terça-feira, 16 de abril de 2019

Comentário sobre "As almas do purgatório" de Michel Vovelle


Cerca de 10 anos após adquirir este livro, finalmente consegui o tempo necessário para ler e admirar o trabalho do historiador francês Michel Vovelle.



Aqui, como diz a sinopse, ele explora as fronteiras entre os vivos e os mortos no Ocidente cristão. Amparado por grande número de fontes iconográficas, o autor aborda as representações do purgatório em um período que se situa entre a virada dos séculos XVIII e XIV até os dias de hoje.

Os suportes dessas imagens são diversos e evoluíram ao longo do tempo: iluminuras, afrescos, pinturas e retábulos, gravuras e imagens populares, figurações esculpidas, construções das mais modestas – nichos ou oratórios – até as mais exuberantes basílicas. O autor sai ainda em busca da representação do purgatório na época contemporânea, no cinema, na televisão ou nas histórias em quadrinhos.

Partindo dessa pesquisa de imagens, o autor chega a seu objetivo: desvendar o relacionamento do homem com seus mortos ao longo dos séculos e compreender quais estratégias tem usado para apaziguar o trabalho de luto e ficar em paz com as almas, especialmente aquelas que foram destinadas a esse “terceiro local”: o purgatório.


Nenhum comentário:

Postar um comentário