quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

José Miguel Wisnik revisita críticas de Carlos Drummond de Andrade à Vale



Autor de livro sobre as relações do poeta com a atividade mineradora, ensaísta comenta catástrofe em Brumadinho

Como a Folha não permite que se reproduzam os seus textos, indico o link para ser consultada a matéria. Importantíssima! Vale a pena ler!


Sugiro também a leitura do livro do Wisnik. Agradeço ao Caio Junqueira Maciel a indicação.


“No grande conjunto dos escritos ligados à questão mineral em Drummond, de que tratamos ao longo desta parte, a caixa virtual da memória afetiva é simultaneamente a caixa vazia do real vazado pelo tempo. Mas elas são inseperáveis de uma terceira, a caixa-preta da história da mineração no Brasil no século XX, contendo as marcas do desastre histórico: o fracasso na tentativa de deter a pulsão predadora e espoliadora investida nos interesses que se alimentaram e se realimentaram das jazidas de Minas Gerais, e cujo alcance enigmático, para muito além da condição local, só se pode aferir se tentarmos sondar por dentro dos meandros da máquina poética (aquela mesma, dizendo-o pela terceira vez, que ‘máquina mineradora não corrói’).”
(José Miguel Wisnik. Maquinação do mundo: Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p.169)

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