Uma nova tradução e uma nova edição do clássico russo.
Pré-venda, lançamento em 30/08
Tradução de Fatima Bianchi
Tradução de Fatima Bianchi
"Publicado em 1861, após dez anos de exílio na Sibéria,
"Humilhados e ofendidos" ocupa uma
posição-chave na produção de Fiódor Dostoiévski. Por um lado, é sua obra mais
ambiciosa até o momento, na qual revisita e leva ao limite as suas concepções
de literatura e sua visão dos males da sociedade. Por outro, suas páginas abrem
o caminho para uma forma de romance que vai ganhar corpo nos grandes livros de
sua maturidade, e não por acaso o leitor encontra nesta obra conflitos e
personagens que parecem prefigurar suas criações posteriores. Para compor a
trama de Humilhados e ofendidos, romance no qual deposita enormes esperanças,
Dostoiévski coloca no centro da ação a figura do escritor Ivan Petróvitch, que
é também o narrador do livro, e cuja vida guarda tantas semelhanças com a sua
que não é equivocado ler certas passagens como um ensaio de autoficção avant la
lettre — gesto arriscado, que não foi plenamente compreendido pela crítica da
época. Os leitores, porém, não tiveram dúvidas. Desde sua primeira aparição
como folhetim no número inicial da revista O Tempo, o romance fascinou o
público, que reconheceu ali um modo inédito de narrar, capaz de trazer à luz os
sentimentos mais obscuros com uma intensidade nunca vista — intensidade que
encontrou sua equivalência precisa na tradução de Fátima Bianchi e nas gravuras
de Oswaldo Goeldi."
Para mim, ler as obras de Dostoiévski é se deparar com a miséria humana. E por assim ser, é o escritor romancista, mais realista, que já tive o prazer e a angústia em ler.
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