Belo
Horizonte, cidade projetada no fim do século XIX para ser a capital de Minas
Gerais, foi planejada com pouca consideração a topografia e a hidrografia da
região em que foi construída. O traçado irregular dos rios não era compatível
com as ruas retilíneas pretendidas pelos projetistas da urbe. Devido a essa
concepção urbana, os cursos d água sofreram a primeira intervenção e foram
canalizados para acompanhar o trajeto das ruas. O esgoto era despejado nos
córregos sem qualquer tipo de tratamento. Conforme a cidade crescia, o volume
dos dejetos também aumentava, poluindo progressivamente as águas da bacia do
Rio Arrudas e do Ribeirão Onça. Por meio desse processo, os córregos viraram
locais de despejo de lixo, indesejados e sujos. As inundações também
contribuíram para a sua rejeição pelos habitantes. Devido a esse cenário, as
obras de canalização foram percebidas como a grande solução desses problemas e
também serviriam, nos anos 1960 e 1970, para outro propósito, a ampliação do
asfalto para a melhoria do fluxo de automóveis.
Livro
de Yuri Mesquita, com pesquisa impecável e convite para repensarmos a prática,
comum nas cidades brasileiras, de “enterrarmos” nossos rios debaixo do asfalto.
A dissertação foi defendida há muitos anos, e só agora ganha o público mais
amplo (Regina Horta Duarte).
O livro está em pré-venda no site da editora
Autor: Yuri
Mello Mesquita
Editora: LETRAMENTO
EDITORA E LIVRARIA
Por: R$ 56,90 Em 3x de:
R$ 18,97
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