quarta-feira, 27 de novembro de 2019

História oral e direito à cidade - organizado por Andréa Casa Nova Maia


Brumadinho: a engenharia de um crime

Hoje se completam dez meses desde que a barragem da Vale se rompeu em Brumadinho. Foi no dia 25 de janeiro de 2019 que a estrutura na mina Córrego do Feijão veio abaixo, levando lama, morte e caos a várias cidades mineiras e ao rio Paraopeba. Foi há dez meses que quase 300 pessoas perderam suas vidas num estalar de dedos. E, segundo as investigações da Polícia Federal, a Vale conhecia todos os riscos de ruptura pelo menos desde o segundo semestre de 2017 – e poderia ter evitado esta tragédia. Ou seja, NÃO FOI ACIDENTE.
É disso que se trata o livro "Brumadinho: a Engenharia de um Crime", dos jornalistas e amigos Murilo Rocha e Lucas Ragazzi. No post de hoje, trago a resenha do livro, feita pelo meu marido, o também jornalista Humberto Trajano, que terminou a leitura antes de mim.
Boa reflexão a todos:

“Estamos passando pela Ferteco!”. Uma fumaça cinza de poluição tomava conta do carro na BR-040, logo depois da Serra da Moeda, no caminho de Congonhas, na Região Central de Minas. Lembro de minha avó Conceição explicando aquela parte do trajeto até Conselheiro Lafaiete, terra do meu avô Eloy, quando íamos para lá, passar fins de semanas na década de 80 e início da década de 90.
Mas o que era a Ferteco? Era uma mineradora da região, que está presente nos primórdios da história da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH, que se rompeu no dia 25 de janeiro de 2019. Até agora, quando escrevo este texto, são mais de 250 mortes confirmadas e 16 pessoas desaparecidas em decorrência deste rompimento.
A barragem, construída pela Ferteco na década de 1970, é a personagem principal do livro “Brumadinho: a Engenharia de um Crime”, dos jornalistas mineiros Lucas Ragazzi e Murilo Rocha, lançado no fim de outubro.
A mineração está entranhada na memória pessoal de cada um de nós, moradores das Gerais, desde que nos entendemos por gente. Quando eu era criança e ouvia os relatos de minha avó, jamais imaginaria que, anos mais tarde, estaria cobrindo a maior tragédia da mineração no Brasil, naquele mesmo lugar.
Conforme o livro, em abril de 2001, a Vale, já privatizada, comprou a Ferteco, que "respondia pela terceira maior produção de minério de ferro do Brasil (cerca de 10%)". Prossegue o trecho do livro:
"Entre seu patrimônio estavam as férteis minas do Córrego do Feijão (Brumadinho) e Fábrica (Ouro Preto). [...] O maior interesse da Vale com a nova aquisição era justamente a Mina do Córrego do Feijão em Brumadinho, para atender à crescente demanda da Europa” (Págs. 21 e 22).
Entre 2001 e 2003, a Vale acabou com uma vila de trabalhadores na área da mina e construiu, a jusante da barragem, a sede administrativa de Córrego do Feijão.
No dia 25 de janeiro deste ano, o que estava a jusante da barragem até o rio Paraopeba foi destruído com o rompimento. Um restaurante, a área administrativa, com várias edificações, uma usina de beneficiamento, parte de comunidades, uma pousada a poucos metros dali e as lavouras dos agricultores.
Qual a responsabilidade dos mais bem remunerados engenheiros do país, funcionários da Vale? Estavam errados? Ou foram forçados? Ou cometeram atos irresponsáveis de forma proposital?

A destruição das vidas, as escolhas guiadas pela ganância dos executivos e a despreocupação em esconder dos trabalhadores, que iam ao Córrego do Feijão todos os dias, os riscos que aquela imensa estrutura apresentava – tudo isso é mostrado no texto.Essas perguntas vão sendo respondidas neste livro, cujo título, “a engenharia de um crime”, já resume o que pode ser encontrado no trabalho investigativo dos autores. Ao longo das 255 páginas, eles contam em detalhes a história desse crime, que tem raízes construídas durante décadas, e que abalou várias estruturas: vidas, a cidade, sua economia local, todo o cotidiano de quem ali perdeu um ente querido e de pessoas que trabalharam incessantemente na busca da elucidação dos fatos, de informações, do resgate dos corpos, da tentativa de salvar o meio ambiente devastado.
Vale sabia dos riscos desde 2017 – e tentou escondê-los
O livro mostra que uma grande preocupação com a estrutura começou a ser revelada durante um painel de especialistas realizado em novembro de 2017, em Belo Horizonte. A engenheira Maria Regina Moretti fez um alerta:
“Ela revela aos presentes um dado preocupante e até então desconhecido. A barragem I, diferentemente dos laudos de estabilidade apresentado nos últimos anos , tem um fator de segurança (FS)10 para liquefação em condição não drenada de 1,06, bem abaixo do índice de 1,3 registrado nas medições anteriores e considerado o mínimo recomendável para a literatura mundial do setor.” (pág. 75)
O texto aponta que, após esse alerta, a Vale criou artifícios para que a barragem fosse apresentada como segura. Também tentou fazer obras no local e uma delas deu errado: a instalação de drenos horizontais, que teve que ser abortada após a própria barragem demonstrar, em 11 de junho de 2018, que não seria possível a instalação dos drenos.
O livro destaca pontos cruciais, pessoas e empresas determinantes para que o desastre acontecesse. Após o alerta de 2017 e a criação dos artifícios para apresentação da barragem como segura, ocorreram troca de empresas terceirizadas e encerramentos de contratos. Neste momento, a alemã Tüv Süd entra em cena e também Washington Pirete, executivo da Vale responsável por contratos com as empresas. Ambos já estão entre os denunciados.
“A ‘mudança do critério de análise’ citada pelo funcionário da Vale [Pirete] no e-mail como justificativa para a troca de empresas é um novo estudo da Tüv Süd com o rebaixamento do fator de segurança de B1. Essa alteração seria decisiva para o destino da barragem e de suas centenas de vítimas”. (pág. 101)
O trabalho da força-tarefa
De forma bastante humana, o livro mostra também o trabalho dos delegados da Polícia Federal. Que já estavam um pouco calejados após o rompimento em 2015 da barragem de Fundão, da Samarco (cujas donas são a Vale e a BHP Billiton), em Mariana, e se reuniram em uma força-tarefa para dar início a uma investigação minuciosa sobre o ocorrido em Brumadinho.
O pesadelo havia voltado em 2019, de forma cruel, matando centenas de pessoas na Região Metropolitana de BH. E nenhum de nós acredita que estejamos livres de outras tragédias, como esta e a de Mariana, no futuro.

Brumadinho: a Engenharia de um Crime
Lucas Ragazzi e Murilo Rocha
Editora Letramento, 2019
255 páginas
De R$ 40,42 a R$ 49,90
(fonte: blog da KikaCastro)

A revolução dos bichos - um comentário

A revolução dos bichos
Antônio de Paiva Moura

ORWELL, George. (1903/1950). A revolução dos bichos [1945]. Tradução
de Heitor Aquino Ferreira. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Título
original Animal Farm.

Resumo

Em uma granja pertencente ao senhor James, diversos animais
trabalhavam em regime de escravidão e eram maltratados pelo proprietário.
Liderados pelo porco Major, (Karl Marx) os animais decidiram fazer uma
revolução. Os inimigos dos bichos seriam todos aquele que andassem sobre
duas pernas, exceto os de penas. Depois de longo discurso do Major, os
animais se organizaram e expulsaram o senhor Jones da granja, deixando
de serem tratados como escravos dos humanos. Em seguida os porcos
passaram a liderar a granja porque se consideravam os mais inteligentes.
Aprenderam a ler e escrever e adquiriram poderes sobre os demais. Os
ensinamentos do Major ficaram gravados na memória dos bichos com o
nome de animismo, mesmo depois de sua morte, resumida em um
regulamento de sete itens.
O porco Bola de Neve (Trotski) teve o plano de construir um
moinho de vento, mas Napoleão (Stalin) foi contra porque isso daria
prestígio a Bola de Neve. Houve uma eleição na qual Bola de Neve teve
maioria de votos, mas Napoleão o expulsa da granja e passa a ser visto
como traidor.

Napoleão governava a granja protegido por cães que ameaçavam os
demais bichos com palavras decoradas. Napoleão constrói o moinho e
raciona os alimentos dos bichos, implantando novo regime de escravidão.
Como Napoleão fazia uso de bebida alcoólicas, o item do regulamento que
proibia bebidas foi modificado. No interesse do ditador, todos os demais
itens do regulamento foram alterados ou revogados e começa um
relacionamento com os humanos. Os porcos começam a andar em dois pés
e se mudam para a casa grande que pertenceu ao humano Jones. Alegaram
que precisavam repousar melhor porque o trabalho mental e o esforço de
governar a granja era estafante. Para manter os privilégios, os porcos eram
muito convincentes. O porco Garganta andava pela granja defendendo
Napoleão com recurso de retórica persuasiva.

Uma tempestade derrubou o moinho de vento e a culpa recaiu sobre
Bola de Neve que poderia estar vivendo em outra granja de humanos.
Alguns animais começaram a questionar que a vida estava pior do que na
época do senhor Jones. Acusados de serem seguidores de Bola de Neve,
esses animais foram mortos. O cavalo Sansão foi mandado para um
matadouro, simulando que ele iria se tratar em uma clínica.
O corvo Moisés (padre, representa o Clero) que andava sumido,
aparece prometendo aos bichos um paraíso após a morte, figurado na ideia
de além das nuvens existir uma montanha de açúcar disponível para eles.
O humano Frederick manda destruir o moinho e os animais resistem
e os mandados. Depois disso a vida dos bichos piora mais ainda e muitos
acabam morrendo. Da janela da casa grande os demais bichos vêm os
porcos andando em dois pés e jogando baralho com os humanos. Em
seguida há uma discussão violenta com murros na mesa e ficou constatada
que a causa da discórdia era o fato de humanos e porcos terem colocado na
mesa, ao mesmo tempo um as de espada cada. Os demais bichos
concluíram que já não havia mais diferença entre porcos e humanos.

Comentário.
Considerando que a fábula foi escrita no decorrer da segunda guerra
mundial há uma analogia dos conflitos bélicos e sociais daquele momento,
revelado no símbolo da destruição do moinho pelas forças humanas; o jogo
de baralho que simboliza o jogo diplomático. (tratado Ribemtrop-
Molotov) A segunda metáfora é com relação ao descaminho ou
desvirtuamento da proposta de Marx no sentido de construir uma sociedade
igualitária e democrática. Ao invés disso Stalin, ao assumir o poder na
URSS, parte para o nacionalismo e o imperialismo, com apoio de
extraordinário estamento burocrático. Os símbolos que representam essa
questão, são a expulsão do porco Bola de Neve da comunidade dos bichos;
os cães que devotam fidelidade a Napoleão em troca de afagos e algumas
migalhas de comidas; O corvo Moisés que leva consolo e resignação aos
demais escravizados. A persistência da ditadura stalinista, torna a URSS
igual às ditaduras ocidentais como as de Hitler, Mussolini, Franco e
Salazar, simbolizado no fato de os porcos passarem a andar em pé. Por fim,
o autor se revela adepto das teorias de Marx no trato que dá ao discurso
coerente do personagem Major e na atuação de Bola de Neve.

Na granja Brasil
Como a fábula de George Orwell é atemporal e atópica, podemos
interpretá-la na história contemporânea do Brasil. Nos anos de 1980 as
diversas classes sociais se uniram para exigir o fim da ditadura militar e a
humilhação às classes assalariadas. Reivindicam a realização de eleições
diretas e nova constituição da república, com a esperança de sustentação da
social democracia. Como na fábula de Orwell, 28 anos depois a classe dos
porcos, elite empresarial, dá um golpe de estado, assume o poder e muda os
regulamentos em benefício próprio. No governo Bolsonaro intensifica-se o
jogo diplomático cortejando as potencias internacionais, os porcos
dobrando-se aos interesses dos países imperialistas; aumento da repressão
policial contra as classes inferiores e redução dos benefícios conquistados
ao longo do tempo.

Atualização do Tempo de Poesia

Um dos blogs mais bonitos que conheci há tempos e continuo acompanhando, o Tempo de Poesia, atualiza seu conteúdo nesta semana.
Convido todos e todas a visitarem!

http://www.tempodepoesia.name/boletimatualizacao.htm

Olá, pessoal.

Acabo de postar uma atualização do Tempo de Poesia



Espero que apreciem as novas páginas.

Obrigada, beijo. Maria Teresa Armonia

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

‘Não me abandone jamais’ de Kazuo Ishiguro



Este livro é tão bom, em tantos aspectos, que acho até difícil escrever uma resenha para ele. Porque o negócio é ler e sentir toda a delicadeza do autor.
Mais do que isso: é importante ler sem muito conhecimento prévio, para que você, assim como aconteceu comigo, possa se surpreender a todo momento com a habilidade narrativa do autor Kazuo Ishiguro, Prêmio Nobel de Literatura em 2017.


Já falei dele aqui no blog, ao tentar escrever sobre o impecável "Vestígios do Dia". Naquele post, também destaquei a habilidade narrativa e a necessidade de sorver a obra com calma. Mas, veja bem: o personagem de então, o mordomo Stevens, que narrava tudo em primeira pessoa, tinha um estilo completamente diferente da narradora-protagonista de agora, a Kathy.
Quão talentoso é um autor que consegue criar vozes praticamente opostas, em todos os sentidos, com tamanha naturalidade?
Kathy tem seu próprio estilo de narrar, que vai puxando pela memória, como uma dona contando um caso do passado mesmo.
A conhecemos já na vida adulta, mas dois terços do livro se passam no passado de Kathy, em sua infância e adolescência. É só na última parte que entendemos quem ela é hoje, onde foi parar. E a história gira basicamente em torno dela e de seus dois melhores amigos: a marcante Ruth e o Tommy, dois personagens bastante interessantes e cheios de personalidade.
A forma de contar a história da narradora Kathy nos prende de uma maneira incrível. Vou dar um exemplo. Na página 69, ela termina uma frase assim: "O que aconteceu depois daquela briga por causa do xadrez ilustra muito bem o que estou querendo dizer." E a gente não consegue fechar o livro e ir dormir sem saber o que, afinal, aconteceu depois da tal briga.
O mesmo ocorre na página 82, que termina com esta: "Acontece que a oportunidade acabou aparecendo, cerca de um mês depois do episódio com Midge. Foi quando perdi minha fita preferida". E aí a gente fica querendo saber que oportunidade foi essa e que fita era aquela. E ela não desvenda os mistérios logo de cara, ela começa um novo caso do zero, para você sorver com calma até a próxima parada.
Não sei se deu para entender o ritmo do livro, mas é uma sequência de pequenas lembranças preciosas sendo recordadas, sempre costuradas desta forma, com um breve suspense para o que vem depois. E a gente não quer abrir mão de saber logo o que vai acontecer.
Fora esses micro-suspenses, tempos um suspense muito maior, que gira em torno do próprio enredo da história. Logo no início, quando somos apresentados a Kathy, o livro nos introduz aos termos "doadores" e "cuidadores", que é repetido diversas vezes, mas só vai ser explicado depois da metade da história. Quando Kathy começa a lembrar seu passado, percebemos que ela e as outras crianças vivem em uma espécie de orfanato, mas é um orfanato muito atípico, totalmente diferente de qualquer outro que já tenhamos conhecido na literatura ou no cinema. E logo aparecem outros termos obscuros: a galeria, a madame, os tais guardiões etc.
Tudo é cercado de imenso mistério – tanto para os personagens, que pouco sabem sobre eles próprios, quanto para nós, leitores. É só bem mais perto do fim que ficamos sabendo da história completa, e ela é atordoante o suficiente para nos chocar e nos fazer refletir, ao mesmo tempo.
Até chegar a esta "solução", passamos por inúmeras histórias sobre amizade, amor e sobre as descobertas próprias de qualquer pessoa em desenvolvimento. Tudo contado pelo ponto de vista de uma personagem crucial, que está longe de ser apenas uma observadora neutra dos fatos.
Enfim, como eu disse no início do post, este livro é tão bom que é até difícil escrever sobre ele. Talvez seja mais fácil você ler logo e a gente poder discutir, depois, já sem medo de estragar todas as surpresas e encantos que estão reservados para os leitores.
Não me abandone jamais
Kazuo Ishiguro
Tradução de Beth Vieira
Editora Companhia das Letras, 2018 (2a edição, 4a reimpressão)
343 páginas
De R$ 37,70 a R$ 67,90
(fonte: blog da Kika Castro)

O universo num grão de areia, de Mia Couto


A presente coletânea, a que o autor deu o feliz título de O Universo num Grão de Areia, reúne discursos e artigos de Mia Couto proferidos e publicados nos mais diversos lugares e perante as mais diversas audiências: uma conferência no Estoril, num artigo no jornal britânico The Times, discursos numa Universidade do estado norte-americano de Oklahoma e numa Universidade moçambicana de Maputo, etc. 

Apesar de toda esta diversidade, o livro apresenta-se-nos com uma grande unidade, assente na atitude de responsabilidade, que o autor nunca abandona, perante os problemas do mundo de hoje. Como já acontecera em E se Obama Fosse Africano, o leitor encontra, aqui, apresentada de uma forma muito viva e diferente, uma reflexão sobre os grandes problemas do mundo de hoje.



(fonte:https://www.portaldaliteratura.com/livros.php?livro=9728&utm_source=newsletter-mensal&utm_medium=email&utm_campaign=)


Universália, de António Duarte Mil-Homens


Ao término do Salão do Livro em Lisboa, fui agraciado com dois livros pelos diretores da Fundação Casa de Macau, local onde teve lugar o Salão.
Um deles, pequeno, 45 páginas¸ tem o titulo de Universália.



Seu autor, António Duarte Mil-Homens, lisboeta atualmente residente em Macau, é fotógrafo premiado e também poeta.

Universália reúne cerca de 40 poemas de leitura agradável e ao mesmo tempo profunda, que nos mostram fragmentos da visão de mundo do autor, que não deixa de ter relação com Mia Couto, no que se refere à reflexão sobre os grandes problemas do mundo de hoje.
Um exemplo:

São tão nítidos os sulcos do arado
de cada líder megalômano e ditatorial
que, imbuído dos exemplos do passado,
vai escrevendo nossa história universal.
Ultimemos, na urgência desta vida,
a descrição do que queremos que mereça
o que restar duma espécie esclarecida,
sobreviventes do holocausto que aconteça.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Beethoven: as muitas faces de um gênio




Beethoven está completando 250 anos mais vivo do que nunca. Suas composições, executadas por solistas, conjuntos e orquestras do mundo todo, emocionam multidões.


Beethoven: as muitas faces de um gênio traz dois livros em um. Beethoven e sua música do maestro João Maurício Galindo apresenta um olhar contemporâneo sobre o compositor, fala de seu papel no desenvolvimento da música, na utilização dos instrumentos, no diálogo com a plateia e ainda nos fornece um roteiro detalhado sobre o que e como ouvir para usufruir sua obra. 
Vida de Beethoven de Romain Rolland, grande romancista Prêmio Nobel de Literatura, é um clássico (em nova tradução do francês) que mostra a trajetória do compositor e as paixões que foi capaz de despertar. 
Ao final, um texto do próprio Beethoven, o famoso Testamento de Heiligenstadt, escrito quando tomou a decisão de romper com os cânones musicais e criar sua grande obra.

Os autores:

João Maurício Galindo é bacharel em Música pela Unesp, pós-graduado pela USP. Foi violista da Osesp e violista convidado da Orquestra de Câmara de Heidelberg, com a qual realizou três turnês pela Europa com concertos pela Suíça, Alemanha, França, Espanha e Portugal. É cocriador e maestro da série de concertos infantis O aprendiz de maestro, realizada na Sala São Paulo desde 2000, e apresenta dois programas sobre música de concerto na Rádio Cultura FM, Pergunte ao Maestro e  Encontro com o Maestro.

Romain Rolland, nascido na França em 1866, escritor e musicólogo, formou-se em História em 1889 e doutorou-se em Arte em 1895. Foi professor de História da Arte na École Normale de Paris e de História da Música na Sorbonne. A partir de 1912, passa a se dedicar exclusivamente à escrita. Autor de dezenas de obras, entre romances, biografias, ensaios e peças de teatro, foi laureado com o prêmio Nobel de Literatura no ano de 1915. Faleceu em 1944.



A tinta e o sangue: narrativas sobre crimes e a sociedade na Belle Époque


LANÇAMENTO | 



Uma família é assassinada na Paris de 1869, com exceção de um dos filhos, que logo se torna o principal suspeito. Se um enredo como esse, que parece saído de um filme que ainda hoje consegue capturar a atenção de milhões de pessoas, imagine acompanhar capítulo a capítulo histórias como essa pelos jornais da Belle Époque parisiense. 

Com objetivo de resgatar o verdadeiro fenômeno dos faits divers [do francês, fatos diversos], que mistura ficção literária e jornalismo, vem a lume "A tinta e o sangue: narrativas sobre crimes e a sociedade na Belle Époque", do historiador francês Dominique Kalifa: https://bit.ly/349P4p8


Violenza contro le donne, de Jo Ramos


Meu livro, em italiano, Violenza Contro le Donne. 


Este livro fala da violência contra mulheres no Brasil e no mundo. Dou ênfase ao feminicídio aqui e na Itália com uma entrevista com a querida amiga e defensora dos direitos das mulheres na Itália, a advogada Bárbara Spinelli. 

Bárbara lançou vários livros sobre o assunto, entre eles, Femminicidio. Dalla denuncia sociale al riconoscimento giuridico internazionale. 

O livro traz, também, entrevista com Narubia Werreria, índia Iny (Karaja), artista plástica e ativista, que fala sobre a violência contra mulheres indígenas no Brasil.
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Essa Gente, de Chico Buarque



“A imaginação literária de Chico Buarque é bela e peculiar. Ler sua ficção é sempre um prazer.” — Salman Rushdie
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“Com aparente simplicidade, Chico Buarque faz uma enternecedora, ainda que ligeiramente cômica, elegia à solidão, à mágoa, aos mal-entendidos eróticos (e literários) e à nostalgia de todas as coisas não ditas.” — Lila Azam Zanganeh
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Um escritor decadente enfrenta uma crise financeira e afetiva enquanto o Rio de Janeiro colapsa à sua volta. Tragicomédia urgente, o novo romance de Chico Buarque é a primeira obra literária de vulto a encarar o Brasil do agora.
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“Essa gente” chega às livrarias a partir de 14 de novembro. Já em pré-venda.
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Capa de Raul Loureiro