Entrevista com o escritor Felipe Daiello
Felipe
Luiz Ribeiro Daiello, engenheiro por vocação, gaúcho de Porto Alegre,
ao longo da sua vida foi professor universitário concursado, pesquisador
no Instituto de Física da UFRGS, analista financeiro do BRDE, dirigente
sindical e empresário. Na juventude, obteve brevê de piloto civil,
oportunidade em que, visto de cima, descobre um mundo diferente.
Precisava viajar.
Como
empresário e engenheiro, a Elcom, sua empresa, vai absorver quase toda a
sua energia durante quase 40 anos. Família para criar era a prioridade,
formação de patrimônio, outra necessidade. Nas folgas e nos intervalos
escapar para outras fronteiras era vital no seu manual de vida. Começam
as viagens.
A
partir de 2002, a situação nacional apresenta nuvens negras. A Elcom
não terá futuro viável, outra bússola deveria nortear sua vida. A partir
de 2005 e 2006, a decisão de encerrar a fase empresarial foi tomada, e a
de escritor tomou formato e decisão. Surge o personagem Felipe Daiello,
um iniciante em literatura. Desafio para superar.
“Em
‘Ventos do Deserto’, os temas interligam a espionagem, a ascensão e
queda do Estado Islâmico, os conflitos entre sunitas e shiitas e o
surgimento de um novo Estado, o Kurdistão.”
Boa leitura!
Escritor
Felipe Daiello, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista
Divulga Escritor. Conte-nos, em que momento descobriu que gostava de
escrever?
Felipe Daiello - Sempre
fui leitor fanático, desde os cinco anos. Como professor e empresário
era responsável por redigir pareceres, propostas, defesas e ajustar
palavras, algo que dava prazer. Fosse o linguajar técnico, protocolar e
mesmo jurídico. Com o fechamento da Elcom, a necessidade de escrever
exigia outras fronteiras. Oficinas de literatura e bons professores eram
passos na minha reciclagem. Descobri o prazer de escrever, de colocar
ação, emoções e viagens no papel.
Você tem livros publicados em várias temáticas e segmentos. Como surgiu esta diversificação literária?
Felipe Daiello - Pela
minha experiência de vida, pela curiosidade em descobrir detalhes e
encontrar os acidentes históricos. A investigação sempre presente exige
novo tema em cada tentativa. Repetir os mesmos temas é desafio para
evitar. Os campos para escrever são extensos, as técnicas que aprendemos
nas leituras são novas lições que preciso assimilar. A novidade é algo
que estimula minha imaginação e obriga a novas ações.
Em que momento pensou em escrever seu livro “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”?
Felipe Daiello - As
múltiplas viagens ao Oriente Médio preparavam o palco; o tema familiar
era uma ideia antiga, mas uma viagem para a Jordânia deslanchou o
enredo. Depois havia desafio de colega escritor. Carlos Abbud exigia um
romance longo.
Em
pouco tempo, o corpo do livro ficou pronto. Concentração, tempo quase
integral, em três meses formatei o corpo do livro. Depois a equipe da
AGE ajudou na edição. Mais de quatro meses de trabalho.
Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária?
Felipe Daiello - Em “Ventos do Deserto”,
os temas interligam a espionagem, a ascensão e queda do Estado
Islâmico, os conflitos entre sunitas e shiitas e o surgimento de um novo
Estado, o Kurdistão. Não podemos esquecer o eterno problema dos
refugiados e o permanente conflito das decisões, tanto no nosso futuro
como no presente das nossas ligações sentimentais. Qual o parceiro
adequado para o sucesso pleno na nossa vida?
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http://portalliterario.com/
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