Apresentando mais uma nova autora, Deise Duarte. Vamos conhecer sua trajetória?
Deise Duarte se define como uma carente emocional em recuperação. Nasceu em
Criciúma, nos anos 80 e cresceu com olhos grudados na Coleção Vagalume. É
apaixonada pela vida, por sua playlist e acredita nas pessoas. Escreve
diário, blog, lista de supermercado e cartas de amor.
Resenha:
O Cotidiano visto em todos os seus aspectos e de forma única. É isso
que Deise Duarte nos traz em seu livro de estreia, "Do quinto andar".
Movimentos aparentemente banais como vestir-se, comprar meias ou ir ao
supermercado encontram uma nova dimensão quando tocados pelo olhar e
pelas palavras cheias de sensibilidade da cronista/poetisa catarinense.
Nas 62 crônicas presentes neste livro, a autora mostra a importância de
voltar o olhar para as pequenas coisas de nossa rotina, que cada vez
mais são relegadas a segundo plano em tempos de exibicionismo e
narcisismo generalizados. "Do Quinto Andar" é uma ode à beleza existente
no comum que existe em cada um de nós.
O livro físico está disponível para venda através de contatos na fanpage: https://www.facebook.com/deiseduarteescritora/
O e-book pode ser adquirido no iBooks: https://itunes.apple.com/br/book/do-quinto-andar/id1282252061?l=en&mt=11ou PlayStore: https://play.google.com/store/books/details?id=vmI1DwAAQBAJ1. Fale um pouco sobre sua trajetória de vida, antes de se dedicar à literatura.
Sou formada em Processos Gerenciais, trabalho como
Customer Sucess em uma empresa de Softwares de Gestão Financeira. Há pouco mais
de um ano decidi publicar meu primeiro livro de crônicas, reunindo textos que
estavam distribuídos em blogs e redes sociais.
2.
Quando descobriu sua “vocação” para escrever?
Eu escrevo desde que fui alfabetizada. Não tenho
medo de errar ao afirmar que nasci escritora. Com 6 anos apresentei um poema na
escola e tive que lutar para receber os créditos de sua autoria, pois os
professores não conseguiam acreditar que um texto tão empático e maduro tivesse
sido escrito por uma criança.
3. Fale um
pouco sobre os livros que já publicou.
Meu primeiro e único livro é Do quinto andar. Ele
traz 62 crônicas onde eu falo de cotidiano, família, amizade, amor e
maternidade. É um passeio sobre o dia a dia de todos nós, com o meu olhar
passando por essas experiências. Eu tento trazer a beleza, o amor e a fé que
tenho nas pessoas para os textos e isso me aproxima do leitor, especialmente em
dias em que as notícias nos afastam de enxergar a vida com leveza.
4. Comente
sobre sua experiência com editoras. Ou você é adepta de produção independente?
Do quinto andar é uma obra
independente.
5. Nas
entrevistas e bate-papos que acompanhamos pela internet, verificamos que existe
uma preocupação muito grande com a revisão. Há livros sendo publicados sem
revisão de espécie alguma, nem a técnica (própria da editora) nem a
ortográfica/gramatical. O que você pode nos dizer a respeito? No seu caso
particular, você contrata um(a) revisor(a)? Ou a editora se encarrega disso?
Como minha publicação foi independente contratei o
serviço de uma revisora. Foi muito importante ter encontrado uma profissional
excelente para esse trabalho, pois o gênero que escrevo (crônicas) permite
quase tudo e a linha entre o informal e o erro gramatical é tênue.
6. Outro
ponto chave para os novos autores é a divulgação de suas obras. Pode nos dizer
de sua experiência a respeito?
Lancei o livro há menos de dois meses e me sinto
satisfeita com os resultados atingidos em relação a mídia local para o período
pré lançamento. Mandei release para todos os canais e consegui entrevistas
importantes que ajudaram a fazer a noite de lançamentos um sucesso. Foram 3
horas de autógrafos. Nesse período pós lançamento estou um pouco
desorientada...heheh Trabalho muito forte a divulgação em redes sociais,
palestro para estudantes sobre literatura e estou estudando novas formas de
atingir meu público alvo.
7. Bienais e
feiras de livros – são importantes para os novos autores?
Eu acredito que sim, mas ainda não tive a
oportunidade de participar de eventos assim para mensurar resultados.
8. Ouvem-se
muitos comentários depreciativos sobre a literatura brasileira contemporânea. É
comum ouvir-se algo do tipo “não gosto, não leio autores nacionais”. Em seu
entendimento o que explicaria tal tipo de assertiva?
Preconceito e complexo de vira lata presente em
muitos pseudo intelectuais. As pessoas prezam por admirar o que é gringo, o que
é internacional, o que é pago em dólar e o que se fala com sotaque. Não existe
literatura ruim e a pluralidade literária é um verdadeiro presente que deve ser
explorado.
9. A partir
de sua experiência pessoal, o que poderia dizer para aqueles e aquelas que
pretendem publicar livros?
Sonhem e sonhem alto! Escrevam, escrevam e
escrevam! A experiência de ser escritor se completa quando o leitor se entrega
e se enxerga no seu texto. Se o que você escreve te faz feliz, a felicidade
será ainda maior ao encontrar o leitor.
Publicar foi incrível e delicioso por me permitir
estar em mais lugares, diante de olhos que antes nunca tinham me visto.
Quando você publica um livro você sabe que nunca
vai morrer. Você se tornou no papel todas as coisas que ama e acredita.
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