Amanda Weaver
Amanda Weaver nasceu no Rio de Janeiro
em 1993. Graduada em Jornalismo pela PUC–Rio, é escritora, cantora e compositora.
Tem três livros publicados pela editora Multifoco – “Enquanto a luz mergulhar
no espelho” (2017), “Tente mais tarde: o mundo está ao telefone” (2016) e “O
avesso me rouba de mim” (2015) – e participou da XVIII Bienal do Livro Rio
(2017). Criou o projeto voz e piano “Música & Literatura”, com cinco
edições entre 2015 e 2017, nos palcos da FNAC e do Multifoco Bistrô.
Em suas cerca de 50 canções autorais,
predomina a MPB com influências de pop, rock, jazz, blues, progressivo e trip
hop. Suas composições “Como Vai” e “Meu Bem, Eu Sou Artista” foram
semifinalistas do Festival de Música Rádios EBC (edições 2016 e 2017,
respectivamente).
Na área acadêmica, Amanda recebeu cinco
Bolsas Prêmio (por coeficiente de rendimento) e ganhou nota máxima no TCC “Luz,
música e ação: os agentes contemporâneos de teatro musical no Brasil”,
orientado por Everardo Rocha. Na área jornalística, estagiou na TV PUC-Rio –
como apresentadora, repórter e subeditora do telejornal Contraponto – e na
assessoria do Canal VIVA. Atualmente, cursa segunda habilitação em Publicidade
e Propaganda.
A nível artístico, Amanda fez o curso
profissionalizante Intermodel (2015 a 2017); integrou o Coral PUC-Rio
(2011-2015); fez o curso de musicais Möeller-Botelho (2014); atuou na leitura
dramatizada de “Cheiro de Ameixas”, de Ademir Cunha (2014), e no musical
“Princesas no Faz de Conta”, de Alessandro Dovalle (2009); fez o curso de
teatro profissionalizante ETTAM (2009/2010) e a Oficina de Menestréis de
Oswaldo Montenegro (2008/2009); foi cantora convidada do “Projeto Canjas”, de
Oswaldo Montenegro e, posteriormente, Verônica Bonfim (2008 a 2012); e se apresentou
como cantora em eventos e festivais.
Sinopse – “Enquanto a luz mergulhar no espelho”
A autora apresenta uma
poesia corajosa, acessível tanto aos millennials quanto aos leitores mais
maduros, que têm referências clássicas e dialogam com as novas gerações.
Distribuídos entre os
temas Movimento, Presença, Pensamento, Tempo, Som e P@l@vr@, os poemas
localizam um tempo que traz a dimensão da perda e, paralelamente, inspira o
grito de liberdade: a juventude no século XXI.
À medida que os
caminhos se embaçam na curva implacável dos anos, o jovem moderno quer ser
criança, dançar junto às emoções, amar intensamente, lapidar suas filosofias,
questionar paradigmas, conquistar seu espaço no mundo, aventurar-se pela
sinestesia. E acaba se deparando com o choque de um viver ultratecnológico,
cujos parâmetros engolem gradativamente as relações humanas.
Consciente ou não, esse
processo deixa o indivíduo ofegante por jogar com as informações. Enunciadores
de novas formas de afeto, tentamos atualizar o que era tradicional com a
velocidade de uma máquina.
Em um universo
subjetivo, frenético, melancólico e estético, o prazer do eu lírico é dialogar
com o leitor, incorporando impressões universais do homem às expressões do
mundo moderno.
O livro busca conduzir
o leitor pelos becos e avenidas dos versos, para que ele experimente sensações
conflitantes, numa alternância entre métrica e versos livres; paralelismo
semântico e incoerência; ritmo e repetição e ausência desses.
Sinopse
– “O avesso me rouba de mim”
Precisos
e avassaladores, os sentimentos da autora pulsam para além do universo criativo
e desafiam o papel como planta a brotar no deserto. Mas não conseguem
assassinar a atmosfera de racionalidade que circunscreve o coração da obra.
A
doçura e periculosidade do amor é tema instigado ao longo dos seis capítulos.
Em frangalhos ou reconstituído; vazio de conteúdo ou exausto de tanto pensar;
ensimesmado ou atirado à multidão: o sujeito torna-se a substância do que ama.
Portanto, o amor nunca será batido, mas há que se empregar um esforço
milimétrico para abordá-lo nos dias de hoje. A cada segundo que passa, trocamos
uma molécula de humanidade por um bit. Mas, ali na esquina, podemos tropeçar
novamente na vida.
No
primeiro capítulo, “Séculos de instante”, o amor frustrado se dilui no universo
íntimo do eu lírico, em um misto de lamento e confiança. Pranto que, após
transbordar, reencontra intuitivamente seu eixo.
“Morada”
trata exclusivamente do “eu”, em desesperada substituição ao “nós”. Versos
alegres mesclam ideias de independência e solidão, enquanto um turbilhão de
desejos passeia por entre figuras de linguagem que dissecam exaustivamente o
sujeito poético.
Após
transitar por esse terreno misto, o leitor chega ao poço, ao âmago do livro
para acessar “O amor borbulha e solta pedaços”. Versos dolorosos justificam a
partida, espera e agonia de uma mulher que ama mais que sua experiência
permite.
O
sentimento à flor da pele possibilita que onda de euforia perpasse “Roda de esperança”,
em oposição à estética trash do
capítulo anterior. Com texto imagético e lúdico, as poesias dessa seção contêm
a leveza que o amor em harmonia traz.
Palavras
truncadas demarcam “Milhas retóricas” e, por extensão, os passos confusos do eu
lírico, que traça uma caminhada cíclica rumo ao destino. O capítulo trata da
podridão e da aura de mistério que transpassam a condição humana.
Com
formato enxuto, metonímias e conteúdo provocativo, “Estantes Colecionáveis”
reverencia a poesia moderna e tece uma crítica à crise dos relacionamentos
interpessoais no século XXI.
Sinopse
– “Tente mais tarde: o mundo está ao telefone”
Ser
jovem no século XXI é ser jovem como sempre, com uma forte diferença: pegamos a
transição violenta entre analógico e digital. Em algum momento, minha geração
parou na fronteira. Nosso passado agora é comestível, abastecido de presente.
Atualmente,
a memória e os pensamentos vivem conectados ao trânsito de dados que conduz ao
supercérebro virtual. Estamos mergulhados num excesso de informação, e
acompanhar as atualizações eletrônicas é a mais moderna tarefa da mente.
Com
humor, coloquialismo e uma tendência romântica, as crônicas discutem sobre como as
pessoas vêm se relacionando no século
XXI, com ênfase na geração que vivenciou a transição do analógico para o
digital. O olhar da autora é de jovem, jornalista
e espiã, por sempre ter observado sua geração como se não pertencesse a ela.
O
livro explora temas como: mudança de paradigmas com a internet móvel;
decadência do romantismo e instabilidade das relações afetivas; convergência de
mídias e papel atual da informação; interseção entre passado, presente e
futuro; comicidade de certas situações sociais; rumos da literatura no Brasil;
violência urbana no Rio de Janeiro; e universos subjetivos que se diluem no
mundo virtual.
Transmite-se,
assim, uma reflexão a diferentes gerações – desde adolescentes imersos na
tecnologia até idosos que buscam ler sobre as configurações atuais. E imprime
uma visão ora bem-humorada, ora crítica sobre o ser humano do século XXI.
Como escritora, cantora e compositora é simplesmente maravilhosa!
ResponderExcluir