quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Entrevista com autora: Patricia Baikal

Há muito tinha solicitado esta entrevista com Patricia, escritora que conheci na Bienal de Brasilia e cuja obra "Mariposa" devorei em poucos dias após. Ela me enrolou um tempo, mas totalmente perdoável, porque estava às voltas com a publicação de seu segundo grande livro, que agora já está disponível: "Mulher com brânquias".
Com vocês, Patricia Baikal:


1. Fale um pouco sobre sua trajetória de vida, antes de se dedicar à literatura.

Sou aquariana, nascida em 13 de fevereiro em Campo Grande/Mato Grosso do Sul em 13 de fevereiro. Fui criada em Uberlândia, onde me graduei em Direito, e hoje moro em Brasília. Adoro passar o tempo no campo, assistindo a filmes e séries e me arriscando na pintura a óleo de vez em quando.

2. Quando descobriu sua “vocação” para escrever?
Desde criança, gostei de escrever diários. Com o tempo, fui fazendo contos, novelas, até começar a escrever o suspense Mariposa em 2013. Foram 2 anos de escrita, até publicá-lo em 2015.

3. Fale um pouco sobre os livros que já publicou.
 

 
"Mariposa" foi meu livro de estreia. A história se passa em 2020, em Brasília, e gira em torno de uma mulher, de codinome Mariposa, que ajuda um senador a desvendar crimes de corrupção no Senado Federal. A trama conta com elementos de realismo fantástico, levando o leitor a cenas reais e também sobrenaturais.
 

"Mulher com brânquias" é meu segundo suspense, lançado recentemente, em 2 de outubro. Como meu primeiro livro, este também se divide entre o real e o mágico. A protagonista é Rita, professora universitária, que começa a ter visões de uma realidade paralela, como se estivesse o tempo todo debaixo d'água. Em casa, no trabalho ou na rua, ela se vê rodeada por seres aquáticos e especialmente pelo grande peixe, uma criatura fantasmagórica que a persegue, mas que ninguém mais enxerga. Como se não bastasse, sua pele é tomada por escamas aos poucos e brânquias surgem em seu corpo. Isso pode significar o início ou o fim de uma jornada.

4. Existe um que você gosta mais? Por que?

Gosto muito dos dois ;)

5. Comente sobre sua experiência com editoras. Ou você é adepta de produção independente?

Ter uma boa editora é o sonho de qualquer escritor, por isso, sempre observo o mercado editorial e as oportunidades. Hoje sou autora independente. Já estive numa editora pequena, mas a experiência não foi legal. Se uma grande editora se interessasse pelos meus trabalhos, certamente eu analisaria com carinho.

6. Nas entrevistas e bate-papos que acompanhamos pela internet, verificamos que existe uma preocupação muito grande com a revisão. Há livros sendo publicados sem revisão de espécie alguma, nem a técnica (própria da editora) nem a ortográfica/gramatical. O que você pode nos dizer a respeito? No seu caso particular, você contrata um(a) revisor(a)? Ou a editora se encarrega disso?

A revisão é muito importante para o livro e, quando malfeita, pode levar a história a um verdadeiro desastre. Eu reviso dezenas de vezes meus livro e os revisores são contratados por mim. 

7. Outro ponto chave para os novos autores é a divulgação de suas obras. Pode nos dizer de sua experiência a respeito?

A publicidade em mídias sociais  é uma ferramenta que impulsiona a venda dos livros. Por isso, uso bastante o Instagram e o Facebook. A parceria com blogs literário é outra ação que ajuda o escritor nacional a levar a sua obra para os leitores.

8. Bienais e feiras de livros – são importantes para os novos autores?

Muito! Principalmente o contato com outros escritores, a troca de experiência, o crescimento da rede de contatos do autor.

9. Ouvem-se muitos comentários depreciativos sobre a literatura brasileira contemporânea. É comum ouvir-se algo do tipo “não gosto, não leio autores nacionais”. Em seu entendimento o que explicaria tal tipo de assertiva? 

O desconhecimento da existência de bons autores nacionais leva muita gente a pensar dessa forma. Mas esse pensamento está mudando. Vejo, cada vez mais, a literatura nacional crescer. 

10. A partir de sua experiência pessoal, o que poderia dizer para aqueles e aquelas que pretendem publicar livros?

Persista!

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