Sete pessoas, sete histórias e um vício: o crack
O
crack como ele é – Uma pedra está na sua mira, agora conta
bastidores da vida real de sete personagens que esbarraram em uma pedra
(de crack) no caminho. O livro é resultado da adaptação de uma série de reportagens
premiada pela Associação Mineira do Ministério Público em 2015.
A
autora Sandra Kiefer, à época repórter do jornal Estado de Minas,
hoje apresentadora do canal Chá Com Leveza no YouTube, vivenciou durante
um ano a realidade das cracolândias de Belo Horizonte. Seu desejo ao
escrever o livro foi que as histórias chegassem a leitores que são adictos e
codependentes, mas, sobretudo, que ampliassem o espectro desse público,
servindo de alerta às famílias, aos estudantes e entidades de apoio a dependentes
químicos.
São
sete personagens, sete histórias e um vício: o crack. O que levou essas pessoas
a esbarrarem na pedra? Por que permanecem escravas dela? O leitor está
convidado a se emocionar com trajetórias como a do estudante de medicina
Rômulo, da dona de casa Caroline F. e da travesti Danny. Na obra, os nomes
reais de personagens, bairros, cidades e instituições foram substituídos por outros, fictícios.
O livro conta também com
textos reunidos em posfácio, cuidadosamente selecionados para que o leitor
possa encontrar depoimentos de pessoas que lidam com a doença sob diversos
pontos de vista, desde um padre militante da causa, administrador de
uma comunidade terapêutica que acolhe mulheres, até a mãe de um dependente
químico.
Com
edição cuidadosa da Miguilim (192 páginas, R$ 64,90), O crack como ele é serve
de alerta para a presente epidemia no Brasil, maior mercado consumidor de
pedra no mundo, segundo o último estudo (e único) divulgado pelo Instituto
Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas
(Inpad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), de 2011.
O
prefácio ficou a cargo do ex-secretário nacional de Segurança Pública e autor
de Elite da Tropa,
Luiz Eduardo Soares. Segundo ele, O
crack como ele é “é um banho de humanidade. Não há mocinhos e
bandidos, culpados e inocentes, perdidos e achados. A autora nos mostra o
que preferimos não ver, mesmo estando a nosso lado. (…) Como sempre, o
primeiro passo é reconhecer a existência do problema. Sandra Kiefer fez a
sua parte. Agora, é a nossa vez”, diz Soares.
Muito honrada pela menção rm seu site! Depois gostaria de ouvir seus comentarios a respeito do livro. Abs.
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