Objetivo apresentar temas para discussão sobre a Literatura Brasileira. Também um espaço grande será dado à divulgação de novos autores e autoras nacionais.
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Algumas considerações sobre a Bienal de Pernambuco
Estive participando, de 6 a 15 de outubro, da Bienal Internacional do Livro, em Olinda. Belíssimo Centro de Convenções, local bem adequado para o evento. Infelizmente, alguns problemas graves de infraestrutura: poucos banheiros para as multidões que estiveram presentes. O banheiro masculino com vasos impedidos de serem usados. Sim, um banheiro apenas! O feminino, que não conheci pessoalmente, por óbvio motivo, também não estava adequado. Sim, um banheiro apenas e com filas para utilização. Lamentável esse aspecto.
Outro ponto que considerei negativo foi o de alimentação. Ora, quem fica de 10 às 22 horas num local precisa de um suporte alimentar. Para um almoço, só havia um estande, e a qualidade não era das melhores. Utilizei apenas duas vezes. Nos demais dias ou eu ia já almoçado, ou passava com pasteis e outras guloseimas...
O tamanho da feira não era dos maiores, mas eu até acho isso positivo. Grandes Bienais atraem grandes públicos, mas que "passam" pelos estandes, não param para ver o que tem neles. Em Pernambuco era possível entrar em todos os estandes, caso alguém quisesse realizar tal proeza.
Uma tendência que tem se revelado: a maioria dos frequentadores procura não a obra X ou o que há do autor Y, mas procuram onde tem os livros de 10,00. Havia vários estandes oferecendo pilhas de livros a baixo preço e estavam permanentemente abarrotados de compradores. Vi pessoas saindo com 12, 15 livros...todos de "dez real".
Algo que me deixou realmente emocionado em Pernambuco: os pais e avós foram à Bienal essencialmente para comprar livros para seus filhos e netos. Vários estiveram comigo, apresentei meu romance e eles me garantiram: "primeiro vou comprar os livros que meus filhos quiserem, se sobrar dinheiro eu venho comprar um livro pra mim!"
Isso, em um Estado que o pessoal do Sul Maravilha insiste em dizer que se trata de um povo analfabeto, sem educação... etc etc etc. Eles não estavam comprando eletrônicos, compraram LIVROS!!!
Por fim, a piada mais ouvida, não apenas lá, em todas as Bienais de que participei em 2016 e 2017:
" - Posso lhe apresentar meu livro?
- Olha, acabei de chegar, vou dar um giro e depois volto!"
A Bienal já acabou e eles ainda não voltaram... que coisa!
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