Autor de livro sobre as relações do poeta com a atividade mineradora,
ensaísta comenta catástrofe em Brumadinho
Como
a Folha não permite que se reproduzam os seus textos, indico o link para ser
consultada a matéria. Importantíssima! Vale a pena ler!
Sugiro
também a leitura do livro do Wisnik. Agradeço ao Caio Junqueira Maciel a
indicação.
“No grande conjunto dos escritos ligados à questão mineral em Drummond,
de que tratamos ao longo desta parte, a caixa virtual da memória afetiva é
simultaneamente a caixa vazia do real vazado pelo tempo. Mas elas são
inseperáveis de uma terceira, a caixa-preta da história da mineração no Brasil
no século XX, contendo as marcas do desastre histórico: o fracasso na tentativa
de deter a pulsão predadora e espoliadora investida nos interesses que se alimentaram e se realimentaram das jazidas de Minas
Gerais, e cujo alcance enigmático, para muito além da condição local, só se
pode aferir se tentarmos sondar por dentro dos meandros da máquina poética
(aquela mesma, dizendo-o pela terceira vez, que ‘máquina mineradora não
corrói’).”
(José Miguel Wisnik. Maquinação do mundo: Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p.169)
(José Miguel Wisnik. Maquinação do mundo: Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p.169)
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