Gilmar
Duarte Rocha, romancista brasileiro, natural do estado da Bahia, terra
da magia, do cacau e de escritores célebres como Jorge Amado, Castro
Alves, João Ubaldo Ribeiro, Antonio Torres e Adonias Filho, é autor de
cinco peças de ficção “compostas a ferro, fogo, suor, paralelamente com
muita sinceridade, sensibilidade e inspiração”, segundo ele próprio
comenta.
O
escritor é formado em Economia, Análise de Sistemas e Engenharia de
Software, embora seu desejo, desde criança, sempre foi criar sonhos sob a
forma de arte e letras. Considera-se contador de história, autor de
delírios, edificador de enlevos e arquiteto de fantasias. Seu próximo
livro, Up & In New York – Apontamentos de Viagem, com lançamento
previsto para meados desse ano, é a sua primeira incursão no terreno
não-fictício.
“Diria
que noventa e nove por cento e meio são fatos reais (risos). Os outros
0,5% deixo para o amigo leitor pescar no oceano de deslumbramentos. Para
falar sério, narrei fatos verídicos apimentados e recheados com
temperos da verve romântica.”
Boa Leitura!
Gilmar
Duarte Rocha, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista
Divulga Escritor. Conte-nos qual o seu objetivo ao publicar o livro “Up
& In New York – Apontamentos de viagem”?
Gilmar Rocha - O
prazer é todo meu. Compor esta obra não fazia parte dos meus planos,
ainda que no passado tenha feito um pacto comigo mesmo de que escreveria
algo na primeira vez que colocasse os pés fora do Brasil. Aconteceu que
o primeiro destino internacional foi Nova York, e pôr os pés na capital
do mundo sem sair impregnado de fascinação é realmente muito difícil.
Precisava compartilhar essa irradiação com os amigos. Fiz isso sob a
forma de letras.
Quais locais estão sendo apresentados por meio das crônicas apresentadas nesta obra?
Gilmar Rocha - O
foco do livro não é a descrição de lugares, pois a literatura sobre as
atrações nova-iorquinas é vasta e sortida. Seria redundância e
desperdício de tempo se me ativesse apenas à apresentação de prédios,
parques e monumentos, que são pródigos e magníficos, por sinal. Cheguei à
cidade não apenas na condição de turista; cheguei como uma espécie de
expedicionário cultural, um minerador que esmiuçou particularidades; um
desbravador que gastou mais de uma hora tentando entender detalhes da
intrigante arquitetura da igreja Saint Patrick, um pequeno exemplo. A
obra é, portanto, produto direto de revelações e epifania.
O livro é composto por quantas crônicas?
Gilmar Rocha - Vinte e cinco crônicas, mais o prefácio.
Temos mais de uma crônica abordando um mesmo local?
Gilmar Rocha - Sim.
O The Leo House Hotel teve espaço em dois textos. Foi a casa onde me
hospedei durante toda a temporada e pela qual adquiri um carinho
especial, seja pela forma como fui tratado, pelo jeito hospitaleiro que
me acolheram, ou simplesmente pela magnífica localização do pequeno e
tradicional estabelecimento hoteleiro de Manhattan.
Os textos são baseados em fatos reais ou fictícios?
Gilmar Rocha - Diria
que noventa e nove por cento e meio são fatos reais (risos). Os outros
0,5% deixo para o amigo leitor pescar no oceano de deslumbramentos. Para
falar sério, narrei fatos verídicos apimentados e recheados com
temperos da verve romântica. Há uma crônica, em especial, sobre o dia em
que me deparei com uma ratazana num beco atrás da famosa Rua Tin Pan
Alley. O roedor não saiu de minha cabeça por algum motivo, seja pelo
tamanho desproporcional, seja pelo fato de Manhattan ser sinônimo de
limpeza e profilaxia. Tinha que colocá-lo no texto. No entanto, falar
secamente sobre a existência de ratos em Nova York seria uma pobreza de
espírito de dar dó. Paramentei, então, a narração desse apontamento com
metáforas e prosopopeias.
Quais os principais desafios para a escrita dos textos?
Gilmar Rocha - Manter
a sinceridade nos comentários, analogias e inferências que teço em cada
crônica. Logo no prefácio faço questão de salientar que o livro é
desprovido de cunho político, pois o nosso país ainda possui uma
democracia incipiente e o nosso povo carece cada vez mais de educação.
Então qualquer coisa que a gente observa, analisa e opina pode ferir
suscetibilidades e correr o risco de ser tachado como escritor engajado,
embora minha vontade fosse essa, de ser rotulado como literato
envolvido numa causa política honesta, feita por pessoas sérias e
preocupadas em dar a essa federação um conceito mínimo de civilização.
Tem ainda outro aspecto importante: esse é o meu primeiro livro
não-fictício. Foi um autêntico parto compô-lo, visto que, diferentemente
dos romances, onde posso transgredir e “viajar”, um livro desse gênero
requer o cumprimento de regras e ser bastante coerente, sob o risco de
cometer veleidades.
O que mais o encanta nesta obra literária?
Gilmar Rocha - A espontaneidade do texto. Tudo é muito puro e sincero. Nada é maquiado.
O livro está disponível em e-book; pensas em disponibilizá-lo impresso?
Gilmar Rocha - Em
princípio sairá em formato impresso, em edição primorosa da Editora
Chiado, sediada em Lisboa, Portugal. Logo em seguida, devo lançá-lo em
modelo e-book. A publicação de livros virtuais é cada dia mais
imperativo, embora eu ainda prefira degustar obras de ficção –
principalmente – na boa e velha forma de papiro.
Quem desejar, como deve fazer para comprar o livro?
Gilmar Rocha - Recomendo aos leitores do Brasil, Portugal e da comunidade lusófona acionar o site Mercado Livre (www.mercadolivre.com.br), Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br) e Livraria Saraiva (www.saraiva.com.br). Posteriormente serão divulgados outros pontos de venda, mormente em Portugal e outros países.
Quais os seus principais objetivos como escritor?
Gilmar Rocha - Satisfazer
à minha alma. Escrever tornou-se uma necessidade premente para mim e
uma razão de viver. Reconhecimento público, benefícios pecuniários e
coisas afins virão em segundo plano. Se vierem. Ficarei imensamente
feliz se souber que um grupo de crianças de um subúrbio de Luanda ficou
satisfeito em ler alguma coisa minha. Por falar em jovens interessados
por leitura, posso adiantar para todos que o próximo livro será de
ficção científica, bem diferente de todo o lixo do gênero que jogam no
mercado todos os anos. Será um livro dedicado aos moços de todas as
idades.
Pois
bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o
escritor Gilmar Duarte Rocha. Agradecemos sua participação na Revista
Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Gilmar Rocha - Primeiramente
agradeço de coração a vocês da Divulga Escritor pela cortesia e
oportunidade ímpar que estão me oferecendo. Para os leitores fica a
recomendação de que o livro Up & In New York vale a pena ser lido, e
a promessa de que outros bons escritos virão num futuro não muito
distante. Guardem o meu nome com carinho. Um abraço a todos.
por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Divulga Escritor, unindo Você ao Mundo através da Literatura
Contato:
divulga@divulgaescritor.com
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