quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Entrevista com autor(a) - Patty Freitas

1. Fale um pouco sobre sua trajetória de vida, antes de se dedicar à literatura.   
Sou professora de Educação Básica(Infantil e Fundamental) de formação. Leciono há 20 anos. Então sou visionária. Acredito que podemos salvar o mundo com Educação e Cultura.

2. Quando descobriu sua “vocação” para escrever?                                                                 
Passando por um momento difícil, depressivo, onde eu percebi que Escrever era o meu jeito de “me achar”. Precisei resgatar algo que eu gostasse de fazer. Embora, eu acredito que seja dom, vocação. Algo que se nasce com. Não que  isso seja sinal de acomodação. Pelo contrário, quando se descobre começa o processo de lapidação. 

3. Fale um pouco sobre os livros que já publicou.    
 
Vidas Paralelas , Vidas Entrelaçadas e Vidas Marcadas(em construção) que formam a Série Vidas, trazem um pouco sobre o tráfico Internacional de Mulheres. Alguns classificam-nos como  hot. Eu não gosto de rótulos. Considero uma série que trata de assuntos polêmicos, inclusive o sexo, algo que é comum e normal na vida de todos. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em Fuga abordo questões como violência contra a mulher, sim com toda uma história de garra e determinação como pano de fundo. 
 
 
 
Lago Negro falo de sentimentos como ódio, rancor, inveja que envolve duas irmãs gêmeas, o lado obscuro da humanidade. Gosto de temas fortes. 
 
 
Série Encantos que  composta de três livros de poemas: Cantos & Encantos Poéticos - Desejos e Sedução , Cantos Encantos Poéticos - Tristeza e Solidão, Cantos Encantos Poéticos –  Amor e Romance. 
 


 
 
E por fim a Série Descobertas/ Coleção Segredos da Natureza, onde abordo além de temas científicos, sentimentos que a empatia com os personagens propiciam.






4. Existe um que você gosta mais? Por que?                                                         
Existem dois, na verdade. Demarcam fases distintas. Comecei a escrever com o livro Vidas Paralelas, foi o que me abriu  horizontes. Com ele eu descobri que eu era capaz. Logo quando comecei a postá-lo nas plataformas de escrita, tive interesse de duas Editoras, o que me surpreendeu, não era minha intenção.. O objetivo era compartilhar a escrita somente. E o outro é o Escorregador Colorido, que vem unir minha trajetória como professora. Trazer-me um universo mais lúdico.

5. Comente sobre sua experiência com editoras. Ou você é adepta de produção independente?                                                                                           
Acho que as duas experiências são válidas. No momento sou Autora Independente, mas sinto falta da cumplicidade que existe entre um autor e uma  editora. Ter que “se virar” sozinha, as vezes é cansativo.  Tive algumas propostas, mas não me “encantou”.                      
Por outro lado, tem horas que “independência” é tudo de bom. Podemos realizar do jeitinho que idealizamos o projeto( ou não – tudo depende muito da disponibilidade financeira...risos)


6. Nas entrevistas e bate-papos que acompanhamos pela internet, verificamos que existe uma preocupação muito grande com a revisão. Há livros sendo publicados sem revisão de espécie alguma, nem a técnica (própria da editora) nem a ortográfica/gramatical. O que você pode nos dizer a respeito? No seu caso particular, você contrata um(a) revisor(a)? Ou a editora se encarrega disso?

Eu acredito que a revisão é algo de suma importância. Quando se acaba de escrever um livro, estamos tão envolvidos naquele universo, que somos incapazes de perceber algas coisas.  E os erros são os que mais se encaixam aqui:  o olhar está viciado, a escrita está viciada. As falhas não são percebidas de imediato.
Precisamos de alguém que olhe de fora. É imprescindível!
No entanto, nem sempre é possível arcar com tudo. No meu caso como Autora Nacional Independente, tenho que bancar todo o projeto: desde a concepção até a obra concluída, e vou te confessar; não é algo fácil. Aconteceu algo assim comigo: lancei em 2014 o meu primeiro livro por uma editora. Todo revisado, diagramado, por ela. Em 2016 resolvi reescrevê-lo em terceira pessoa, acrescentar mais cenas... Coincidiu com o lançamento de um outro livro,  das antologia e da Revista Consulado Literário organizados por mim. Todos lançados na Bienal SP de 2016. Conclusão da história: eu não tinha como bancar a revisão de tudo. Há falhas, tenho consciência disso. Mas no momento foi o que pude. Não me arrependo. Não crucifixo quem deixa passar alguns “deslizes”. Humanamente Possíveis.


7. Outro ponto chave para os novos autores é a divulgação de suas obras. Pode nos dizer de sua experiência a respeito?                                                                                                                                                      
É um trabalho árduo. Diário. Desanima às vezes. Quando isso acontece foco na essência: a escrita.


8. Bienais e feiras de livros – são importantes para os novos autores?                               
Sempre são  boas experiências.  São  oportunidades  para se fazer novos contatos, se inserir cada vez mais nesse universo.

9. Ouvem-se muitos comentários depreciativos sobre a literatura brasileira contemporânea. É comum ouvir-se algo do tipo “não gosto, não leio autores nacionais”. Em seu entendimento o que explicaria tal tipo de assertiva?                 
 
É uma mídia negativa  que foi criada. A literatura estrangeira tem uma mídia muito melhor trabalhada. Infelizmente a “propaganda é a alma do negócio”. E a nossa durante muito tempo foi negativa. Não falo aqui de livros bons ou ruins. Temos bons e ruins tanto aqui como lá. Mas, infelizmente no Brasil não há investimento nem em Educação nem em Cultura. Quanto à divulgação então, é inexistente.


10. A partir de sua experiência pessoal, o que poderia dizer para aqueles e aquelas que pretendem publicar livros?                                                                     
Seja um leitor apaixonado, primeiramente. 
 Depois tem que ter uma coragem enorme  para expor pensamentos (seus ou não – porque escrever é retratar as suas experiências e as de outrem) Ter consciência que a partir do momento que se escreve, aquilo não é mais seu, e está passível de críticas positivas e negativas). Ter consciência do papel social de ser um escritor. Ser  um instigador.

7 comentários:

  1. Adorei a entrevista. Não é um trabalho fácil, há que se labutar muito para conseguir um lugarzinho ao sol.

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    1. É verdade Tatiana. Mas vamos de passo em passo. Um dia veremos no final do arco-íris.
      Bjo grande.
      Patty Freitas

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  2. Obrigada Ricardo pelo convite. Adorei a entrevista.
    Patty Freitas

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  3. Parabéns Patty.
    Seus livros conseguem a proeza de unir asantos sérios sem perder a leveza e o encantamento.
    Parabéns 😀

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  4. Obrigada Michele. Fico feliz com suas considerações. ��
    Patty

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  5. Parabéns, Patty!!
    Muito boa sua entrevista!
    Sucesso sempre!

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  6. Obrigada, meninas.
    Amugaautoras!!!!��
    Patty Freitas

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