1. Fale
um pouco sobre sua trajetória de vida, antes de se dedicar à
literatura.
Sou professora de Educação
Básica(Infantil e Fundamental) de formação. Leciono há 20 anos. Então
sou visionária. Acredito que podemos salvar o mundo com Educação e
Cultura.
2. Quando
descobriu sua “vocação” para escrever?
Passando por um momento difícil,
depressivo, onde eu percebi que Escrever era o meu jeito de “me achar”.
Precisei resgatar algo que eu gostasse de fazer. Embora, eu acredito que
seja dom, vocação. Algo que se nasce com. Não que isso seja sinal de
acomodação. Pelo contrário, quando se descobre começa o processo de
lapidação.
3. Fale
um pouco sobre os livros que já publicou.
Vidas
Paralelas , Vidas Entrelaçadas e Vidas Marcadas(em construção) que
formam a Série Vidas, trazem um pouco sobre o tráfico Internacional de
Mulheres. Alguns classificam-nos como hot. Eu não gosto de rótulos.
Considero uma série que trata de assuntos polêmicos, inclusive o sexo,
algo que é comum e normal na vida de todos.
Em Fuga abordo questões como
violência contra a mulher, sim com toda uma história de garra e
determinação como pano de fundo.
Lago Negro falo de sentimentos como
ódio, rancor, inveja que envolve duas irmãs gêmeas, o lado obscuro da
humanidade. Gosto de temas fortes.
Série Encantos que composta de três
livros de poemas: Cantos & Encantos Poéticos - Desejos e Sedução ,
Cantos Encantos Poéticos - Tristeza e Solidão, Cantos Encantos Poéticos –
Amor e Romance.
E por fim a Série Descobertas/ Coleção Segredos da
Natureza, onde abordo além de temas científicos, sentimentos que a
empatia com os personagens propiciam.
4. Existe
um que você gosta mais? Por que?
Existem dois, na verdade. Demarcam fases distintas. Comecei a escrever
com o livro Vidas Paralelas, foi o que me abriu horizontes. Com ele eu
descobri que eu era capaz. Logo quando comecei a postá-lo nas
plataformas de escrita, tive interesse de duas Editoras, o que me
surpreendeu, não era minha intenção.. O objetivo era compartilhar a
escrita somente. E o outro é o Escorregador Colorido, que vem unir minha
trajetória como professora. Trazer-me um universo mais lúdico.
5. Comente
sobre sua experiência com editoras. Ou você é adepta de produção
independente?
Acho que as duas experiências são válidas. No
momento sou Autora Independente, mas sinto falta da cumplicidade que
existe entre um autor e uma editora. Ter que “se virar” sozinha, as
vezes é cansativo. Tive algumas propostas, mas não me “encantou”.
Por outro lado, tem horas que “independência” é tudo de
bom. Podemos realizar do jeitinho que idealizamos o projeto( ou não –
tudo depende muito da disponibilidade financeira...risos)
6. Nas
entrevistas e bate-papos que acompanhamos pela internet, verificamos
que existe uma preocupação muito grande com a revisão. Há livros sendo
publicados sem revisão de espécie alguma, nem a técnica (própria da
editora) nem a ortográfica/gramatical. O que você pode nos dizer a
respeito? No seu caso particular, você contrata um(a) revisor(a)? Ou a
editora se encarrega disso?
Eu
acredito que a revisão é algo de suma importância. Quando se acaba de
escrever um livro, estamos tão envolvidos naquele universo, que somos
incapazes de perceber algas coisas. E os erros são os que mais se
encaixam aqui: o olhar está viciado, a escrita está viciada. As falhas
não são percebidas de imediato.
Precisamos de alguém que olhe de fora. É imprescindível!
No
entanto, nem sempre é possível arcar com tudo. No meu caso como Autora
Nacional Independente, tenho que bancar todo o projeto: desde a
concepção até a obra concluída, e vou te confessar; não é algo fácil.
Aconteceu algo assim comigo: lancei em 2014 o meu primeiro livro por uma
editora. Todo revisado, diagramado, por ela. Em 2016 resolvi reescrevê-lo em terceira pessoa, acrescentar mais cenas... Coincidiu com o
lançamento de um outro livro, das antologia e da Revista Consulado
Literário organizados por mim. Todos lançados na Bienal SP de 2016.
Conclusão da história: eu não tinha como bancar a revisão de tudo. Há
falhas, tenho consciência disso. Mas no momento foi o que pude. Não me
arrependo. Não crucifixo quem deixa passar alguns “deslizes”.
Humanamente Possíveis.
7. Outro
ponto chave para os novos autores é a divulgação de suas obras. Pode
nos dizer de sua experiência a respeito?
É um trabalho árduo.
Diário. Desanima às vezes. Quando isso acontece foco na essência: a
escrita.
8. Bienais e feiras de livros – são importantes para os novos autores?
Sempre são boas experiências. São oportunidades para se
fazer novos contatos, se inserir cada vez mais nesse universo.
9. Ouvem-se
muitos comentários depreciativos sobre a literatura brasileira
contemporânea. É comum ouvir-se algo do tipo “não gosto, não leio
autores nacionais”. Em seu entendimento o que explicaria tal tipo de
assertiva?
É uma mídia negativa que foi criada. A literatura estrangeira tem uma mídia muito melhor
trabalhada. Infelizmente a “propaganda é a alma do negócio”. E a nossa
durante muito tempo foi negativa. Não falo aqui de livros bons ou ruins.
Temos bons e ruins tanto aqui como lá. Mas, infelizmente no Brasil não
há investimento nem em Educação nem em Cultura. Quanto à divulgação
então, é inexistente.
10. A
partir de sua experiência pessoal, o que poderia dizer para aqueles e
aquelas que pretendem publicar livros?
Seja um leitor
apaixonado, primeiramente.
Depois tem que ter uma coragem enorme para expor pensamentos (seus ou
não – porque escrever é retratar as suas experiências e as de outrem)
Ter consciência que a partir do momento que se escreve, aquilo não é
mais seu, e está passível de críticas positivas e negativas). Ter
consciência do papel social de ser um escritor. Ser um instigador.
Adorei a entrevista. Não é um trabalho fácil, há que se labutar muito para conseguir um lugarzinho ao sol.
ResponderExcluirÉ verdade Tatiana. Mas vamos de passo em passo. Um dia veremos no final do arco-íris.
ExcluirBjo grande.
Patty Freitas
Obrigada Ricardo pelo convite. Adorei a entrevista.
ResponderExcluirPatty Freitas
Parabéns Patty.
ResponderExcluirSeus livros conseguem a proeza de unir asantos sérios sem perder a leveza e o encantamento.
Parabéns 😀
Obrigada Michele. Fico feliz com suas considerações. ��
ResponderExcluirPatty
Parabéns, Patty!!
ResponderExcluirMuito boa sua entrevista!
Sucesso sempre!
Obrigada, meninas.
ResponderExcluirAmugaautoras!!!!��
Patty Freitas