Médico mineiro adentra no campo da Literatura
Em Minas Gerais, Médico é inspirado por meio de sua trajetória profissional a escrever livros literários
Artur
Laizo nasceu em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, e desde os dez anos
tentava seus ensaios na literatura. Aos treze escreveu “Lembranças do
Oriente”, publicado em 2003.
Mudou-se para Juiz de Fora (MG) aos dezoito
para cursar a faculdade de medicina na Universidade Federal de Juiz de
Fora. Especializou-se em cirurgia gastroenterológica. Fez mestrado e
doutorado em cirurgia pela Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo
Horizonte.
No
entanto, nunca parou de escrever poesias, contos, crônicas e romances.
Em dezembro de 2016, publicou “A Mansão do Rio Vermelho”, um ensaio
fantasioso em que o personagem principal é um vampiro milenar que volta a
uma cidade fictícia do interior para se vingar das bruxas que havia
trezentos anos o expulsaram da cidade. O autor pretende publicar no
próximo ano outro romance e participar das bienais do livro do Rio de
Janeiro e São Paulo.
""A
Mansão do Rio Vermelho” é um livro de vampiros, para quem gosta do
tema; é um livro policial, para quem aprecia esse outro lado, fala-se de
amor, fala-se de perfis psicológicos mesmo nas entrelinhas, é um livro
bem divertido. Acredito que as pessoas que o lerem vão gostar muito.”
Boa Leitura!
Escritor
Artur Laizo, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista
Divulga Escritor. De que forma sua carreira como médico o influencia ou
até mesmo o inspira na produção de textos literários?
Artur Laizo -
O prazer é meu de participar desta revista. Bem, comecei a escrever
muito cedo. Comecei a ler aos oito anos e aos dez havia escrito uma
“história” que defini como sendo o meu primeiro livro. Esse texto não
existe mais, é claro, mas aos treze anos escrevi “Lembranças do
Oriente”, publicado em 2003. Nunca mais parei de ler e de escrever. Em
1986, formei-me em medicina, especializei-me em cirurgia e hoje exerço a
medicina com uma dedicação e amor bem grandes. A literatura, no
entanto, faz parte da alma, e acho que não há uma inspiração na medicina
para meus textos. Para escrever o livro “É difícil morrer” (1999), a
inspiração me ocorreu dentro de um plantão de UTI. O enredo conta a
história de um morador de rua que foi atropelado e internado na UTI.
Enquanto
estava conhecendo os títulos de alguns de seus livros — “É difícil
morrer”, “Lembranças do Oriente” e a “Festa Derradeira” — algo me chamou
a atenção: este destaque para o fim, o que foi vivido, quer seja por
meio da dificuldade, das lembranças ou da última festa. Qual a mensagem
em comum que deseja transmitir ao leitor pelo enredo que compõe as obras
citadas?
Artur Laizo -
Como já disse, “É difícil morrer” é uma ficção que conta a história de
um morador de rua que depois de tratado e curado das feridas do
atropelamento que sofrera, terá que voltar a morar na rua. E aí? É um
perfil psicológico do personagem começando dez anos antes do
atropelamento, e a história do médico que tem vários problemas. Em
“Lembranças do Oriente” existe a personagem correndo atrás de solucionar
a magia que envolve seus amuletos para salvar a própria vida. Em “Festa
Derradeira”, a depressão do personagem principal faz com que ele decida
fazer uma festa derradeira para comemorar o câncer de pulmão que dará
cabo da sua miserável vida. Em todos os livros acredito que a mensagem
seja a de que há sempre alguma coisa pela qual a vida vale a pena.
Como surgiu inspiração para “A Mansão do Rio Vermelho”?
Artur Laizo -
Os personagens principais do livro são um vampiro e um psicólogo que se
tornam amigos. Gosto muito do tema sobrenatural, magia e de personagens
fictícios como vampiros, bruxas entre outros. Escrevi “A Mansão do Rio
Vermelho” há algum tempo, e em 2015 fiz uma releitura com a inclusão de
mais 150 páginas. Garanto que me diverti muito escrevendo o livro. Como
gosto muito de vampiros — já li quase todos os livros do tema e assisti a
muitos filmes —, acredito que a inspiração veio da necessidade de criar
o meu vampiro. Foi um trabalho prazeroso e relativamente rápido.
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