quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Jardim de asfalto, de Yuri Mello Mesquita


Belo Horizonte, cidade projetada no fim do século XIX para ser a capital de Minas Gerais, foi planejada com pouca consideração a topografia e a hidrografia da região em que foi construída. O traçado irregular dos rios não era compatível com as ruas retilíneas pretendidas pelos projetistas da urbe. Devido a essa concepção urbana, os cursos d água sofreram a primeira intervenção e foram canalizados para acompanhar o trajeto das ruas. O esgoto era despejado nos córregos sem qualquer tipo de tratamento. Conforme a cidade crescia, o volume dos dejetos também aumentava, poluindo progressivamente as águas da bacia do Rio Arrudas e do Ribeirão Onça. Por meio desse processo, os córregos viraram locais de despejo de lixo, indesejados e sujos. As inundações também contribuíram para a sua rejeição pelos habitantes. Devido a esse cenário, as obras de canalização foram percebidas como a grande solução desses problemas e também serviriam, nos anos 1960 e 1970, para outro propósito, a ampliação do asfalto para a melhoria do fluxo de automóveis.

Livro de Yuri Mesquita, com pesquisa impecável e convite para repensarmos a prática, comum nas cidades brasileiras, de “enterrarmos” nossos rios debaixo do asfalto. A dissertação foi defendida há muitos anos, e só agora ganha o público mais amplo (Regina Horta Duarte).

O livro está em pré-venda no site da editora
Autor: Yuri Mello Mesquita 
Editora: LETRAMENTO EDITORA E LIVRARIA
Por: R$ 56,90 Em 3x de: R$ 18,97


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