quarta-feira, 31 de julho de 2019

Está completa a trilogia Brasil fin-de-siècle!!!

Um exemplar a cada dois anos. E, finalmente, completamos a trilogia "Brasil fin-de-siècle". Ambiciosa tentativa de retratar o amor em tempos difíceis da história brasileira. Vejam abaixo as sinopses e capas dos três romances:


livros que retratam as três últimas décadas do século xx, na perspectiva de uma família de classe média que vive experiências amorosas fascinantes.
Drama, humor, erotismo e tragédia caracterizam a ação de personagens DINÂMICAS, que irão lhe proporcionar uma leitura agradável!



Volume 1. O amor nos tempos do AI-5


A história tem início nos anos 1971 e 1972, quando o país vivia sob o jugo do Ato Institucional nº 5. A opressão política se fazia sentir no ambiente universitário, local em que se desenvolve boa parte do romance. A personagem Haydée é a responsável pela grande mudança de valores do professor Afonso e de sua esposa Celina. A liberdade sexual se torna o contraponto da falta de liberdade política do período. O final é trágico e surpreendente.




Volume 2. Amor, opressão e liberdade



Desenvolve-se a história da família no contexto de 1972 a 1982, quando teve início o processo de abertura política que culminou com a revogação do AI-5. Os filhos do casal atravessam a adolescência e chegam à maturidade. Namoros têm início, Celina vivencia novos amores. Grandes mudanças são esperadas no país e no mundo. A liberdade amorosa se fortalece como reflexo da verdadeira revolução sexual da década de 1960.


Volume 3 – Amor e liberdade... ainda que tardia.



O período de 1982 a 2000 é o contexto dos romances das personagens cujas histórias foram retratadas nos dois volumes anteriores. Crescendo e se desenvolvendo, assumindo posturas relacionadas à afirmação feminina, à conscientização política, à postura de defesa do meio-ambiente, Nelson e Bia proporcionam belos e emocionantes momentos, ao mesmo tempo em que amadurecem seus sentimentos sem abdicar da liberdade que o país voltava a viver.

As belas obras de Luiz Eduardo de Carvalho


Eduardo Carvalho sempre atuou na intersecção entre Cultura, Educação e Política, tendo emprestado da Comunicação Social as ferramentas para as pontes. Estudou Farmácia e Bioquímica e Letras na USP e formou-se em Comunicação Social na ESPM, licenciado em Língua Portuguesa pela Universidade Nove de Julho. Foi professor, teatrólogo, jornalista, publicitário, assessor político. Desde 2015, dedica-se exclusivamente à Literatura.

foto cedida pelo autor


Livros Publicados:  vejam sinopses e capas abaixo

O Teatro Delirante (2014 – poesia erótica e lírica) pela Editora Giostri;
Retalhos de Sampa (2015 – poesia) pela Editora Giostri;
Sessenta e Seis Elos (2016 – romance) pela Fundação Palmares MinC;
Xadrez (2019 - romance) pela Editora Patuá.
*Coletâneas nos prêmios assinalados

Principais Prêmios Literários:

1.     Prêmio Oliveira Silveira da Fundação Palmares – Ministério da Cultura, em 2015, com o romanceSessenta e Seis Elos;
2.     Concurso de Poesia de Águas da Divisa MG no 32º FESTIVALE – Ministério da Cultura, em 2015, com o poema Conta-gotas;
3.     Concurso Nacional de Literatura – Prêmio Cidade de Belo Horizonte, em 2016, com o romance Xadrez;
4.     Prêmio de Incentivo à Publicação Literária do Ministério da Cultura / Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural / Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas - 100 Anos da Semana de Arte Moderna de 1922 - MinC 2018, com a peça teatral Evoé, 22!;


Participações em Feiras:

XII Bienal Internacional do Livro do Ceará - 2017 (Centro de Eventos do Ceará, Fortaleza) – Painel Fundação Cultural Palmares. 21 nov 2017, 16h na Sala José de Alencar;

Festa Literária de Paraty 2017 (Casa Malê) – Painel Literatura de Afrodescendência. 29 de julho, 11h na Casa Malê em Paraty;

Festa Literária de Paraty 2019 (Páginas Editora) – Tarde de Autógrafos de Xadrez – 12 de julho – 15h na Casa da Porta Amarela em Paraty;

Bienal Contagem 2019 – autor convidado para novembro de 2019.



O Teatro Delirante
Livro de estreia de Luiz Eduardo de Carvalho O Teatro Delirante é uma reunião de poemas líricos e eróticos, nos quais são narradas experiências de um grupo de teatro primitivo que, para vivenciar os mistérios dionisíacos, buscava o despertencimento e a criação dos personagens substituindo o êxtase primitivo por outro alcançado por intermédio de seus fetiches, janelas da sexualidade aprisionada que pretendia comunicar-se com o mundo em forma de expressão artística.
A disposição dos poemas simula uma peça trágica clássica, dividida em atos, com o coro a contrapontuar as vivências. Alguns poemas foram levados ao palco durante a Virada Cultural de 2014 na capital paulista, acompanhados de rock n roll ao vivo e performances fetichistas feitas pelo próprio grupo que se encarnou e perpetuou no livro.





Retalhos de Sampa
Retalhos de Sampa é o livro de Eduardo Carvalho que apresenta dois momentos de sua poesia. Dividido em dois títulos, Centros de Mim com poemas gestados em 2014 e As Últimas Noites de Pompeia, com poemas selecionados entre os compostos na primeira década deste século.
Em Centros de Mimhá um mosaico de temas compartimentados em intertítulos, mas que se entremeiam e se misturam, tornando difícil a tarefa de agrupá-los: Efemérides, Teopatia, Poética, Ágora, Ego, Eros, Tánatos e Cronos.
Ao longo de toda a obra, abre-se este leque de preocupações e reflexões, ora profundas, ora bem humoradas – como nas piadas oswaldianas –, em que se mesclam e permeiam os demais temas. É fácil seguir alguns dos lugares afetivos que o autor percorre observando os personagens reais que compõem sua trilha poética. Assim, em Efemérides aparecem textos sobre os dias do ator e do palhaço, dedicados respectivamente a Gero Camilo e a Hugo Possolo – hoje, intimamente ligados ao universo do teatro que Eduardo Carvalho sempre habitou. Em Ágora, é possível reconhecer um sem número de personagens que habitam as praças do centro, retalho de Sampa em que o poeta morou e trabalhou durante a gênese de Centros de Mim.
Menos ligada aos extremos do ego, como o erotismo e a morte, ou mesmo à constatação da inexorabilidade do tempo, em As Últimas Noites de Pompeiaa difusão temática abre os flancos à experimentação tanto em alguns exercícios de formalismo quanto na degustação de imagens e, sobretudo, de pensamentos eminentemente poéticos. Uns tantos textos também dedicados neste volume reforçam os traços do profuso entorno de suas inspirações e indicam já outros retalhos do tempo desta metrópole em quinze anos de contemplação.


Retalhos de Sampa faz parte da coleção de Poesia Brasileira que a Editora Giostri mantém em constante ampliação. Traz mais de 120 poemas em 186 páginas, com destaque para o curto texto que a editora escolheu para a quarta capa e que parece sintetizar os augúrios de todos os que esperam uma revitalização consistente da produção poética brasileira:

que a pauta seja fértil
para que nasça a lira
onde só há erva daninha
onde o solo já é estéril

que seja exata a semeadura
para ser farta a colheita
a distribuição sem censura
e alguma justiça feita

que não seja última a ceia
para ser eterna a partilha
da obra do trigo e da vinha
feita escrita para que se leia

que seja feito de palavra
cada verso que sacia
com o fruto desta lavra
a fome de uma alma vazia







Sessenta e Seis Elos:
Escravizados na África, dois irmãos, filhos de reis congoleses são trazidos ao Brasil, onde um fica a trabalhar na mina da Encardideira em Ouro Preto e o outro parte em uma embarcação pirata francesa com refúgio no Haiti. A partir dessa diáspora familiar, a narrativa bifurca-se e apresenta a sucessão das gerações com personagens sempre ligadas, como coadjuvantes, a fatos históricos determinantes nos quais os afrodescendentes foram protagonistas de glórias e de perfídias.

Paralelamente, duas outras narrativas, contemporâneas, contam as histórias de um brasileiro, capitão da aeronáutica, que serve nas forças de paz no Haiti e de uma haitiana, bancária, que quer migrar de seu país em busca de uma vida diferente ao lado da filha pequena. O presente revela-se o ponto de confluência das linhas históricas que se desenvolvem simultaneamente até que todas se fundam em um desfecho de convergências que se urdem pela tradição cultural do passado remoto em território africano.

No contraponto do enredo central, uma série de histórias curtas e sucessivas pontuam as semelhanças e as profundas diferenças da formação dos dois países que servem de cenário: o Haiti, primeira nação negra livre fora da África e o Brasil que se manteve escravocrata, com uma decorrente carga cultural discriminatória que persiste ainda no presente.

A propensão ao gesto dramatúrgico na fala dos personagens, somada à profusão de acontecimentos distribuídos na compartimentação ágil dos capítulos, confere um tom que, sendo literário, induz a formulações interpretativas espelhadas nas artes narrativas visuais, como o cinema e a teledramaturgia.

Diásporas e resgates, separações e reencontros, perdas e glórias, escravidão e poder, degradação e fortuna, fugas e lutas são alguns dos antagonismos a amalgamar o enredo no envolvente e indistinto universo das emoções humanas. Diversificado conjunto de narrativas de fatos cotidianos imersos em crônicas históricas articuladas como os elos de uma trama cativante e libertadora!
Noventa Elos: segunda edição renomeada do romance em: https://www.amazon.com.br/Noventa-Elos-Segunda-renomeada-Sessenta-ebook/dp/B07N6M8W2L





XADREZ: romance premiado de Eduardo Carvalho

" Nesta obra imperdível, Luiz Eduardo de Carvalho revela-se o romancista da estratégia - Leida Reis, juri do Prêmio Cidade de Belo Horizonte - 2016"

  
XADREZ é o novo romance de Luiz Eduardo de Carvalho, vencedor do Concurso Literário Nacional -Prêmio Cidade de Belo Horizonte de 2016, lançado pela editora Patuá numa edição ilustrada, com projeto gráfico e formato especiais.
Em seu quarto título publicado, Luiz Eduardo de Carvalho nos apresenta um romance epistolar que transcende o gênero com acréscimos de poesia, resenha literária, cinematográfica e musical, além de traçar, en passant, uma crônica de um período marcado pela transição política da ditadura à democracia no Brasil. Não bastasse, é também o relato de um emocionante embate entre dois enxadristas que colocam no tabuleiro as determinações de suas existências. Joel - um carioca detento em Fortaleza por ter assassinado a esposa e o amante - ao aceitar o convite de Emanuel - um velho e solitário português recém-chegado ao Brasil - para uma partida de Xadrez por correspondência, não podia supor, nos primeiros lances, a íntima amizade que nasceria entre os dois estranhos e as oportunidades que disso derivariam até um final surpreendente.
Segundo Luiz Eduardo de Carvalho, "XADREZ é um livro que me permitiu revisitar alguns dos anos mais importantes de minha formação intelectual e passear com liberdade pelas referências que substanciam a minha própria literatura tal qual hoje a realizo como profissão. Livros, filmes, músicas, fatos históricos e políticos que marcaram a transição da ditadura para a democracia brasileira são alguns dos motivos pintados num tabuleiro em que sempre se disputou o visceral jogo, mais ou menos explícito, entre diferentes ideários, classes, interesses. Após vencer o Concurso Nacional de Literatura - Prêmio Cidade de Belo Horizonte em 2016, XADREX aguardou o tempo necessário para vir a público pela Editora Patuá numa edição tão caprichada que foge ao padrão no mercardo para se tornar um amuleto que, de certo, trará muito encantamento a cada leitor que, por meio da leitura, comungar com todos de uma história cativante".
Leida Reis, do júri do Prêmio Cidade de Belo Horizonte / 2016, escreveu a respeito da obra: "Então, tem certeza de que tudo o que está vivendo não passa de artimanha alheia? Está preparado para ouvir alguém gritar “xeque-mate”? Qual será sua surpresa ao perceber que absolutamente nada orbita nos trilhos aos seus pés... Nesta obra imperdível, Luiz Eduardo de Carvalho revela-se o romancista da estratégia. Enxergo cinema aqui". E isso talvez se deva à agilidade na narrativa, conferida pela curta extensão das sucessivas cartas que alternam, em ritmo cinematográfico, as diversas cenas que trazem consigo para adensar as narrativas de fundo que, na verdade, constituem a verdadeira trama invisível que se traça até um final surpreendente.
O Xadrez do título, na verdade, poderia expressar-se no plural, já que, para além do jogo no tabuleiro e do cárcere em que se encontram os personagens, há outros jogos em curso. Um qualificado leitor apontou que “o primeiro lance desse jogo infernal não é o inaugural de uma partida que se joga desde os dias de colônia”, outro do ramo psicanalítico afirmou que “Freud teria engolido o charuto caso estivesse disputando tal partida”, traçando referência ao jogo sexual que compõe outra camada desse tabuleiro de muitos estratos com jogos concomitantes em cada um deles. Houve quem não se conformasse com a simpatia desenvolvida, com uma certa ternura, pelos personagens abjetos que se encarnaram nos protagonistas. Um velho preconceituoso, misógino, avaro. Outro, um feminicida confesso e sem remorsos, convicto de seu ato. Talvez exatamente por essas características que reste uma suspeita enfeitada de Síndrome de Capitu ao cabo da leitura. Terá sido aniquilação ou salvamento a correspondência que se propunha e se cumpriu como jogo? Eis o xeque posto ao leitor.



Dicionário Infernal - primeira edição brasileira


Acaba de ser lançada, em parceria com a Editora UnB e o Arquivo Nacional, a primeira edição brasileira do "Dicionário Infernal" de J. Collin de Plancy.



Obra de referência fundamental para o estudo do ocultismo, da etnografia e das tradições populares, o "Dicionário" apresenta já no subtítulo seu propósito de compilar um "repertório universal dos seres, dos personagens, dos livros, dos fatos e das coisas que concernem aos espíritos, aos demônios, aos bruxos, ao comércio do inferno, às adivinhações, aos malefícios, à cabala e às outras ciências ocultas, aos prodígios, às imposturas, às superstições diversas e aos prognósticos, aos fatos atuais do espiritismo, e de modo geral a todas as falsas crenças fantasiosas, surpreendentes, misteriosas e sobrenaturais".

A tradução, feita por Angela Gasperin Martinazzo a partir da sexta edição, de 1863, é acompanhada das 550 ilustrações do original, incluindo as 69 gravuras de Louis Le Breton.
Saiba mais sobre o livro em bit.ly/dicionario-infernal

Novo número da Revista Espaço Acadêmico


Revista Espaço Acadêmico acaba de publicar o número mais recente em
Revista Espaço Acadêmico
v. 19, n. 216 (2019): Revista Espaço Acadêmico, n. 216, mai./jun. 2019

Sumário
DOSSIÊ: De/s/colonialidade e psicologias: inserções micropolíticas nos campos psi (Org.: Rafael Siqueira de Guimarães)
De/s/colonialidade e psicologias: inserções micropolíticas nos campos psi (01-02)
Rafael Siqueira de Guimarães
Clínica extramuros: decolonizando a Psicologia (03-13)
Flávia Fernandes Carvalhaes
Lesbianidades e monstruosidades em pesquisa – Apontamentos sobre as errâncias da escrita (14-20)
Danielly Christina de Souza Mezzari
Fluidez e possibilidades: reflexões múltiplas e decoloniais em torno do filme corpo elétrico, de Marcelo Caetano (21-28)
Ertz Clarck Melindre dos Santos
Ocupar a clínica com o desejo: ampliações, implicações e imaginações possíveis (29-37)
Fabio Henrique Martins da Silva
“Pimenta nos olhos dos outros é refresco”: descolonizar, cozinhar e cuidar (38-47)
Gabriela Emery Sachse do Carmo, Melina Garcia Gorjon

ciência política
Terrorismo Militar e Política da Morte (48-54)
Renato Nunes Bittencourt

educação
Prática pedagógica tradicional e inovadora (55-62)
Thiago Pires Santana

filosofia social
A violência sistêmica e autoexplorativa do empresário de si: o paradoxo da liberdade no ethos neoliberal e o consequente adoecimento psíquico na sociedade do cansaço (63-74)
Laura Henrique Corrêa

letras
O narrador benjaminiano e o narrador de viagens: convergências e dissonâncias (75-83)
Ruan Fellipe Munhoz

sociologia das religiões
Religião e religiosidade em Vale Vêneto/RS (84-93)
Jorge Vinicius Quevedo da Cruz

resenhas & livros
Um raio-x da elite charqueadora pelotense do século XIX (94-98)
Daniel de Souza Lemos
O mundo rural português: uma leitura da transformação da paisagem (99-103)
Gustavo Henrique Cepolini Ferreira

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Lançamento: A amante de Drummond, de Herminio Prates





A colonização como guerra, de Marco Antônio Silveira

A Colonização como Guerra: Conquista e Razão de Estado na América Portuguesa (1640-1808)



Em A colonização como guerra: conquista e razão de Estado na América portuguesa (1640-1808), Marco Antonio Silveira, retomando reflexões e perspectivas presentes em trabalhos anteriores dedicados às Minas setecentistas, traz uma releitura de aspectos da colonização do Brasil recorrendo a dois fenômenos decisivos: de um lado, a toda uma literatura de viés político consumida no Antigo Regime ibérico, cujo objetivo consistia na adoção de estratégias voltadas à manutenção e à ampliação de domínios; de outro, a um viés que destaca o peso das várias dimensões da guerra no império luso.

Waldir dos Santos, o sambista operário, de Andréa Casa Nova Maia



Foram os mineiros do ouro, do ferro, dos diamantes e de outros metais e pedras que construíram a fortuna e deram o nome às Minas Gerais. Ao longo de muitos anos, homens e mulheres escravizados, assalariados e, em diversas relações de trabalho, drenaram rios e escavaram a terra em uma sôfrega busca de riquezas. A mineração teve um papel central na organização do território nacional e na criação da própria ideia de Brasil. Desde o final do século XVII, essa atividade econômica tem conectado as montanhas de Minas com a formação do capitalismo global, da Revolução Industrial europeia ao contemporâneo domínio econômico chinês. 
Esta é uma longa história de muita exploração e de descaso com vidas e com o meio ambiente, como os recentes crimes ocorridos em Mariana e Brumadinho insistem dolorosamente em nos lembrar. Mas também é uma história de lutas sociais e políticas, nas quais trabalhadores e trabalhadoras construíram comunidades e afetos, criando e ressignificando culturas e identidades. 
Em fina sintonia com os debates recentes da história social do trabalho brasileira, Andrea Casa Nova Maia nos apresenta neste instigante livro a trajetória de Waldir dos Santos, trabalhador da emblemática Mina de Morro Velho durante a era Vargas. Baseada numa densa entrevista de história oral, uma saborosa narrativa nos revela as visões de mundo de um personagem “excepcional normal”. Suas lembranças abrem janelas para a compreensão das intricadas e, muitas vezes, surpreendentes, relações entre a labuta nas minas, a vida política e a recepção do discurso varguista. Mas Waldir era também e, sobretudo, um sambista boêmio. Suas memórias desvendam a densidade da cultura operária e suas conexões com a nascente indústria cultural dos anos 1930. “Minas são muitas”, nos alertou Guimarães Rosa. Waldir dos Santos, o sambista operário: História de uma mina de ouro no Tempo de Vargas de Andrea Casa Nova Maia nos ajuda a percorrer os mundos do trabalho da mineração, uma face tão fundamental, mas ainda pouco conhecida das Alterosas.
Paulo Fontes Professor do Instituto de História da UFRJ 
Editora: Ed. Gramma Ano de lançamento: 2019

O último minuto na vida de S., de Miguel Real

O último grande amor português: Snu Abecassis e Sá Carneiro
Ela era bela, divorciada, escandinava, culta. Chegara a Lisboa em princípios dos anos 60 e Portugal era para ela o país mais arcaico da Europa.
Ele era português, casado, político, primeiro-ministro.
Apaixonaram-se e amaram-se intensamente, contrariando códigos políticos e sociais.
Morreram ambos, abraçados, na explosão de uma avioneta em viagem para o Porto.


Ficção, O último Minuto na Vida de S. é a história do último grande amor português, o de Snu Abecassis e Francisco Sá Carneiro. Cruzando um estilo ora satírico-jocoso, ora realista e apoiando-se na realidade portuguesa entre as décadas de 60 e 70 em três ou quatro fatos verdadeiros, visa retratar um Portugal que já não existe, o Portugal desaparecido nas décadas seguintes pela voragem dos costumes europeus.
Autor: Miguel Real, edição da Publicações Dom Quixote, última edição em 2019.
(Fonte: https://www.portaldaliteratura.com/livros.php?livro=4213

Feminismo no cotidiano, de Marli Gonçalves


Aqui o feminismo não é apenas mais uma teoria defendida na universidade, nem uma trincheira de políticos em busca de votos. Marli Gonçalves, combatente de primeira hora, sai uma vez mais em campo para ajudar mulheres e homens a praticar o feminismo, a lutar por uma sociedade mais justa. Marli foge dos teóricos da moda, assim como do(a)s político(a)s oportunistas. O feminismo que prega é o vivido, não apenas o pensado. Este livro é o presente ideal para mulheres e homens que queiram – ou precisem – aprender o que é mesmo esse tal de feminismo...



“O feminismo é um ideal e um movimento real, uma forma de pensamento e busca de ação abrangente para promover cada vez mais a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens.” 

“Para começar, homens e mulheres podem e deveriam se declarar feministas. A sociedade justa precisa ser construída por todos. Feminista é adjetivo bom para se definir, para chamar alguém, seja mulher ou homem.” 
“As mulheres querem ter o direito de escolher. As lutas feministas começam, entendam todos, definitivamente, por uma palavra só, comum: Liberdade.”
“Uma só andorinha não faz verão. O feminismo é uma revoada delas.”

Marli Gonçalves é jornalista, paulistana, feminista. Atua em consultoria de comunicação e gerenciamento de crises ao lado do jornalista Carlos Brickmann, na Brickmann&Associados. Publica crônicas semanais do cotidiano pessoal e nacional em jornais e sites de todo o país. Editora do site Chumbo Gordo, mantém ainda um blog e o diário em vídeo de um minuto #ADEHOJE. Integrou o primeiro jornal feminista do país, Nós Mulheres. Tem passagens pelo extinto Jornal da Tarde, de O Estado de S. Paulo, pela Rádio Eldorado e pelas revistas VejaSingular & Plural e Especial, entre outros trabalhos.