Ao
término do Salão do Livro em Lisboa, fui agraciado com dois livros pelos
diretores da Fundação Casa de Macau, local onde teve lugar o Salão.
Um
deles, pequeno, 45 páginas¸ tem o titulo de Universália.
Seu
autor, António Duarte Mil-Homens, lisboeta atualmente residente em Macau, é
fotógrafo premiado e também poeta.
Universália
reúne cerca de 40 poemas de leitura agradável e ao mesmo tempo profunda, que
nos mostram fragmentos da visão de mundo do autor, que não deixa de ter relação
com Mia Couto, no que se refere à reflexão sobre os grandes problemas do mundo
de hoje.
Um
exemplo:
São tão nítidos os sulcos do arado
de cada líder megalômano e ditatorial
que, imbuído dos exemplos do passado,
vai escrevendo nossa história universal.
Ultimemos, na urgência desta vida,
a descrição do que queremos que mereça
o que restar duma espécie esclarecida,
sobreviventes do holocausto que aconteça.
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