No dia 15 de novembro de 1889, no Campo de Santana, no centro do
Rio de Janeiro, o marechal Deodoro proclamava o início da nossa República.
Éramos à época um país que havia abolido a escravidão recentemente, com a
população de apenas 14 milhões de habitantes, dos quais 82% eram analfabetos e
90% viviam em áreas rurais. Agora, em 2019, com 208 milhões de habitantes,
somos uma sociedade majoritariamente urbana, com 7% da população analfabeta,
mas ainda repleta de contrastes sociais, com índices de desenvolvimento muitas
vezes inferiores aos alcançados por países com trajetórias semelhantes à nossa.
Para analisar essa história, 38 pensadores brasileiros
identificam os desafios, avanços e retrocessos da nossa República em textos
curtos que levantam as principais questões dos nossos últimos 130 anos. Cada
capítulo do livro cobre uma década e é composto por três textos: um sobre
sociedade e política, outro sobre Estado e direito, e outro sobre governo e
economia.
Seguindo os pontos de vista particulares dos autores, diferentes
e complementares entre si, cabe ao leitor juntar as peças do mosaico
apresentado para entender o processo que culminou com a República como a
conhecemos em 2019 e os desafios que se anunciam para o futuro.
Organizadores: Edmar Bacha, José Murilo de
Carvalho, Joaquim Falcão, Marcelo Trindade, Pedro Malan e Simon Schwartzman.
Autores: Renato Lessa, Arno Wehling, Gustavo Franco, José
Alexandre Tavares Guerreiro, Winston Fritsch, Marieta de Moraes Ferreira, Pedro
Cantisano, Albert Fishlow, Boris Fausto, Paula Andrea Forgioni, Ruy Pereira
Camilo Júnior, Lúcia Lippi, Marcelo Trindade, Marcelo de Paiva Abreu, Maria
Celina D’Araujo, Tercio Sampaio Ferraz Júnior, Pedro Malan, Celso Lafer, Pedro
Dutra, Demosthenes Madureira, José Murilo de Carvalho, Joaquim Falcão, André
Lara Resende, Carlos Fico, Jorge Hilário Gouvêa Vieira, Sérgio Fausto, Nelson
Jobim, Mário Mesquita, Rubens Ricupero, José Roberto de Castro Neves, Edmar
Bacha, Simon Schwartzman, Silvana Batini, Ilan Goldfajn, Sérgio Abranches, Luís
Roberto Barroso, Arminio Fraga e Marcos Lisboa.
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