quarta-feira, 6 de maio de 2020

A nova batalha das editoras independentes

Tadeu Breda em entrevista a Rôney Rodrigues, no Tibungo

Nos últimos anos, duas tendências opostas marcaram a atividade de edição de livros no Brasil. Por um lado, as livrarias se transformaram em redes de “superstores”; editoras clássicas faliram ou foram vendidas para editoras estrangeiras, e, as que sobraram, parecem interessadas em publicar apenas o que vende muito. Foi nessa esteira que também cresce o Império da Amazon, a toda-poderosa do varejo. Por outro lado, parece ter emergido um novo Ecossistema do Livro, no Brasil. Cresceu o número de feiras literárias, pequenas livrarias e editoras independentes, que parecem compor uma espécie de resistência, impulsionados pelo alcance da internet e preços relativamente baixos de impressão.  Ela se sustentava, com esforço, até que chegou a pandemia.  As vendas caem: parte de quem antes costumava comprar livros foi demitida ou está em vias de ter salários reduzidos. O momento é de contingência —  e livro é um dos primeiros cortes.



Há algumas propostas para superar essa crise da cena editorial independente. As novas editoras e pequenas livrarias, por exemplo, têm um custo muito baixo e alta eficácia, mas precisam de boas condições de crédito, auxílio emergencial, subsídios ou alternativas mais baratas para o frete de livros, facilitando as vendas online. Governos também poderiam incluir livros em programas sociais básicos. Nos EUA, por exemplo, a Associação Americana de Livreiros tem arrecadado doações para prover auxílio financeiro para livrarias independentes e de pequeno porte.

Nessa edição do Tibungo, entrevistamos o jornalista Tadeu Breda, um dos fundadores da Editora Elefante, parceira de Outras Palavras e uma das organizadoras do Salão do Livro Político. Sua aposta é tão instigante quanto necessária: a construção de uma cultura livresca que se oponha ao Império da Amazon, que tornou livros commodities, baseando nossa relação com eles no “menor preço” e no “imediatismo”. Para ele, a contribuição das livrarias e editoras independentes é mais eficaz se desacelerarem o frenético fluxo de venda e compra para cultivar uma relação mais vagarosa e forte com leitores, dando-lhes atenção e estimulando a crítica aos gigantes do mercado editorial. A ideia é de humanizar o livro, entendido não apenas como mercadoria, mas também instrumento para a política, a cultura e a felicidade humana. Outras Palavras, inclusive, publicou um capítulo de livro que sairá em breve pela Editora Elefante, Contra Amazon, de Jorge Carrión.

Fonte: https://outraspalavras.net/podcasts/a-nova-batalha-das-editoras-independentes/

Micro-história um método em transformação


"As Coisas que as Mulheres Escrevem" organizada pela Luciana Lhullier.



É uma coletânea com escritos apenas de mulheres e dividido em 3 partes: poemas, contos e crônicas.


Sinopse:

O que as mulheres desejam? O que as une? O que lhes dá alegria? Quais seus medos e suas angústias? Se você, não importa o gênero, já se fez essas perguntas, esta coletânea é para você. É no jogo de palavras da poesia, na observação arguta da crônica e na força intensa do conto que se desvelam os sentimentos que nos povoam: a alegria de se descobrir, o medo de não ser amada, a solidão, a raiva com as injustiças, com o não poder existir verdadeiramente e com o preconceito. Essas são as nossas palavras. Essas são as coisas que as mulheres escrevem.

O que vem por aí - parte 2

Mais algumas dicas do que está vindo por aí...