quarta-feira, 23 de maio de 2018

A francesa e brasileira Christiane de Murville apresenta 'Até Quando?'


Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Graduada, mestre e doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo, com especialização em psicodrama e orientação profissional, Christiane Isabelle Couve de Murville dedicou a sua carreira ao atendimento psicológico individual e grupal de crianças, jovens e adultos, oferecendo oficinas de teatro espontâneo em contextos variados.
Também é bacharel em Ciência da Computação pela USP e sua dissertação de mestrado foi publicada pela editora Casa do Psicólogo. Morou sempre no Brasil, apesar da dupla nacionalidade, brasileira e francesa. Publicou a trilogia “A Caverna Cristalina” e a novela “A vida como ela é”, em português e francês, além de livros e artigos acadêmicos. Tem experiência artística em escultura, desenho, pintura, cerâmica e faz as ilustrações de seus livros.
“De forma lúdica e divertida, proponho ver a vida de um modo diferente, considerando a eventual possibilidade de o mundo não ser apenas o que captamos com nossos cinco sentidos habituais e convidando o leitor a imaginar planos vibracionais ou dimensões mais sutis compondo a realidade.”
Boa leitura!

Escritora Christiane de Murville, muito nos honra com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a escrever o romance “Até quando”?
Chirstiane de Murville - O que me motiva a escrever é a vontade de compartilhar algumas ideias e reflexões que considero interessantes e capazes de ampliar horizontes, inspirando as pessoas a buscarem realidades mais alegres, leves e luminosas para todos.

Composto de dois volumes, “Até quando? O Vai e vem” volume 1, já é sucesso internacional. Apresente-nos a obra.
Chirstiane de Murville - Quantas vezes repetimos situações já experimentadas, voltamos a visitar locais bem conhecidos, descobrimos parentes novos ou cruzamos com gente que não lembramos ao certo quando e onde já encontramos? Quem nunca caiu em esquemas de pensamentos repetitivos ou em algum registro emocional capaz de o aprisionar em alguma realidade particular? Este romance ficcional conta a aventura de João e de sua família, quando passam exaustivamente por inúmeras dessas situações em suas experiências na Terra, vivendo ora momentos de grande alegria e prazer, ora de extremo sofrimento e decepção, visitando tanto cenários infernais como paradisíacos. Mas até quando continuarão eles reeditando inúmeras experiências já vividas, repetindo comportamentos eventualmente pouco saudáveis, retornando a lugares já bem conhecidos e oscilando de humor? Em seu íntimo, cada qual quer provar o seu valor, mostrar a todos e convencer a si mesmo de que é uma pessoa honrada e virtuosa.

Qual o momento, enquanto escrevia o enredo, que mais a marcou?
Chirstiane de Murville - Um momento que considero marcante é quando João morre e, a seguir, se percebe em seu armazém de memórias, onde ele encontra registros de tudo que fez ou não, das confusões nas quais se envolveu, mas também de quem ele é de verdade, de seu potencial. Ele sente que precisa retornar à Terra para esclarecer equívocos e ajeitar situações que ficaram mal resolvidas. Necessita projetar novos episódios em sua vida e reeditar outros já vividos, até conseguir sentir-se satisfeito consigo mesmo, com o coração tranquilo e a consciência apaziguada, tendo realizado seu potencial de vida. No entanto, estariam João e sua família presos em projeções pessoais? Como fazer, então, para encontrarem a liberdade, para se livrarem de padrões repetitivos, formatações e condicionamentos diversos criados por eles mesmos e o coletivo no qual todos estão mergulhados?

Em que momento você chegou à conclusão que o romance seria composto de dois volumes?
Chirstiane de Murville - Entendi que a obra deveria ser apresentada em dois volumes quando observei que a história que estava escrevendo compunha-se de duas partes bem diferentes uma da outra. A primeira explora diversas situações, sensações e cenários que João encontra no mundo, descrevendo algumas de suas idas e vindas entre a Terra e seu salão mnêmico, sem no entanto que ele tenha clareza do que realmente lhe acontece. Já na segunda parte, João começa a se perguntar sobre o mundo que o rodeia e decide se libertar do esquema repetitivo no qual se percebe aprisionado.

Quais critérios foram utilizados para escolha do Título?
Chirstiane de Murville - O título surgiu naturalmente como uma decorrência da história, pois remete diretamente ao que acontece com João e sua família em suas idas e vindas entre seus armazéns mnêmicos e o plano de manifestação no mundo terreno.

Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor, por meio do enredo que compõe esta obra literária?
Chirstiane de Murville - De forma lúdica e divertida, proponho ver a vida de um modo diferente, considerando a eventual possibilidade de o mundo não ser apenas o que captamos com nossos cinco sentidos habituais e convidando o leitor a imaginar planos vibracionais ou dimensões mais sutis compondo a realidade. Depois de ler o “Até quando? O vai e vem”, uma blogueira literária parceira disse que ficou imaginando e se perguntando se a vida poderia ser mesmo assim, com diversas experiências terrenas acontecendo no tempo e cada qual tentando realizar seu potencial de vida e arrumar eventuais erros cometidos no passado, até se sentir em paz, com o coração leve e a consciência tranquila.

O que vamos encontrar no volume dois de “Até quando?”?
Chirstiane de Murville - No volume dois, João percebeque a turma que ele encontra em suas inúmeras aventuras terrenasé sempre a mesma. Ele começa a ter vislumbres de experiências antigas, pois o efeito das águas do esquecimento que ele teve que sistematicamente tomar para acalmar suas lembranças incômodas começa a se diluir. João desconfia que ele e sua família estão presos em esquemas emocionais e padrões de comportamentos e pensamentos repetitivos que contribuem para a formatação do mundo que ele encontra à sua volta. Mas ele quer se libertar dos condicionamentos e das formatações diversas que o mantém enroscado nesse vai e vem aparentemente interminável.

Christiane, você é bem participativa em eventos, recentemente, participou de feiras internacionais, quais foram as recentes participações?
Chirstiane de Murville - Estive recentemente na França, apresentando os meus livros no Instituto Cultural Franco Brasileiro Alter´Brasilis, em Paris. Depois fui à Suíça, onde participei do Salon du Livre et de la Presse de Genève, no stand da Cultive Art Littérature et Solidarité. Também ofereci uma palestra no Lyceum Club Internacional de Genève sobre as «Maravilhas da Chapada Diamantina» e a trilogia “A Caverna Cristalina” que acontece nessa região.

Como vem sendo a receptividade do autor brasileiro nestes eventos?
Chirstiane de Murville - O leitor europeu tem interesse por obras de autores estrangeiros e por tudo que se relaciona ao Brasil e à cultura brasileira. A trilogia “A Caverna Cristalina” chamava especialmente a atenção das pessoas, não apenas pela suatrama que entrelaça passado, presente e futuro, mas também pela sua ambientação na Chapada Diamantina, retomando as lendas e crenças locais e a história da região, desde o apogeu da mineração do ouro e dos diamantes até os dias de hoje. Até saiu uma nota sobre meus livros na página de cultura do jornal “Le DauphinéLibéré” do dia 5 de maio e fui convidada a participar de uma entrevista na RFI, Rádio França internacional, com o jornalista Élcio Ramalho. Também fiquei muito contente com o apoio recebido por autoridades locais como, por exemplo, a Embaixada Brasileira em Paris, que divulgou o evento no Alter`Brasilis, e a consulesa do Brasil em Genebra que veio pessoalmente prestigiar a presença de diversos autores brasileiros na feira de livros em Genebra.

Conte-nos, sobre o lançamento do livro no Brasil, onde será, horas, local.
Chirstiane de Murville - Haverá uma tarde de autógrafos e de lançamento do “Até quando? O vai e vem” no sábado dia 26 de maio, das 15h às 18h, na Livraria Martins Fontes Paulista, Av. Paulista, 509, em São Paulo.

Convite Christiane maior 2018

Quem não puder comparecer ao lançamento, onde poderá comprar o seu livro?
Chirstiane de Murville - Quem não puder comparecer ao lançamento poderá adquirir o “Até quando? O vai e vem” e qualquer outro livro meu na Livraria Martins Fontes Paulista ou no site da editora Chiado.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o romance “Até quando?” da autora Christiane de Murville. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos em sua opinião o que cada leitor pode fazer para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário brasileiro?
Chirstiane de Murville - Creio que o leitor deve sempre buscar o que o encanta e o faz se sentir bem, mais leve e em paz consigo mesmo. Entendo que, quando lemos um livro, entramos no universo que nos é apresentado pelo autor. Assim como devemos ser cuidadosos ao escolhermos os alimentos que ingerimos, que podem contribuir ou não à nossa saúde, da mesma forma é importante ficarmos atentos ao que escolhemos para alimentar o nosso mundo mental, ainda mais considerando que, talvez, o que pensamos ou onde colocamos a nossa atenção influencie poderosamente na realidade que encontramos à nossa volta.
Agradeço muitíssimo a oportunidade de participar dessa entrevista e de apresentar este meu novo livro, o “Até quando? O vai e vem”, aos leitores da Revista Divulga Escritor.


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A todos o nosso muito obrigada, 
Sejam bem-vindos!

História da Terra Mineira de Carlos Góis.




                        Por Antônio de Paiva Moura

            GÓIS, Carlos. História da Terra Mineira [1913]. Belo Horizonte: Paulo Azevedo & Cia. 1942. Ilustrado por F Borgeti
             
O autor

            Carlos Fernandes Góis nasceu no Rio de janeiro em 1881 e faleceu em Petrópolis, em 1934. Formou-se em direito pela Escola de Direito de Belo Horizonte. Em seguida foi nomeado promotor público na comarca de Muzambinho MG, onde acumulou as funções de professor e promotor público. Ao ser aprovado em primeiro lugar em concurso de “lente catedrático de português” do Ginásio Mineiro, deixou o ministério público e transferiu-se para Belo Horizonte. Como professor escreveu, em 1912 o livro “Método de Análise: léxico e lógica”, que se tornou indispensável nos estudos da língua portuguesa, tanto nas escolas públicas quanto particulares. Em 1917 publicou obra intitulada “Pontos de História do Brasil para o Estado de Minas Gerais” e no mesmo ano “Pontos de Geografia para o Estado de Minas Gerais”. O certo é que em vida teve 32 obras publicadas, versando sobre dramaturgia, poesia, historiografia, lingüística e gramática. Carlos Góis inaugurou a cadeira n. 11 da Academia Mineira de Letras, em 1911 e foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
            
 A obra

            No prefácio da primeira edição (1913) o autor fala do sentido epistemológico da obra destinada a alunos e professores do primeiro e do segundo graus de ensino, isto é, idéias de como o autor percebe a disciplina, servindo de subsídios para a compreensão, análise e reflexão por parte dos professores que se dedicam ao ensino da História e que estão preocupados com os seus resultados. Diz textualmente:
  O plano do presente livrinho começou a formar-se em nosso espírito, quando nos capacitamos de que é nosso dever ensinar as crianças, sob forma pitoresca de contos, a história retrospectiva desta grande porção do Brasil que é Minas Gerais. [...] Um povo só pode ter consciência de sua nacionalidade, quando se orgulha de seu passado e suas tradições. [...] A literatura infantil de contos da carochinha, de histórias do outro mundo, de abusões e fantasmagoria é tudo quanto pode haver de mais nocivo ao espírito das crianças. Fazem-nas supersticiosas, medrosas e pusilânimes. A literatura infantil tem o dever de ser sadia e forte, de ser nacional, local e regional.
           
 É interessante notar que Carlos Góis publicou esse livro 16 anos antes do surgimento da Escola dos Analises de Marc Bloch e Lucien Febvre, em 1929. Em seu tempo estava em moda no Brasil o ideal positivista de narração historiográfica, isto é, textos engessados, duros e sem sabor. Queriam chegar a uma verdade absoluta. Por isso uns autores viviam contestando os outros.  Marc Bloch tentando responder a um jovem a indagação de para que serve a historia, assim termina a resposta. Falei ao jovem:

Posso até não saber de sua real serventia! Só sei, que a estudo por que ela me causa um imenso prazer, o prazer de conhecer, o prazer do saber.”  E no outro dia lhe levei estas sábias palavras de São Bernardo de Claraval, Sobre o cantar dos cantares, Sermão 36, III. “Há quem busque o saber pelo saber: é uma torpe curiosidade. Há quem busque o saber para se exibir: é uma torpe vaidade. Há quem busque o saber para vendê-lo: é um torpe tráfico. Mas há
quem busque o saber para edificar, e isto é caridade. E há quem busque o saber para se edificar, e isto é prudência.

            O livro “História da terra mineira” tem uma sequência fatual muito fiel à cronologia que vai desde as primeiras expedições até a independência do Brasil. É um dos primeiros a valorizar a resistência negra nos quilombos, como o “Mártir Isidoro”, a arte dos mulatos e os trabalhos arqueológicos e paleontológicos de Doutor Peter Lund em Lagoa Santa. 

Prisão do mártir Isidoro - Borgetti
 
            Fernão Dias Paes Lema, o governador das esmeraldas e Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, são apresentados como homens estudados e preparados. Por isso não acreditaram nos mitos indígenas devoradores de homens brancos. Fernão Dias, da mesma forma que Ulisses, não acreditou na lenda de que Uiara habitante da lagoa do Vupabuçu atraia e devorava quem tentasse extrair as esmeraldas na Serra Resplandecente. Esse mito havia sido criado pelos índios para proteger a natureza no interior de seu habitat. Os índios de Goiás achavam que Anhanguera tinha poderes sobrenaturais ao vê-lo atirando com espingarda. Por isso, com medo retiraram-se das minas de ouro deixando-as à disposição dos portugueses. Mário de Andrade, na novela “Macunaíma: o herói sem nenhum caráter”, no final, por sua ignorância, o personagem é atraído por Uiara e acaba sendo devorado por ela. Carlos Góis, sabendo que os mitos são criados como o tempo, com as funções de explicar e caracterizar as comunidades, desde o início do livro mostra a necessidade de apagar ou anular os mitos antigos e medievais; depois os mitos da cultural indígena e finalmente, os mitos que contribuíam com a idéia de superioridade dos europeus sobre os brasileiros. Surgem os heróis nacionais: Felipe dos Santos, resistindo ao despotismo dos colonizadores; fugas heróicas dos escravos e formação dos quilombos; os inconfidentes e as mulheres que os acompanharam; Aleijadinho, e outros artistas; Chico Rei e sua corte de resistência pacífica.
            A historiografia positivista exige do historiador imparcialidade absoluta baseada em documentos oficiais. Carlos Góis se baseia em fatos reais narrados em forma literária. É bela a forma como ele conta as histórias. Podemos dizer que “História da Terra Mineira” tem dois sentidos estéticos. A alegria e o prazer do narrador que quer passar ao leitor a mesma satisfação. Para tal contou com a excelente participação do artista plástico F Borgeti que confere dramaticidade aos fatos. O narrador fala da satisfação do povo do Arraial do Tijuco com a proclamação da independência. Enquanto uns davam vivas à liberdade e à independência outros faziam uma fogueira e queimavam o livro da capa verde, estatuto da cruel ditadura colonial, visualizado pelo expressivo desenho de Borgeti


Queima do livro da Capa Verde - Borgetti

Romance policial ‘Amores e Crimes’ será lançado no Rio de Janeiro



Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
George Ornellas é Professor de Educação Física, Geógrafo, Historiador e Escritor. Romântico e aventureiro, nasceu no Rio de Janeiro, escreveu seu primeiro romance há mais de vinte anos, sendo publicado recentemente. Seu livro Amores e Crimes se mantém como um dos mais vendidos pela Drago Editorial. O autor é amante de esportes, literatura, filmes e viagens.
“Outro ponto marcante é que a cada reviravolta que a trama tomava, ficava marcante o duelo entre o bem e o mal, o que mudava o rumo que cada personagem seguia.”
Boa leitura!

George Ornellas, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, em que momento pensou em dar inicio a escrita de “Amores e Crimes”?
George Ornellas - Foi há mais de vinte anos, já tinha vontade de escrever um romance, Amores e Crimes acabou despertando em mim esse desejo. Tinha muitas ideias, então, certo dia comecei à passá-las para o papel. Fui escrevendo e as ideias vinham brotando mais e mais, quando percebi, já tinha criado uma história.

Em quantos volumes será composto“Amores e Crimes”?
George Ornellas - Em três volumes. Escrevi o primeiro volume há vinte anos, mas quando enfim Amores e Crimes foi publicado, vi que as pessoas tinham gostado, então, decidi fazer uma continuação. A história recomeça há exatos vinte anos depois. Gostei tanto da história, que acabou virando uma trilogia. Amores e Crimes Volume I; Amores e Crimes II A Vingança; e Amores e Crimes III A Caçada.

De que forma está segmentado o enredo que compõe a obra? Apresente-nos, de forma resumida, as obras que irão compor a trama.
George Ornellas - A trama é um romance policial. Conta à história de dois adolescentes que se conhecem na escola e se apaixonam perdidamente, dando inicio a uma linda história de amor, que é interrompida por um mal entendido. Com o passar dos anos os dois tornam-se grandes Advogados, com cada um vivendo sua vida, mas com as lembranças do grande amor que viveram fortes na memória. Paralelo a isso, existe uma série de assassinatos, e ninguém consegue descobrir o assassino, que acaba ligado ao casal de Advogados, que se reencontram e passam a investigarem juntos os crimes.

Quais os principais desafios para escrita do enredo, que compõe, está obra literária?
George Ornellas - O principal desafio foi conseguir conectar todos os personagens que eram muitos, na trama. Tinha que haver uma perfeita harmonia entre eles, tudo tinha que estar muito bem elaborado, mas no fim, tudo acabou se encaixando perfeitamente.

Neste primeiro volume, o que mais o marcou enquanto o escrevia?
George Ornellas - O que me marcou foi que a medida que escrevia, percebi que o livro parecia caminhar sozinho, a história fluía tranquilamente. Outro ponto marcante é que a cada reviravolta que a trama tomava, ficava marcante o duelo entre o bem e o mal, o que mudava o rumo que cada personagem seguia.

O que mais o atrai em “Amores e Crimes”?
George Ornellas - A história do casal de protagonistas em sua busca incessante pelo verdadeiro amor.

Soube que já temos o dia, horário e local do lançamento da obra, onde será?
George Ornellas - Será dia 25 de Maio, às 19:00, na Livraria Travessa do Barra Shopping.
Amores e crimes George Ornellas convite

Quem não puder comparecer ao evento de lançamento onde poderá comprar o seu livro?
George Ornellas - Através do site da Drago Editorial.

Soube que já temos livro novo no prelo. Apresente-nos, seus próximos projetos literários.
George Ornellas - Mês que vem, em Junho, provavelmente na própria Livraria Travessa do Barra Shopping, será lançado um livro muito aguardado, que chega em uma boa época, de Copa do Mundo. O livro chama-se“Lendário e a Saga do Gol Mil”. Conta a história de um jogador de futebol. Além desse livro, será lançado ainda este ano os dois próximos volumes de Amores e Crimes, e mais dois livros para o ano que vêm, intitulados “A Garota”, e “A Assistente”.

Quais os seus principais objetivos como escritor?
George Ornellas - Acredito que o objetivo de todo escritor é ver suas obras reconhecidas, e conseguir passar aos leitores sua mensagem. Em Amores e Crimes, uma das principais mensagens é o verdadeiro amor. Meu desejo é levar minhas histórias para as pessoas, torcendo para que gostem e se divirtam, pois para mim, escrever é um prazer e uma grande diversão, e acaba sendo muito gratificante ver os personagens criando vida.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor George Ornellas. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
George Ornellas - Nunca deixem ninguém desacreditá-los, acreditem sempre em si mesmo, e procurem viver intensamente cada minuto de suas vidas, buscando sempre a felicidade e o amor.

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Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura
Com mais de 750 autores entrevistados, Divulga Escritor, se torna referência em entrevista jornalistica literária.
Quer conhecer nossa proposta? Informe o livro que deseja divulgar para nosso editorial
Email: smccomunicacao@hotmail.com
Apresentaremos proposta.
Todo nosso contéudo pode ser publicado gratuitamente por sites, blogs,portais... que desejem auxiliar com a divulgação dos autores contemporâneos.
A todos o nosso muito obrigada, 
Sejam bem-vindos!

Comentário sobre o livro No labirinto dos seus olhos, de Bruna Longobucco



Bruna é autora mineira, já com 16 livros publicados. Este seu livro mais recente teve a chancela da editora Chiado, de Portugal.


O romance transcorre em um período de tempo que se iniciou em 2010 e concluiu em 2017. Duas são as personagens principais: Mateus, um milionário empresário de 29 anos, residente em Florianópolis  e Carla, uma jovem de 17 anos que, em 2010, cursava o terceiro ano do Ensino Médio em Belo Horizonte.
Já se pode notar que essas duas personagens irão se encontrar, em algum momento. O que parecia tão distante em termos espaciais, logo se transformou em alguns metros dentro da capital mineira.
O que aquele empresário, rico e famoso, teria vindo fazer em Minas?
Surpreendentemente, ele veio fugindo de um estresse causado pelo fim de um noivado devido à traição dela com seu segurança. Sem saber o que fazer, devido à depressão que tomou conta de si, aceitou o convite de um grande amigo, professor de História em BH. Ele também era formado em História e mesmo receoso de pegar uma turma no meio do semestre, acabou aceitando.
Foi isso que o trouxe a BH e mais ainda, que tornou possível o encontro com Carla, que seria sua aluna. E que, no primeiro dia de aula, chegou atrasada e ao entrar na sala literalmente caiu ao chão. E seus olhares se cruzaram quando ele foi ajudá-la a se levantar.
Tem início aí a trama que irá percorrer as demais páginas do livro. Das conversas iniciais, chegou-se ao casamento e quando ele volta a Floripa, o casal se depara com uma feroz opositora do que ele havia feito: sua mãe. A imagem de sogra tirânica nunca foi demonstrada com tanta perfeição como neste romance. Uma víbora, sem dúvida, basta saber que tratava a nora como a "coisinha sem graça" e que tudo fez para não só infernizar sua vida, mas seu objetivo maior era que o casal se separasse.
Não vou narrar o que acontece em seguida e nem como, ao final, a situação se modifica amplamente.
E nesse ínterim, outras personagens surgem e desenvolvem histórias paralelas. A irmã dele, Sônia, que passa a ter um relacionamento homossexual; a irmã dela, Karina, que se torna apaixonada por um dos guarda-costas de Mateus; a amiga dela, Camila, que se envolve com o amigo Daniel que o tinha levado a BH.
Veja-se: muitas personagens, muitas histórias, todas girando em torno do relacionamento entre Mateus e Carla.
Bruna tem uma linguagem tranquila, gostosa de ler. Amarra bem as histórias que nos apresenta.
Recomendo sua leitura. Vale a pena!

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Escritor e jornalista Ronaldo Andrade apresenta 'Eleição de Síndico

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Nascido em Santos (SP), Ronaldo Andrade é jornalista, escritor e fotógrafo. Lançou e participou de coletâneas de contos e poesias. Morou três anos em Portugal, onde escreveu o romance “A mulher do comboio”. Trabalha na Secretaria de Cultura da Prefeitura de Santos e é correspondente na Baixada Santista do jornal Mundo Lusíada, direcionado à comunidade luso-brasileira.
Graduado em Comunicação Social (Universidade Santa Cecília – Santos - SP), pós-graduado em Política e Relações Internacionais (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo - SP) e em Gestão Pública Municipal (Universidade Federal Fluminense - RJ).
“Misturei citações e referências históricas, estereótipos, linguagem popular e cenas do cotidiano político do país, utilizando o humor como forma de crítica, analisando as relações humanas e comportamentos radicais na sociedade brasileira atual.”
Boa leitura!
 Arte reduzida Ronaldo Andrade
Escritor Ronaldo Andrade, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever o livro “Eleição de Síndico”?
Ronaldo Andrade - Há algum tempo observei que o politicamente correto estava pautando as discussões sobre vários assuntos no país. O que inicialmente poderia vir carregado de boas intenções para diminuir diversos tipos de preconceitos acabou indo para um lado intimidador, diria totalitário, no sentido de regular as relações da sociedade, até mesmo a linguagem, conforme agendas e cartilhas ideológicas que, por meio de um “discurso do bem”, intimida quem delas discordar, o que vem a ser prejudicial para a vida em sociedade.

Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do enredo que compõe a obra?
Ronaldo Andrade - Minha intenção é propor um diálogo equilibrado sobre as questões que permeiam a vida em sociedade, em debates em que predominam argumentações no campo das ideias. Se deixarmos de lado a razão, munidos somente com paixões e visões ideológicas das quais concordamos, não escutando o outro lado – sem a obrigação de concordar, mas apenas ouvir, para tentar ao menos compreender quem pensa diferente – a convivência tende a se tornar mais difícil, tensa e carregada de conflitos.
Penso que os extremos, sejam de quais campos ideológicos forem, acabam por dificultar o diálogo; acredito que a moderação, indo rumo ao centro, seja o melhor caminho para tentar estabelecer, se não um denominador comum, uma maneira mais eficaz de conviver com as diferenças, respeitando a diversidade existente na sociedade.

Quais os principais desafios para a escrita do livro?
Ronaldo Andrade - Prazos! [Risos] Especialmente na sociedade atual, que está constantemente bombardeada por imagens e por redes sociais, fazendo com que o tempo para a escrita e leitura seja mais corrido, ou seja, sem a maturação necessária para a absorção e reflexão das ideias propostas numa obra.

Qual o momento que mais o marcou enquanto escrevia “Eleição de Síndico”?
Ronaldo Andrade - Perceber que o que eu observava em relação à sociedade era, de fato, o que estava acontecendo; um dos principais aspectos do livro é analisar menos a questão do conteúdo do debate dos principais temas que o país vem discutindo, mas principalmente a forma como isso vem ocorrendo, com intensa polarização e radicalização que acaba gerando discursos de ódio, fake news, desonestidade intelectual e relativização moral e cultural, que prejudicam o debate saudável.

Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária?
Ronaldo Andrade - Intolerância política, religiosa e de pensamento, masculinismo, machismo, feminismo, femismo, racismo, homofobia, ideologia de gênero, misoginia, misandria, patriarcado, vegetarianismo, questão animal, direita x esquerda, conservadores x progressistas, censura x boicote, mídia tradicional x mídia alternativa, parcialidade x imparcialidade, fake news. Escrevi em formato de texto dramático, onde os personagens (Feminista, Homossexual, Negro, Ambientalista / vegetariano, cachorreira / gateira, #Kontraosystemma, Religioso e Ciclista), terão de eleger o novo síndico. Misturei citações e referências históricas, estereótipos, linguagem popular e cenas do cotidiano político do país, utilizando o humor como forma de crítica, analisando as relações humanas e comportamentos radicais na sociedade brasileira atual.

A quem indica a leitura?
Ronaldo Andrade - A quem deseja obter uma visão, para acrescentar a outras, sobre o zeitgeist (espírito de nossa época) em diversos aspectos das discussões dos temas que interessam à sociedade. Decidi escolher como pano de fundo para falar dessas questões uma reunião de condomínio – quem já participou sabe como os ânimos podem ficar exaltados, com várias opiniões e diferenças de ponto de vista! Mas os condôminos, assim como os eleitores ou uma população de um país, estão no “mesmo barco”, ou seja, devem buscar soluções para tornar a vida em comum menos conflituosa e mais satisfatória. Do contrário, o barco afunda, o que será prejudicial a todos.

Quem desejar como deve proceder para comprar o livro?
Ronaldo Andrade - Pode entrar em contato por meio da página do Facebook do livro, Eleição de Síndico (www.facebook.com/eleicaodesindicoronaldoandrade ), do site da Chiado Editora (www.chiadobooks.com) e também pelo meu e-mail: ronaldo_andrade2005@hotmail.com

Quais os seus principais objetivos como escritor?
Ronaldo Andrade - Muito mais do que divulgar uma ideia, uma obra, escrever para mim é uma maneira de expressar meu olhar sobre aspectos da vida, exercitar a observação. Costumo dizer que “a vida se faz no cotidiano”: por exemplo, muitas vezes esperamos um ano inteiro para viajar, num roteiro que pode durar apenas uma semana; esperamos quatro anos para ver a Copa do Mundo; essas são as cerejas do bolo da vida. A maior parte de nosso tempo é passada na rotina do dia a dia, e por isso procuro fazer dela um “lugar” agradável para se viver, seja convivendo com as pessoas das quais gostamos, ler um livro ou simplesmente caminhar na praia. Desta forma, observar os movimentos do cotidiano me auxilia na escrita, o que, acredito, colabora para que o leitor se identifique com o meu texto.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Ronaldo Andrade. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Ronaldo Andrade - Deixo um grande abraço aos leitores, convidando-os a conhecer meu livro “Eleição de síndico” e também as obras de outros autores, pois é muito gratificante ter o nosso trabalho lido, independentemente de críticas positivas ou negativas, e terem contato com a nossa forma de se expressar. Agradeço a Deus, minha família, aos amigos do Brasil e de Portugal e a Chiado Editora, na pessoa de seu fundador e CEO, Gonçalo Martins, por me ajudarem a realizar este sonho, e também à Revista Divulga Escritor por divulgar minha obra aos seus leitores.

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