Leitura imperdível para quem gosta de literatura e do embricamento ficção e realidade: "A lei da metamorfose: de Ovídio a Kafka", de Gustavo Bernardo.
Gustavo, além de um amigo queridíssimo de há décadas, é um escritor generoso, em mais de uma acepção da palavra, e superpremiado. Um dos poucos, senão o único, autor finalista do Jabuti em três categorias diferentes. Vencedor do Prêmio Literário Biblioteca Nacional com o ensaio "A ficção de Deus" (livro que alguém me roubou, e poderia aproveitar a oportunidade para devolvê-lo, não?).
Sobre o livro, escreveu Luciana Hidalgo:
"Como sempre, o autor parte da
literatura para uma profunda investigação filosófica. Ou vice-versa. Vai ao
Evangelho de João para lembrar que Deus é a palavra. Investiga as metamorfoses
do corpo em religiões de matriz africana e amplia seu tema nas mitologias
greco-romana, hebraico-cristã e nórdica. Recorre ainda a contos de fadas dos irmãos
Grimm, à literatura fantástica moderna e às histórias em quadrinhos. Analisa as
metamorfoses fundadoras de Ovídio e Franz Kafka, passando pela célebre frase de
Arthur Rimbaud: “Eu é um outro”. Nessa bela e instigante aventura por grandes
clássicos, Gustavo Bernardo nos ensina muito sobre a condição humana e mostra
que, para além da transformação de Gregor Samsa num inseto grotesco, as
metamorfoses se dão por fé, submissão, tortura, medo ou talvez como forma
desesperada de aproximação do sagrado, numa busca que une terror e
encantamento.”
Gustavo também faz uma apresentação
do livro:
DE QUE FALO?
Da transformação do Nada em Verbo? Ou do Verbo em Metáfora? Da religião em ficção? Ou da ficção em realidade? Das metamorfoses de Ovídio, ou da metamorfose de Kafka? De metamorfoses bruscas, ou de metamorfoses suaves e imperceptíveis? Da metamorfose ambulante de Raul Seixas, ou daquela velha opinião formada sobre tudo? Dos dragões em deuses? Do bem no mal? Da ânsia em palavra? Do pó em criatura? Do homem em lobo? Do lobo em fera? Da bela em agonia? Dos deuses em dragões? Do mal no bem? Da literatura, enfim, naquele gigantesco inseto que não foi devidamente limpo para o sacrifício?
De tudo isso e mais um pouco, no decorrer dos próximos capítulos. Que se dispõem a emergir do Grande Abismo nos Primórdios do Universo, o Ginnungagap da mitologia nórdica.
Da transformação do Nada em Verbo? Ou do Verbo em Metáfora? Da religião em ficção? Ou da ficção em realidade? Das metamorfoses de Ovídio, ou da metamorfose de Kafka? De metamorfoses bruscas, ou de metamorfoses suaves e imperceptíveis? Da metamorfose ambulante de Raul Seixas, ou daquela velha opinião formada sobre tudo? Dos dragões em deuses? Do bem no mal? Da ânsia em palavra? Do pó em criatura? Do homem em lobo? Do lobo em fera? Da bela em agonia? Dos deuses em dragões? Do mal no bem? Da literatura, enfim, naquele gigantesco inseto que não foi devidamente limpo para o sacrifício?
De tudo isso e mais um pouco, no decorrer dos próximos capítulos. Que se dispõem a emergir do Grande Abismo nos Primórdios do Universo, o Ginnungagap da mitologia nórdica.
Fonte: https://blogdomello.blogspot.com
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