quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O João-de-Barro e o Mar de Lama, de Grazi Reis


Literatura Infantojuvenil
João-de-barro narra a tragédia de Mariana



Do alto de um Ipê amarelo incrustado nas montanhas de Minas, um joão-de-barro vê a lama escorrer da barragem de Fundão, destruir Bento Rodrigues e seguir rumo ao mar. A narrativa simples e objetiva é o foco do livro infantojuvenil “O João-de-Barro e o Mar de Lama”, escrito pela jornalista Grazi Reis. A publicação pela Páginas Editora, que apresenta as ilustrações primorosas do premiado cartunista Quinho Ravelli, será lançada em 10 de novembro, em Belo Horizonte.
O livro conta a história da maior tragédia ambiental do Brasil. Aborda os principais pontos: o rompimento da barragem de Fundão, nas proximidades de Mariana, a fuga dos moradores de Bento Rodrigues, a destruição do vilarejo, o percurso da lama até o mar e o drama dos moradores que perderam suas casas.
O personagem que narra a história é o joão-de-barro, Jão. Do alto de sua árvore e voando pelas proximidades, ele vê a lama avançar. Jão fica apreensivo, perde o fôlego.  “E Jão chorou...” destaca o trecho em que ele vê vidas e sonhos sendo levados pela lama.
Grazi Reis é jornalista. Trabalhou por quase 20 anos no jornal Estado de Minas como repórter e subeditora. Foi assessora de imprensa da Fundação Renova, onde produziu conteúdo específico sobre o tema e acompanhou de perto o drama da tragédia de Mariana (a Fundação Renova foi criada por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta para cuidar dos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão). Hoje, ela é editora da Revista FAEMG/SENAR, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, com reportagens voltada para os produtores rurais mineiros.
“O João-de-Barro e o Mar de Lama” é o primeiro livro infantojuvenil escrito por Grazi Reis. “Desde que comecei o trabalho na Fundação Renova, e vi de perto o drama da tragédia de Mariana, pensei em contar esta história de uma forma que não fosse tão pesada”, afirma. “A escolha do personagem joão-de-barro como narrador foi pelo fato dele usar o barro para construir sua própria casa. Ele e os filhotes já têm suas casinhas na região. E, após três anos do rompimento de Fundão, os moradores de Bento Rodrigues seguem na espera pela reconstrução de seu vilarejo e de seu modo de vida”, reforça. A autora também escreve contos e foi convidada para participar do livro “Sombras”, coletânea de contos de autores mineiros lançada em 2007.
 
Na agenda
Lançamento do livro “O João-de-Barro e o Mar de Lama”, Páginas Editora
Onde? Traquitana – Rua Major Lopes, 63, bairro São Pedro – Belo Horizonte (MG)
Quando? 10 de novembro de 2018, sábado, das 10h às 12h

Perfil
Grazi Reis



Graziela Sant’Ana Reis é jornalista, nasceu em 16 de junho de 1975, em Varginha (MG). Quando criança, dizia que queria ser “escrevista”. Formou-se como jornalista na PUC-Minas, em 1997. Com quase 20 anos de experiência no Jornal Estado de Minas, conteúdo está no seu sangue, assim como excelência e paixão pelo que faz. Sempre amou ler e escrever. Fez três pós-graduações, sendo as duas últimas voltadas para gestão de sustentabilidade e jornalismo digital, pela Fundação Dom Cabral e Centro Tecnológico de Monterrey (México). Participou do livro “Sombras”, coletânea de contos de autores mineiros, lançada em 2007. Deixou o Estado de Minas em abril de 2017 e em maio passou a ser assessora de imprensa da Fundação Renova, criada para cuidar dos impactos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015. Trabalhou lá por 10 meses. Foi contadora de histórias voluntária no Instituto Infantil Chico Xavier. Hoje, é editora da Revista FAEMG/SENAR, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerias. É escritora de contos, fotógrafa, cozinheira amadora e pintora nas horas vagas. Ama viajar. É mãe da Giulia.

Quinho Ravelli
Quinho Ravelli é o pseudônimo de Marcos de Souza, que nasceu em Manhuaçu (MG), em 1969. É ilustradorchargista e caricaturista do Estado de Minas. O principal foco de trabalho de Quinho é a crítica política e as caricaturas, com as quais já ganhou diversos prêmios, inclusive internacionais e edições do Salão de Humor de Piracicaba. Também foi eleito melhor caricaturista brasileiro pelo Troféu HQ Mix de 2004. Seus traços são marcantes e seus desenhos, muito realistas. O livro “O João-de-Barro e o Mar de Lama” marca sua estreia na ilustração voltada para o público infantojuvenil.

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