as especificações da Antologia VIDA & VITA 2017.


http://acimamandala.blogspot.com.br/2017/06/vida-vita-6-antologia-bilingue-da-acima.html

"Viver pode não ser tão ruim" - de Fabiano de Abreu

Autor de "Viver Pode Não Ser Tão Ruim", lança seu livro na Europa e agora na África

Mais um grande feito que devemos nos orgulhar. Premiado por três anos consecutivos pelo 'Personalidades Melhores do Ano', como melhor jornalista e assessor de imprensa do Brasil, Fabiano de Abreu deixou seu legado na história da literatura. Considerado por muitos influentes da literatura como o 'filósofo sem influências', Fabiano de Abreu lança seu livro em Portugal, mãe da literatura portuguesa, primeiro em Castelo de Paiva em Aveiro, ao lado do Porto na biblioteca municipal da cidade, depois em Lisboa, na biblioteca mais antiga da cidade, a de São Lázaro, datada de 1883. Com um convite especial da Universidade Gregorio Semedo em Luanda - Angola, no dia 18 de Abril Fabiano lançou seu livro no país com cobertura de emissoras locais e do maior portal de notícias, Platina Line.

Filósofo sem influências por não ter lido livros de autores renomados ou qualquer filósofo, Fabiano de Abreu é o filósofo da nova era, criando frases assim como grandes autores faziam no passado. Seu livro influencia através de frases, maneiras de se ter uma vida melhor, afinal, como o próprio nome do livro diz, "Viver Pode Não Ser Tão Ruim".

O escritor garante que pensa em lançar seu livro no Brasil, Fabiano de Abreu disse que lançou primeiro em Portugal por uma questão especial, luso-português já que é filho de portugueses e possui nacionalidade, Fabiano tem um carinho especial pelo país e não pode negar o convite da biblioteca municipal de Castelo de Paiva que abraçou seu livro com um enorme carinho, disse ele. Além dessas bibliotecas aqui citadas, o livro pode ser encontrado nos aplicativos Google Play, Play Store, Amazon e na Saraiva. O livro em versão espanhol também encontra-se disponível nesses locais.

Dono de frases como "Eu parto do princípio da prova, palavras jogadas ao vento nos dias de hoje não podem surtir efeitos", "Fazer ser famoso é fácil, difícil é se manter famoso e com respeito", "Quem diz se você é famoso é o tempo que você permanece na mídia e não ter saído na mídia". Fabiano de Abreu é atualmente considerado um dos melhores assessores de imprensa do Brasil e o jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira.



Redes Sociais

Instagram @assessorfabianodeabreu e @escritorfabianodeabreu

(enviado por News Literária)

"Viver é meu vício" - novo livro de Domingas Alvim






“Viver é meu Vício”, crônicas para quem busca o mais da vida.

“Rabiscar sobre as coisas do tempo”, como diria Drummond, é o ofício do cronista. E é assim que Domingas Alvim escreve seu livro de crônicas, Viver é meu Vício, rabiscando sobre o tempo da vida e seus labirintos profundos. Nesta obra, a autora nos mostra como o viver pode ser uma trama complexa. Viver é muito. Viver é pouco. Viver é mais, é menos, é caótico, é imprecisamente preciso. Viver é tudo o que temos. Viver, como diz nossa escritora, é o “mais árduo dos vícios a se largar”.

Ao recolher do cotidiano suas delícias e seus escombros, Domingas nos amplia as dimensões das cenas do dia-a-dia que a rotina e o hábito nos fazem perder de vista. A alegria, o amor, a amizade, os afetos e desafetos, a memória, as perdas, a morte, o medo, tudo são detalhes que não passam despercebidos. Tudo pertence a uma mesma equação cujo resultado nos indica que viver pode ser bom.  

Cada página do livro se torna um delicioso passo nesse bosque de palavras. A cada crônica visitada, abrimos um sorriso, derramamos uma lágrima, percebemos um aprendizado, despertamos um novo olhar, mais ampliado, para a vida. A busca pela grandeza no singelo. O encontro da beleza no tímido esticar de lábios de uma moça, nas conversas fiadas de uma fila, no brincar de uma criança, na compra de um pastel, na recusa de um cobertor...  Por todos os lados, a autora nos aponta a vida nos sorrindo em seus pequenos gestos. Todo acontecimento é vivo na substância essencial do viver. Esse viver que pode ter muitas facetas e que, apesar de algumas vezes ser trêmulo, também pode ser bom, aliás, convulsamente ótimo.  

Como num inventário de imagens poéticas, as crônicas de Domingas Alvim, nos fazem entender que existir é mais do que a própria existência. Existir é além. Existir é único e unicamente agora. E é nessa escrita, cheia de contrastes, que o leitor se prende voluntariamente. O livro nos segura pelas mãos e, ao nos escancarar o olhar, nos coloca no centro desse furacão viciante chamado vida.

           
Sobre Domingas Alvim

Domingas Alvim é escritora, poeta, comunicadora e educadora. Já deu aulas na  Faculdade de Letras da UFMG e palestras na área de literatura e educação. Natural de Angra dos Reis, RJ, formou-se em Comunicação Social pela UFRJ e em Letras pela UFMG. É Pós-Graduada em Processos Criativos em Palavra & Imagem pela PUC-Minas e Mestranda em Teoria da Literatura e Literatura Comparada na Universidade Federal de Minas Gerais. Autora dos livros “Poços dos Desejos” e “Do Deserto”, é também a criadora do Dream Writing, um projeto de Oficinas de Escrita Criativa/Literária. Já morou nos Estados Unidos, Argentina e Chile e, há 6 anos, reside em Belo Horizonte.

Facebook: Domingas Alvim
Instagram: @domingasalvim


sábado, 15 de julho de 2017

Visita de Marie Curie ao Brasil em novo livro

Pesquisador apresenta a visita de Marie Curie, uma das cientistas mais importantes do mundo, ao Brasil 


Cássius Klay Nascimento nasceu em Ipatinga (MG), em 9 de maio de 1968. Possui graduação em Química, Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade Federal de Viçosa (1992), mestrado em Físico-Química (2004) e doutorado em Química (2013) pela Universidade Federal de Minas Gerais com período de intercâmbio na Université du Maine, Le Mans, França. Iniciou, em março de 2016, pós-doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Atualmente é professor de Química do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico Federal da Escola Preparatória de Cadetes do Ar em Barbacena, Minas Gerais. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Interações Hiperfinas do 57Fe, atuando principalmente nos seguintes temas: história da ciência, educação em Química e espectroscopia Mössbauer. É autor de artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais.
“Uma conclusão dessa importante e histórica visita é apresentada no capítulo final. É interessante ressaltar que o Brasil foi o único país, exceto os Estados Unidos e países da Europa, a ser visitado por Madame Curie.”
 Boa Leitura!

Escritor Cássius Klay Nascimento, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a escrever sobre a grande cientista Marie Curie?
Cássius Klay - Em 2011, celebrou-se o Ano Internacional da Química, dedicado à grande cientista Marie Sklodowska Curie, detentora de dois prêmios Nobel. Um fato menos conhecido é a passagem desta ilustre cientista pelo Brasil, por um período de 45 dias. Ainda em 2011, participei de um trabalho que abordava a visita de Marie Curie especificamente à cidade de Belo Horizonte, e os resultados da pesquisa trouxeram ainda mais motivação para que eu continuasse buscando conhecer as marcas que essa maravilhosa mulher havia deixado em nosso país. O tópico recebeu uma motivação adicional em 2017, em que os 150 anos do nascimento de Marie Sklodowska Curie são celebrados, resultando no presente livro.

Apresente-nos Marie Curie.
Cássius Klay - Marie Curie nasceu no dia 7 de novembro de 1867, na Polônia, e era a caçula de uma família de cinco filhos. Sua infância foi profundamente marcada pela morte de sua mãe, quando Marie tinha apenas 11 anos. Seu pai era físico e matemático, influenciando Marie Sklodowska Curie política e cientificamente.
Madame Curie estudou na França e foi uma das mais notáveis cientistas do mundo em uma época na qual a ciência era dominada pelo sexo masculino. Com seu trabalho na área de radioatividade, recebeu dois prêmios Nobel. Foi a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel de física, em 1903, junto com Pierre Curie (1859-1906) e Antoine Henri Becquerel (1852-1908), pela descoberta da radioatividade. Também foi a primeira mulher a receber o Nobel de Química, 1911, pela descoberta dos elementos químicos, polônio e rádio. Suas pesquisas sobre radioatividade trouxeram grandes avanços em três áreas: química, física e medicina.
Suas descobertas científicas lhe deram grande reconhecimento ainda em vida, não somente na comunidade científica. Por sua contribuição ao estudo e à aplicação da radioatividade em medicina, especialmente no tratamento do câncer e na identificação de fraturas, ficou mundialmente conhecida.
 

Revisão: uma etapa fundamental na escrita de um livro!

Afinal, por que revisar?

Josias A. Andrade (Josias Andrade), nascido em Borda da Mata (MG), é jornalista, redator publicitário, ghost-writer, revisor de textos e preparador de originais. Autor do livro Escreva Textos Atraentes, trabalhou em agências de publicidade, jornais e editoras. Em parceria com Taissa Antonoff Andrade, fundou a Texto Ideal – Serviços Editoriais, dedicada à revisão de textos, tornando-se referência no segmento. Na entrevista abaixo, o revisor fala da importância, dificuldades e desafios enfrentados na atividade e analisa o ramo editorial à luz da crise atual.

O que o levou a interessar-se por revisão de textos?
Josias Andrade – Leitor exigente, sempre gostei de ler textos bem escritos; e encontrar erros, quaisquer que fossem, me incomodava muito. Ao contatar uma editora didática, pediram-me que corrigisse alguns textos, o que fiz prontamente. A editora, quando viu as correções, gostou tanto, que me ofereceu muitos trabalhos como frila. Decidi então que era isso que faria daí em diante, e não parei mais.

Por que a revisão é tão importante na produção do livro?
Josias Andrade – A revisão de textos, para as editoras, equivale ao controle de qualidade, para a indústria. Ao ser impresso, espera-se que o material esteja impecável. E para isso é preciso que haja completa sinergia entre os envolvidos na produção, desde o autor até o revisor que confere a segunda e última prova. Um erro, por insignificante que possa parecer, pode causar enormes problemas e comprometer uma edição inteira. Para evitar dor de cabeça e prejuízo, contratar um revisor é a decisão mais acertada.

Quem são os clientes que contratam seus serviços?
Josias Andrade – Dentre os que buscam por revisão de textos estão as editoras, os autores, os estudantes — quando preparam seus artigos, monografias, teses e dissertações —, agências de publicidade, assessores de imprensa, pesquisadores e muitos outros.

Quais os problemas mais corriqueiros que o revisor encontra?
Josias Andrade – Os problemas com o texto são muitos, e há muitas formas de escrever errado: erra-se muito na acentuação, pontuação, concordância; há descuido nas conjugações verbais, muita desatenção e falta de conhecimento das orações subordinadas, colocações pronominais e por aí vai. Muitos ainda desconhecem as regras do último acordo ortográfico. Mais que isso: muitas pessoas têm vícios de linguagem e seguem modismos que adquirem pela mídia, como é o caso do “a nível de”, “por conta de”, “em função de”, locuções que precisam ser usadas com consciência. 

Leia mais clicando no link abaixo;

Olha a FLIP aí, gente... estou lá!


Olha aí: quem for na FLIP, e quiser adquirir este romance que está bombando... é só dar um pulo no stand da Editora Futurama. Olha o mapa e veja como é fácil chegar lá:


História do Brasil Império




No século XIX deixamos de ser colônia de Portugal, mas seguimos sendo governados por monarcas. E o que aconteceu durante o Brasil Império? A professora da Universidade de São Paulo Miriam Dolhnikoff mostra como o Brasil forjou, naquele período, muito de sua identidade que ainda hoje permanece. Pois o país foi uma construção que resultou de disputas entre projetos e interesses diversos que se deram ao longo do século XIX. Proclamada em 1822, a independência marca o início de um longo processo: o da transformação da América portuguesa em uma nação, a construção política e social do Brasil. Continuidades, rupturas, mudanças parciais e outras mais profundas marcam a história da nação que começou a ser construída no início do século XIX.

Miriam Dolhnikoff é professora do departamento de História da FFLCH-USP e pesquisadora do Cebrap. É mestre e doutora em História Econômica pela USP. Ensina e pesquisa o Brasil Império. Atualmente, estuda o governo representativo, sob a forma de monarquia constitucional, no Brasil, com foco no debate político em torno das eleições.

História do Brasil Império

Autor: Miriam Dolhnikoff
Assunto: História
Coleção: História na Universidade
R$35,00
Editora: Contexto

Literatura é coisa de mulher

Faço dessa crônica minha macumba textual. Que a literatura não seja mais terra de macho. E que estes abandonem o que tanto os amedronta nas escritoras
Por Maria Bitarello
A mulher precisa ter dinheiro e um teto todo dela
se pretende mesmo escrever ficção.”

Virginia Woolf, em
Um teto todo seu

Em português, existem as palavras embaixadora e embaixatriz. São distintas. Embaixadora é o feminino de embaixador, ou seja, uma mulher que representa seu país em outro país, uma diplomata do escalão mais alto. Embaixatriz é o nome dado à mulher do embaixador. A primeira-dama, digamos assim. Aliás, bem assim mesmo. Tanto embaixatriz quanto primeira-dama são termos sem equivalente referência masculina. Que eu saiba, não existe um nome pro marido da embaixadora nem pro da presidenta. Chama-se essa pessoa por seu nome próprio. Afinal, não se trata de um título de nobreza transferível via casamento.
Me pus a pensar nisso motivada por escritoras que foram também casadas com escritores. Exemplos: esperava-se da poeta e contista Sylvia Plath ser, primeiramente, mulher do também poeta Ted Hughes; Martha Gellhorn, uma das correspondentes de guerra mais importantes do século 20, foi célebre por ser esposa de Ernest Hemingway. E a lista segue. Mas quantos homens são conhecidos, publicamente, por serem maridos de uma escritora? Não me lembrei de nenhum.
Literatura é terra de macho. Em 1971, em uma fala que ficou conhecida, a escritora americana Susan Sontag enquadra o escritor e machão à moda antiga, Norman Mailer, quando ele se refere a outra autora como lady writer. Em inglês, existe até o termo chick lit – literatura feita por e pra garotas –, pra sugerir que se trata de uma literatura inferior. No vídeo acessível pelo link acima, Sontag indaga Mailer por que é preciso fazer a distinção da “mulher escritora” se a mesma distinção não é feita para os homens. Por que a palavra writer, sem gênero, remete necessariamente a um homem, foi sua dúvida. Por que a literatura com L maiúsculo é território masculino. E, subliminarmente, o que tanto os amedronta nas escritoras. Penso eu que o medo seja da exposição de toda a farsa e da consequente perda de privilégios. Só um chute.
Pra evitar tal exposição, é preciso que as moças entendam seus lugares ou então que caiam fora. E o esquema a ser compreendido é o seguinte: você é bem vinda no meio literário como groupie (fanzoca) ou como musa, ambos papéis inofensivos e sexualizados. Assim, você permanece maravilhosa, desejada, uma mulher inteligente, letrada, que ama bons livros, mas não compete. O que de melhor pode haver nesse mundo?
Homens, segundo pesquisas, leem escritores homens que criam protagonistas masculinos que, por sua vez, são frequentemente escritores também. Respire fundo e clique pra ler as estatísticas de 2013 sobre a literatura nacional. São assustadoras: 72% dos autores publicados são homens. O ambiente é não só masculino, mas branco, heterossexual, ocidental, urbano e de classe média. Aqueles e aquelas que fogem do perfil estão condenados a ocupar as prateleiras menos nobres da livraria e, esse ano, surpreendentemente, muitas das mesas da FLIP, a Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece esse mês. É verdade. Pela primeira vez, desde a inauguração do evento em 2003, há mais mulheres na programação do que homens: 24 a 22.
Não estou dizendo que não haja motivos pra se comemorar, mas trata-se de uma diferença mais importante em níveis simbólicos que absolutos. Afinal, até hoje, no mundo todo, dos 111 premiados com o Nobel, apenas 13 são mulheres. No Brasil, dos 40 membros da Academia Brasileira de Letras, apenas 5 são mulheres. Rachel de Queiroz foi a primeira, em 1994, quando a instituição comemorou seu primeiro centenário. Cem anos se passaram sem que nenhuma mulher ingressasse. E só agora, também nesse mês de julho, uma mulher foi contemplada, pela primeira vez, com o Prêmio de Literatura do Estado de Minas Gerais pelo Conjunto da Obra. A mulher: Adélia Prado.
São conquistas importantes, mas a caminhada ainda é longa e cheia de obstáculos fálicos. Dentro do tabu da mulher que escreve, por exemplo, ainda existe o tabu dos tabus, que é o romance. Mulheres podem ser jornalistas, poetas, às vezes letristas de música, até contistas, mas não romancistas. Romance, dizem, é coisa de homem.
Faço dessa crônica minha macumba textual. Que injustiças como essa se reparem com mais eficiência. Que a história não demore mais uma vida inteira pra reconhecer a grandeza de escritoras tornadas invisíveis, como Hilda Hilst – que ainda por cima escrevia literatura erótica, que audácia. Que a geração atual de autoras de ficção não seja reconhecida apenas postumamente. E que os escritores e escritoras sejam tão diversos quanto as histórias que contam e os leitores que as leem. As estantes, com certeza, serão muito mais coloridas.

Elogio do instante - livro de estreia de Aliedson Lima





Aliedson Lima nasceu em Paulo Afonso – BA, em 1993. Desde então vive em Canindé de São Francisco – SE. Baiano para os registros, mas sergipano para a vida. É escritor, poeta e contista. Vencedor de um concurso regional e figura carimbada nas antologias do Encontro de Escritores Canindeenses & Convidados. Seu romance “Elogio do Instante” é o sua estreia definitiva na literatura.

Apresentação:
Quando é instruído para pesquisar a morte de um grande fazendeiro, Saulo, um jovem e insatisfeito estudante de História, depara-se com Anaclécius Torrenegra, um senhor solitário, com diversos manuscritos engavetados e um passado de eventos misteriosos.
Em Elogio do Instante, livro de estreia do escritor sergipano Aliedson Lima, dois homens atravessam o terreno da memória, do passado como matéria em permanente construção, e recriarão juntos um controverso crime ocorrido na Mata Vermelha durante o período da Ditadura Militar.
No percurso de incertezas, surgem as mulheres marcantes, os conflitos existenciais – como descascar uma banana com uma faca?, pergunta um dos documentos reabertos –, as discussões sobre o papel do tempo na constituição biográfica, as linhas paralelas da arte e do desejo, além do choque geracional entre dois homens em busca do sentido da vida. 
Daniel Zanella

O lançamento do livro será no dia 22 de julho.

Link do livro no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=yUgFCps3vgQ

Blog pessoal:
Link para comprar: http://www.ovinhododia.com/p/blog-page.html


sexta-feira, 7 de julho de 2017

Novo livro de viagens d’A Casa Nômade



Fotos e aventuras do casal de repórteres mineiros por 59 países farão parte da obra

Com o passaporte carimbado em 59 países dos cinco continentes, o fotógrafo Renato Weil e a jornalista Glória Tupinambás lançam seu segundo livro de viagens. O casal de repórteres mineiros que percorre os quatro cantos do planeta como turistas profissionais, a bordo de um motorhome, começa agora a produzir o livro A Casa Nômade pelo Mundo – Uma viagem pelos Cinco Continentes.

O livro vai convidar os leitores a embarcarem, através de fotos do Renato e relatos de viagem da Glória, em experiências incríveis. Vagar uma noite inteira pelo Deserto do Saara, na Jordânia, depois de serem abandonados pelo guia; fazer um cruzeiro nada convencional por ilhas paradisíacas da Indonésia para ver de perto o temido dragão-de-komodo; passar 7 dias dentro do famoso Trem Transiberiano para cruzar a Rússia e a Mongólia, até chegar à Pequim pelas Muralhas da China; tirar o pé do acelerador na Carretera Austral, a estrada mais espetacular das Américas, para caminhar com grampões na bota sobre glaciares, assistir ao desprendimento de icebergs e descer rios caudalosos do Chile em um rafting.

Pensam que acabou? Não! Ainda há muita história para contar. Visitar o Egito em meio à Primavera Árabe, desbravar a terra de aborígenes no outback Australiano, se perder na feira mais exótica do mundo no Norte do Vietnã. É preciso muito fôlego e coragem para contemplar as maiores maravilhas do mundo...



FINANCIAMENTO COLETIVO
Para colocar esse sonho no papel, A Casa Nômade lança, nesta semana, uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse (www.catarse.me/acasanomade). O livro A Casa Nômade pelo Mundo – Uma viagem pelos Cinco Continentes terá um preço super especial (R$ 70,00) durante a pré-venda no Catarse e os amantes de viagem ainda podem garantir uma linda foto como recompensa por apoiar o projeto.

O objetivo dessa “vaquinha digital” é atingir a meta de R$ 35.000,00 para a impressão de 1.000 exemplares do livro. Esse dinheiro será gasto com a gráfica, produção editorial, tratamento de imagens, diagramação, revisão dos textos, vídeos da campanha e ampliação das fotos especiais de recompensa. E, claro, para remunerar todas as pessoas envolvidas no projeto, porque um produto de qualidade exige atenção e muita dedicação de uma equipe especializada.

O QUE É A CASA NÔMADE?
Uma casa sobre rodas que há dois anos é o único lar do casal de repórteres Glória e Renato. Depois de anos trabalhando em grandes jornais e revistas do Brasil e de muitos mochilões pelo mundo, eles decidiram pedir demissão de seus empregos e montar um motorhome para viver na estrada e desbravar América, Europa, África, Ásia e Oceania.
O projeto é patrocinado pela Mercedes BenzALE Combustíveis, Osprey, Fiero, Macboot, Maxiclima, MySim Travel, Marcel Philippe e Alliance Truck Parts. O site A Casa Nômade tem mais de 120 mil acessos, com 30 mil seguidores no Facebook e Instagram.

QUEM SÃO OS AUTORES?
Renato Weil – Fotógrafo


Depois de 20 anos atuando como repórter fotográfico do Jornal Estado de Minas e da Revista Veja BH, Renato decidiu colocar o pé na estrada a bordo d’A Casa Nômade. Autor do livro O Mundo em Minas, lançado em 2015, teve seu trabalho reconhecido com o Prêmio Unicef de Fotografia e o Prêmio de Fotografia do Instituto Ayrton Senna. Seus trabalhos foram expostos no Memorial Minas Gerais Vale (Circuito Cultural Praça da Liberdade) e na Galeria Oi Futuro, em Belo Horizonte; e no Festival de Fotografia em Tiradentes.

Glória Tupinambás – Jornalista
Companheira de vida e viagens do Renato há 12 anos, Glória desbravou 59 países dos cinco continentes e produziu o livro O Mundo em Minas. É colunista de Viagem e Turismo da Rádio CBN (Sistema Globo de Rádio). E já trabalhou como repórter da Revista Veja BH, jornalista especializada em educação do Jornal Estado de Minas e do Portal Uai, e como produtora da Rede Minas de Televisão. 

Contato:
(31) 99879-2727

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Glória Tupinambás - Renato Weil
         Repórter                                     Fotógrafo

A Casa Nômade - Viagem pelo mundo a bordo de um motorhome
 
 

O livro tem futuro?


Por Jaime Pinsky, historiador e editor, doutor e livre docente da USP, professor titular da Unicamp.
O que vai acontecer com o livro? Ele continuará existindo no papel ou apenas digitalmente? Neste caso, não acabará sendo ultrapassado por mídias mais modernas? Muitos acham que pelo fato de eu ser autor, editor e historiador tenho a obrigação de saber o que o futuro reserva ao livro.
Confesso aos interlocutores, um pouco contrariado, não ter instrumentos adequados para prever o futuro. Tento explicar que o historiador é, por profissão, um camarada modesto: ele tenta explicar o que já aconteceu, e por vezes até elabora uma narrativa coerente. Não tem a pretensão dos economistas que insistem em fazer previsões... e quase invariavelmente erram. Nem dos adivinhos de plantão que a cada final de ano cometem a proeza de profetizar sobre coisas óbvias e genéricas: garantem que ocorrerá a queda de alguma aeronave; que um artista muito famoso morrerá; que guerras continuarão assolando o Mundo Árabe e a fome não abandonará a África subsaariana (minha avó Sara é capaz de fazer “previsões” como essas...).
Já o historiador, no máximo consegue explicar os “comos” do passado, raramente os “porquês”. E esses são os bons profissionais. Pior são aqueles que não têm pudor em alterar os fatos acontecidos para que se encaixem melhor em suas teorias. Historiador que se preza também não se dispõe a produzir ficção fingindo que é História, ou, em um neologismo descarado, uma “reportagem do passado”... Nada disso. O historiador é modesto, mas é sério.
Ele sabe que o futuro é difícil de prever, muito difícil. E o motivo é simples: olhando para trás temos clareza sobre o caminho percorrido, ele nos parece lógico, óbvio até. Olhando para frente nosso cenário é de muitos trajetos, todos aparentemente viáveis. Qual deles será o mais adequado, qual nos levaria a um beco sem saída? Não sabemos.
Que historiador poderia ter previsto que em 1985 que teríamos um presidente eleito pelo Congresso e morto antes de tomar posse, pelo menos dois outros depostos antes de completar o mandato, um intelectual, um operário e uma mulher eleitos pelo voto direto? Quem sonharia em ver banqueiros, grandes empresários e políticos importantes atrás das grades, marqueteiros denunciando antigos chefes, governadores desonestos condenados, candidatos a candidatos tremendo de medo? Ninguém. Mais ainda: há meio século imaginava-se para o século XXI o tráfico urbano com veículos zanzando nas alturas, aviões supersônicos ligando os continentes, viagens rotineiras para a Lua, um mundo de robôs nos servindo em tudo e para tudo. Nada disso aconteceu. Por outro lado ninguém previu algo que provocou mudanças radicais na vida cotidiana dos habitantes do planeta: a Internet, com celulares, mídias sociais e todo o resto. É pouco?
Assim, o prudente é seguir um conselho que me dava Francisco Iglesias, talentoso e machadiano historiador mineiro, já falecido: “Não se arrisque a fazer previsões para o ano que vem, fale sobre o que vai acontecer daqui um ou dois séculos. Mesmo que erre, nenhum leitor estará aqui para cobrar seus enganos”. Seguirei o sábio ensinamento. Cobrem meus acertos ou erros em 2117. E aí vai minha primeira previsão:
O livro vai continuar existindo.
E a segunda: haverá leitores de livros.
Não bastassem essas duas, arrisco uma terceira: editoras continuarão sendo fundamentais. ​
Contudo...
A era de Gutemberg está acabando. A leitura de livros como hábito universal (estamos, é claro, falando de pessoas plenamente alfabetizadas e com acesso ao livro, comprando ou tomando emprestado de bibliotecas) está se esgotando. Países desenvolvidos tiveram sua fase de cultura oral, que foi, em grande parte, substituída pela cultura escrita. Países como o nosso nem chegaram a ter um período com prevalência da cultura livresca: saltamos diretamente do oral para o virtual... Com isso, a maior parte da população se satisfaz com truísmos repetidos à saciedade, com bobagens pomposas, com pseudoverdades profundas deslocadas de seu contexto circulando pelo ar que nos cerca (tem gente que acha até que eles colaboram na poluição das cidades).
Mas sempre haverá uma elite cultural, originária de diferentes extratos socioeconômicos da população, que lerá, aprenderá coisas com profundidade e será a criadora de softwares que serão utilizados pela manada. Esta continuará postando bobagens dentro de um universo de referências criado pela elite cultural, gente criativa. Os leitores de livros, enfim...

Identidade histórica do Cangaço é resgatada através do livro “Lampião, à Luz da Lei”



Para entender o cangaço e suas implicações sociais à época em que perdurou, notadamente até 1938, a leitura desta obra é, certamente, a melhor fonte de informações. A história do cangaço, tendo como protagonista a figura de Virgolino, o Lampião, é o tema do livro Lampião, à Luz da Lei.
Escrito pelo pesquisador Antônio Neto, a obra apresenta fatos à luz de documentos da época analisados pelo autor, tais como queixa-crime, diligência policial, exame de corpo de delito, laudo cadavérico, portaria policial, sumário-crime, libelo-crime-acusatório, depoimentos de testemunhas e itens que compõem um processo-crime sob a égide da justiça.
A análise desses documentos, tendo como personagem central a controversa pessoa de Lampião e de sua companheira Maria Bonita, já é suficiente para esclarecer fatos até então tratados de forma alheia à verdade dos documentos. Trazidos ao conhecimento do leitor contemporâneo, os acontecimentos ocorridos naquela época, pasme o leitor, nem sempre diferem dos que ocorrem hodiernamente Brasil afora. Cabe aqui uma pausa para reflexão.
O mérito desta obra reside exatamente no fato de, sob a ótica da pesquisa documental, constituir importante trabalho da historiografia do cangaço, trazendo à tona fatos até então obscuros por falta de provas documentais.

Compareça ao lançamento, que será realizado na Biblioteca Pública do Estado, na Rua João Lyra s/nº, em Santo Amaro, no Recife, no dia 13 de julho, às 17h30.

O lançamento de um livro é um momento de encontros e reencontros, o autor aguarda a sua presença para aquele abraço amigo, e claro, o mais importante, fazer-lhe uma dedicatória especial.

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