Conheci a autora quando participei da Bienal de Brasília, em
2016. Dona de uma simpatia a toda prova, Patrícia divulgava seu livro “Mariposa
– asas que mudaram a direção do vento”. Comprei, li, adorei e comentei aqui no
blog.
Agora ela está com este novo romance, “Mulher com
brânquias”. Acabei de ler e tal como na primeira leitura, ao terminar estava
perplexo com o tema tão inusitado e com a forma com que ela, dona de um texto
admirável, tratou a história de Rita, a mulher que, subitamente, começou a
sentir que lhe nasciam brânquias ao que se seguiu a visão de um gigantesco
peixe. Que parecia segui-la onde
quer que fosse, em casa, no trabalho, na rua.
Visão que somente ela percebia. O marido, os amigos, ninguém
conseguia enxergar o tal peixe.
E ela própria se questionava sobre as visões, também não as
compreendia. Moradora de Brasília (como a autora) Rita realiza uma viagem a uma
cidade de Minas (estado natal da autora). Monte do Batismo é o nome dessa
cidade, o que, me parece, tem um significado muito claro em termos religiosos.
O Batismo é a libertação, ou, como disse recentemente o papa Francisco, o local
onde as trevas são vencidas.
Será que Rita irá se libertar ou vencer as trevas retornando
à sua cidade natal? Encontrando-se com parentes que guardavam segredos que ao
final ela descobrirá, sobretudo que ancestrais também tinham as mesmas visões
que ela?
É preciso ler para se compreender a dedicatória que recebi:
“Será que vivemos todos dentro de um grande aquário?” E que peixe
fantasmagórico seria esse que atormentava Rita?
O estilo de Patrícia é indiscutivelmente belo, simples e, como
se pode ler na orelha, trata-se de “um livro muito bem escrito e com uma
história incrível”.
O final do livro é simplesmente de arrepiar! Quem ainda não
leu, não tem ideia do que está perdendo!
Parabéns, Patrícia, por mais esta bela obra. E já estou esperando
a próxima!
Obrigada pelos seus comentários, Ricardo! Você, como escritor, sabe que o melhor presente para um eecritor é esse retorno dos leitores. Espero te reencontrar aqui na Bienal de Brasília ;)
ResponderExcluirO peixe que se encontra em águas turvas. Mergulhados em nós mesmos? Excelente "resenha".
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