Minha última leitura do ano 2018. Apesar de estar publicado
há dez anos, somente agora caiu-me às mãos e pude encetar, neste mês de
dezembro, a leitura do belíssimo e trágico livro escrito por Jean Sasson a
partir do depoimento de Joanna al-Askari, filha de um iraquiano árabe e uma
curda.
A trajetória de vida de Joanna é algo impressionante, dado
que, em determinado momento ela se casa com um guerrilheiro curdo – Sarbast – e
passa a acompanhá-lo pelas cidades e montanhas do Curdistão sob a constante
ameaça dos bombardeios convencionais e químicos desfechados por ordem de Saddam
Hussein. Toda essa aflitiva caminhada acontece ao mesmo tempo em que ocorria a
guerra do Iraque contra o Irã, na década de 1980.
A leitura prende. As caminhadas pelas montanhas, os
bombardeios, os massacres nas cidades, as crianças órfãs e famintas desfilam
pelas páginas do livro, fazendo com que cheguemos a prender a respiração,
finalmente solta quando ficamos sabendo que ela e o marido sobreviveram.
Como se diz na contra-capa, “a história do povo curdo e sua
luta pela sobrevivência sob o domínio de Sadam Hussein jamais foi contada com
tanta sensibilidade. Nesta incrível narrativa, Jean Sasson revela para o leitor
uma personagem real e forte, que enfrenta as rígidas regras sociais de seu povo
para viver intensamente uma história de amor pelo Curdistão e pelo guerrilheiro
com quem se casa”.
Vale a leitura, sem dúvida!
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