Mais um livro de autor mineiro, publicado recentemente.
Natural de Caeté, Mauro Brandão é um homem de muitos predicados: formado em Ciências
Econômicas, jornalista, escritor, poeta, músico e funcionário público federal.
Neste ano tenho visto, no Facebook e no Instagram, o périplo que ele realiza
para divulgar sua obra. Escreveu Claraluz e o poeta, Na Solidão do Outro, O
soldado errante, Poemistérios do Amor e da Guerra e o livro sobre o qual farei
um pequeno comentário: Voltei Formiga.
Confesso que ao adquirir o livro, me veio à mente o “A
metamorfose” de Kafka, em que o personagem acorda transformado num inseto que é
identificado com uma barata. Pensei que a linha que o Mauro Brandão ia seguir
seria alguma coisa no gênero, mas logo percebi que não seria bem assim.
Na verdade, sem querer fornecer um spoiler, trata-se da história
de um cidadão que tinha um verdadeiro pavor de formigas e dedicou boa parte de
sua vida a exterminá-las, até com requintes de sadismo, de uma crueldade
fantástica.
O autor diz, na sinopse, que não está discutindo
reencarnação ou alguma tese espiritualista, mas ele vai nos mostrar que, ao
morrer, esse personagem volta... em forma de formiga!
E aí somos brindados com uma verdadeira aula sobre o
universo de um formigueiro, passando pela rainha, pelas trabalhadoras, pelas
guerreiras.
E então ele nos apresenta um paralelo interessante sobre as
duas sociedades: a dos humanos e a das formigas.
E tal como sua primeira “encarnação”, a humana, a formiga em
que ele se transformou, também tem uma morte violenta, como ele tivera em sua
vida humana. E aí... bem, aí não dá pra falar mais sem cair no spoiler, por
isso deixo a curiosidade de vocês levá-los a comprar o livro e se deliciar.
É uma leitura prazerosa, curiosa, interessante, didática (no
que se refere ao conhecimento da sociedade das formigas), que recomendo com
prazer.
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