Nasci em
São Caetano do Sul, no ABC Paulista, e sou jornalista profissional. Atuei em
jornais, revistas, assessoria de imprensa e, durante muitos anos, em
comunicação corporativa. Hoje trabalho como freelancer
na produção, edição e revisão de textos. Ao longo da vida, também me dediquei à
fotografia e agora desenvolvo um trabalho autoral focado em imagens poéticas.
Desde criança, amo ler e escrever, mas só comecei a me
mostrar há cinco anos, já na maturidade, após ser selecionada em um concurso
literário.
Sempre gostei
de escrever. O nome da minha filha, Marina, é também o nome da protagonista de
um conto que escrevi aos 15 anos. Mas meus textos de ficção eram mostrados
apenas a poucas pessoas da minha intimidade.
Em 2012, incentivada por uma amiga, a escritora Nanete Neves, participei de um concurso de contos promovido pela Giostri Editora e Espaço Parlapatões, em São Paulo. Fui a segunda colocada com A Cheiradora, que tem bem o meu estilo, uma mistura de erotismo e humor. O concurso rendeu participação na antologia Quem conta um conto.
Ao lado de Vanessa Farias, organizei a antologia de contos Primeiramente, todos ambientados em uma manifestação contra Temer na av. Paulista. E lancei minha primeira novela, Eretos, pela Alink Editora.
4. Existe um que você gosta mais? Por quê?
Eretos, meu
primeiro trabalho solo, é o preferido.
Livremente inspirado no clássico romance de
suspense E não sobrou nenhum (O caso dos dez Negrinhos), de Aghata Christie, Eretos
tem fortes doses de humor e erotismo. Pessoas envolvidas em assassinatos são
reunidas em um uma ilha na costa pernambucana, com a expectativa de concorrer a
um prêmio milionário. Mas começam a ser mortas em meio a manifestações de
priapismo, que é a ereção peniana dolorosa e prolongada, mesmo sem desejo
sexual. Nas mulheres acontece transtorno equivalente, o clitorismo, que provoca
dor e aumento anormal do clitóris. Muitos leitores me escreveram para
contar que o livro tinha apimentado sua vida sexual. Fiquei feliz com este
delicioso efeito colateral porque a intenção era apenas contar uma boa
história.
Meus textos sempre foram publicados por editoras
pequenas. As grandes ignoram autores que não são conhecidos e possam garantir
um bom retorno de vendas. Não tenho recursos para bancar uma produção
independente.
Editoras pequenas deixam a revisão a cargo do autor, que
contrata um profissional para isso. Considero fundamental a revisão e faço esse
trabalho para outros autores.
Eu própria faço a divulgação das minhas obras, usando
principalmente o facebook. Editoras pequenas não investem em marketing.
8. Bienais e feiras de livros – são importantes para os novos autores?
São, sim, mas nunca tive a oportunidade de participar.
Gosto não se discute, mas definir uma leitura, levando em conta apenas a nacionalidade do autor, é um uma atitude preconceituosa, a velha síndrome de vira-lata. Há muita coisa boa na literatura nacional que vale a pena conhecer.
Primeiro é necessário produzir algo de qualidade e para isso é indispensável ler muito bons autores para aprender a escrever. Recomendo, também, participar de oficinas de escrita criativa para aprimorar o texto, aprender a fazer leitura crítica e interagir com outros autores. As ministradas por Luiz Bras e Nanete Neves são excelentes. Pronto o texto, o autor pode participar de concursos literários, buscar oportunidades em pequenas editoras ou partir para a publicação independente. Outra alternativa, muito usada hoje, é a publicação digital, que não exige investimento financeiro.
Bacana a entrevista, parabéns ao Ricardo e à Sonia. Fiquei emocionada pela citação.
ResponderExcluirMuito boa a entrevista. Fiquei conhecendo um pouco mais da escritora. Sucesso.
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