Em entrevista, o português Magno Jardim apresenta trajetória literária
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Manuel MAGNO Cachucho
JARDIM nasceu em 2 de setembro de 1986 na bela cidade do Funchal. Uma
das coisas que mais o atraíram desde cedo foram os mistérios do
universo, a escrita como linguagem e forma de comunicação
entre as pessoas. De suas múltiplas facetas, é bombeiro na reserva onde
já desempenhou e sempre que necessário desempenha sua função em prol da
comunidade; também é empresário na área da restauração, na qual,
juntamente com sua companheira, gere quatro espaços
comerciais estando presentemente a promover um projeto de reconstrução
para uma nova área habitacional e de restauração no mesmo concelho onde
habita, no Concelho da Calheta, o maior Concelho da ilha da Madeira na
zona oeste. Reparte os seus dias na área da
Cultura em projetos de ordem artística, englobando músicos nacionais e
estrangeiros, bem como algumas figuras públicas e na promoção de
eventos. É um aguerrido defensor da justiça e sempre que pode atua na
esfera política demonstrando o que melhor e valoroso
o ser humano tem.
“Simplesmente passar a “Mensagem” por
sentir que esse dever me foi incumbido, se bem que a criação de uma nova
corrente literária por inerência não acharia nada mal.”
Boa leitura!
Escritor Magno Jardim, é um prazer
contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos,
o que o motivou a ter gosto por Fernando Pessoa?
Magno Jardim - Olá,
é um prazer. Fernando Pessoa chegou-me por meio de um amigo, sendo que
desde uma das minhas primeiras leituras (Augusto Cury – “Inteligência
Multifocal”)
intentou a me descobrir internamente; fui dessa forma, projetado a
entender um Fernando tanto ou igual a nós os outros, visto até ele ser
tantos. É aí nesse meio que ele se expressa desenhando e criando
heterônimos no sentido de se exprimir e se tornar intemporal.
Daí a minha senda na descoberta do que mais nele havia de oculto e
guardado por ele conscientemente para o futuro.
O que a escrita representa para você?
Magno Jardim - A
escrita para mim representa um mundo apenas concebível pela sua forma
expressa. Representa o incriado e a sua perpetuação ao longo dos tempos
mais não seja
uma forma de comunicação mais concreta e de partilha de conhecimento.
Você já tem dois livros publicados:
“5º Império” e “5º Império - A Quimera”. O que os diferencia de o “5º
Império – O Eco das Palavras”?
Magno Jardim -O
“5º Império - O Eco das Palavras” é a síntese do que no “5º Império - A
Quimera” seria de sintético; e o que de verdadeiro está no 5º império é
a realização
da gnose propriamente dita de forma enfática, e diria até real do
verdadeiro objetivo do “Encoberto” e o seu papel último na consignação
do quinto império imaterial do século XXI e objetivos últimos da missão
que Portugal falta cumprir. Como refere o grande
autor e defensor desta mesma façanha, Rainer
Daehnhardt: “Falar da Missão de Portugal é tocar no fundo de cada um de
nós, portugueses, mas não só, também de todos aqueles que se
identificam com a nossa forma
de ver, pensar e sentir as coisas, em suma, o modo como a mente e o
coração de cada ser humano podem e conseguem alcançar um verdadeiro
diálogo dentro de si e com o mundo que o rodeia (Eduardo Amarante).
Sentir-se português é amar Portugal, identificar-se
com esta terra e sua gente, é compartilhar os conhecimentos das
origens, é beber das fontes autênticas do passado e preocupar-se com o
futuro”.
Apresente-nos “5º Império - O Eco das Palavras”?
Magno Jardim - Elaborado
a partir do processo de pensamento e de ideias, cria uma ponte
desmistificando o sentido da “Mensagem” de Fernando Pessoa por meio da
interpretação
criando um vazio e a impotência no leitor espicaçando-o, chocando-o e
gozando com e da liberdade de uma maneira dinâmica ao lado mais humano e
sensível das pessoas. É revolucionário e até insano ao mesmo tempo que a
cósmica assim o pretende na expansão sem
dúvida dos horizontes pela autoanálise e autoconhecimento,
dando fatores para o desenvolvimento do pensamento crítico, estimulando
o processo criativo pessoal de cada pessoa, dando um novo universo ao
mundo, transformando-nos a cada
um de nós inicialmente, promovendo a liberdade e a força de expressão
contida em cada ser humano justo e ponderado.
Quais os principais desafios para construção dos textos que compõem a obra?
Magno Jardim -
Sem dúvida,
conseguir conciliar a força das expressões de forma dramática e concisa
fugindo aos cânones e aos postulados gramaticais, usando da minha
criatividade como criador e autor de tal aprimoramento
filosófico e psíquico por forma a transmitir a tal “Mensagem” de uma
forma mais simples se calhar até mesmo de maneira espírita por forma a
cumprir os tais desígnios do Quinto, o tal “Encoberto” que vem no
nevoeiro da alma e dos pensamentos para nos salvar.
Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio de o “5º Império - O Eco das Palavras”?
Magno Jardim - Acima
de tudo fazer chegar a liberdade intangível, inteligível e inatingível
do espírito sobre a matéria, demonstrar como tudo, de certa forma, se
encontra interligado
para a realização da determinada gnose do 5º império não sendo
meramente especulativo e muito menos uma força de estilo usada para
desabafar uma simples mágoa.
Apresente-nos um dos textos publicados no livro.
Magno Jardim - Esse
mesmo trilho que a alma percorre em busca do seu sentido, do seu
propósito e do conhecimento de si próprio, acaba por se cruzar
inevitavelmente com outras
entidades no mesmo processo eternamente intrínseco ao ser humano em
toda a sua existência. É neste sentido, nestes poucos tempos da nossa
civilização que as ideias e os valores mais altos se levantam e nos são
transmitidos ao longo da nossa história, para
que nunca nos esqueçamos de quem somos, de onde viemos e para onde
vamos e, de que, por mais curta que seja a demanda, ela se glorifique
por meio das nossas ações, por meio das nossas palavras. Pág. 8.
E isto claro está, nas mais diversas
áreas da sociedade. O 5º Império, dos tempos os quais as datas se
aproximam; os símbolos especificados fecundam naquela que é a poética
Pessoa na que transmitem algo que se perdeu e vamos inevitavelmente
perdendo com estes novos tempos que se aproximam e que muitos de nós
ainda lutamos para preservar; a nossa identidade, o nosso “Ser”, o nosso
escol. O que mais não é do que a representação de quem somos no mundo,
mas como bem o “Ser” de quem somos?! As nossas
decisões?! Modo de estar?! No nosso país?! O nosso país; no mundo. Como
cidadãos num espiritualismo, com perda sucessiva de valores que, em
muito ou pouco, somos senhores de nós mesmos, mas sim somos apenas
simples observadores das decisões de outrem e do
mundo que nos rodeia, em que não agimos em conformidade com as nossas
raízes e em muito menos com os nossos sentimentos! Págs. 13 e 14.
Onde podemos comprar o seu livro?
Magno Jardim - No
site da Chiado Editora, se bem que até acho que tem representação
física no Brasil, no Amazon, no site da Wook, pela livraria Bertrand, na
Fnac e até eu mesmo
tenho alguns exemplares que posso enviar a cobrar ao destinatário como
cheguei a fazer para o Brasil com as obras anteriormente publicadas,
tanto como para o México, a Argentina, Venezuela e EUA etc. exatamente
mesmo pelo conteúdo tocar as pessoas na sua essência.
Quais os seus principais objetivos como escritor?
Magno Jardim - Simplesmente
passar a “Mensagem” por sentir que esse dever me foi incumbido, se bem
que a criação de uma nova corrente literária por inerência não acharia
nada
mal.
Pois bem, estamos chegando ao fim da
entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Magno Jardim.
Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem
você deixa para nossos leitores?
Magno Jardim - Por
mais incrível que pareça, vou deixar presente o que sempre me
aconselharam que é o famoso “Estuda”, que muitos pais e professores
fazem questão de querer
deixar patentes na vida daqueles que tocam. Por ser o futuro que nos é
dado
a ferramenta que nos é oferecida para que possamos poder aprender a
pensar e isso que nada é mais do que um direito dos mais importantes
para a nossa subsistência e evolução quanto e como seres humanos. O meu
muito obrigado.
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