O que faria se fosse projetado para um cenário de morte e destruição sem escapatória?
Província de Angola, 1961.
Benjamim de Sousa, caixeiro-viajante e portador de bisbilhotices, surge com notícias terríveis sobre o desvio do paquete Santa Maria e assaltos armados a prisões de Luanda, espalhando o pânico entre os excêntricos habitantes da aldeia da Vereda dos Girassóis, mal sabendo que uma terrível realidade se aproxima e tomará conta de todas as vidas, incluindo a sua.
Na aldeia, colonos e nativos vivem alegremente de boatos e enredos, sob o domínio de um chefe de posto ditador, cuja mulher agoniza em obesidade mórbida, chantageado por um alferes misterioso. Um padre traiçoeiro e controlador, um médico estrambólico, um bordel de ingénuas meninas, a invasão dos estrangeiros e a discórdia com os ciganos, vem alimentar ainda mais a imaginação do povo, até que o pior acontece: o assassinato de uma das figuras mais amadas da aldeia; e quem o matou circula por aí...
A guerra entre os movimentos nacionalistas expande-se por toda a parte, e, enquanto a nova bandeira é hasteada em Luanda, a Vereda dos Girassóis exala o último suspiro.
A aldeia da Vereda dos Girassóis é uma aldeia imaginária, que poderia ser em qualquer lugar do mundo, cuja história, baseada em personagens reais, se situa num contexto histórico de grandes conflitos armados.
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que cenas de guerra são sempre tristes, mas também podem encontrar passagens
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