“O leitor é um bom julgador quando se alegra e quando se irrita. Ele existe como conceito e como comunicação real. Tenho quem me ame por princípio e, claro, desenvolvi os haters sistemáticos. A rigor, ambos me procuram e analisam. Um dos aprendizados da grande mídia é que a responsabilidade do autor sobre o texto é vaga. Solto ao ar, como pluma de cinco mil toques, desperta tudo ao sabor de um vento subjetivo. É um gesto de humildade do autor não querer dominar ou dirigir a hermenêutica do leitor. Ela pertence ao imponderável e ao subjetivo. Mais uma vez recorro ao meu estimado leitor e à minha querida leitora: discordem, concluam, concordem ou lamentem, mas sempre leiam e formem sua própria peça multifacetada da aventura do saber. A magia do conhecimento é maior do que todos nós.” -
Leandro Karnal
Leandro Karnal
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“Radicalismo derruba democracia e nunca edifica de verdade.”
“Vivemos em meio a muitos livros, milhares de fotos, excesso de compromissos, fartura de dados e jejum de análises. Um banquete impressionante para convivas inapetentes e entediados em meio a cliques.”
“Uma obra clássica contraria tudo o que os jovens leem no smartphone. Ela resiste ao primeiro contato, apresenta uma experiência prolongada que demanda foco por muito mais tempo do que uma ‘tuitada’.”
“Nunca associei ética à fé ou a sua ausência. Temos ateus e religiosos éticos, bem como violências ligadas aos dois campos. O complicado, ultimamente, não é crer ou não crer em Deus. O difícil é crer no homem. É árduo acreditar em si.”
“A internet deu o estatuto de intelectual orgânico a todos que tiverem acesso à rede. É o eclipse do conhecimento em si e o despontar da militância catequética.”
“Narrar uma história para uma criança é colocar uma marca indelével na sua formação. Creia-me: ela pode esquecer os nomes, no entanto a experiência será eterna. Para sempre, estarão no fundo da mente, dialogando com outras histórias.”
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