quarta-feira, 13 de junho de 2018

Comentário sobre o livro Mulher com brânquias, de Patrícia Baikal.



Conheci a autora quando participei da Bienal de Brasília, em 2016. Dona de uma simpatia a toda prova, Patrícia divulgava seu livro “Mariposa – asas que mudaram a direção do vento”. Comprei, li, adorei e comentei aqui no blog.

Agora ela está com este novo romance, “Mulher com brânquias”. Acabei de ler e tal como na primeira leitura, ao terminar estava perplexo com o tema tão inusitado e com a forma com que ela, dona de um texto admirável, tratou a história de Rita, a mulher que, subitamente, começou a sentir que lhe nasciam brânquias ao que se seguiu a visão de um gigantesco peixe. Que parecia segui-la onde quer que fosse, em casa, no trabalho, na rua.



Visão que somente ela percebia. O marido, os amigos, ninguém conseguia enxergar o tal peixe.

E ela própria se questionava sobre as visões, também não as compreendia. Moradora de Brasília (como a autora) Rita realiza uma viagem a uma cidade de Minas (estado natal da autora). Monte do Batismo é o nome dessa cidade, o que, me parece, tem um significado muito claro em termos religiosos. O Batismo é a libertação, ou, como disse recentemente o papa Francisco, o local onde as trevas são vencidas.

Será que Rita irá se libertar ou vencer as trevas retornando à sua cidade natal? Encontrando-se com parentes que guardavam segredos que ao final ela descobrirá, sobretudo que ancestrais também tinham as mesmas visões que ela?

É preciso ler para se compreender a dedicatória que recebi: “Será que vivemos todos dentro de um grande aquário?” E que peixe fantasmagórico seria esse que atormentava Rita?

O estilo de Patrícia é indiscutivelmente belo, simples e, como se pode ler na orelha, trata-se de “um livro muito bem escrito e com uma história incrível”.

O final do livro é simplesmente de arrepiar! Quem ainda não leu, não tem ideia do que está perdendo!

Parabéns, Patrícia, por mais esta bela obra. E já estou esperando a próxima!

2 comentários:

  1. Obrigada pelos seus comentários, Ricardo! Você, como escritor, sabe que o melhor presente para um eecritor é esse retorno dos leitores. Espero te reencontrar aqui na Bienal de Brasília ;)

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  2. O peixe que se encontra em águas turvas. Mergulhados em nós mesmos? Excelente "resenha".

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